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terça-feira

Quem são os “culpados” da minha loucura?

A influência da leitura

O meu pai tinha o nome do maior de todos os poetas brasileiros, a saber: Antônio Gonçalves Dias Filho (1933-83) e, embora fosse militar, tendo trabalhado na “ROTA – Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar”, na década de sessenta – numa época em que você tinha que apresentar a “carteira de trabalho assinada”, quer dizer, se você não estivesse empregado além de  levar uns tapas da polícia, ainda era preso sob a acusação de “vadiagem” – então, voltando, o papai mandou tanto “vagabundo pros quintos dos infernos” que resolveram transferi-lo.
Mas para comandar vários “destacamentos” em inúmeras cidades circunvizinhas a Ribeirão Preto, entre elas: Araminas, Igarapava, Ituverava, Orlândia, São Simão, enfim, parecíamos ciganos e, devido ao seu lado poético, musical e comportamental o papai foi, indubitavelmente, a pessoa mais significativa na minha existência no que concerne olhar para o mundo e para dentro de mim em profundidade e foi, também, um dos homens mais complexos que conheci.
 Razão pela qual comecei a estudar psicanálise ainda de calça curta e, antes de completar dezoito anos, já havia “devorado” as prateleiras das Biblioteca Altino Arantes e Biblioteca Padre Euclides, ambas, em Ribeirão Preto, nas sessões de psicologia e sociologia lendo Sigmund Freud, Carl Young, Alfred Adler, Ana Freud, Edmund Husserl, Friedrich Nietzsche, Erich Fromm, entre outros.
Antes de completar vinte e cinco anos havia lido tudo de Ronald Laing e Evaldo Coutinho que, na minha e na opinião unânime dos nossos maiores eruditos é o maior “pensador” do Século XX.
Então, além de Evaldo Coutinho, o “arquiteto” autor da magnífica, incrível, exuberante, maravilhosa, encantadora, inspiradora “Visão Existenciadora”, li muitos autores de obras alcunhadas de “psicodélicas”, ou seja, que especulavam, com romances, esta área tão complexa que é a mente – “mente que mente!” – dentre muitos destaco Aldous Huxley, Marcel Proust, Jean Paul Sartre, Hermann Hesse e o maior jornalista do mundo, J. J. Benitez, criador da monumental obra “Operação Cavalo de Tróia”, constituída de nove volumes que escrutinam o profeta, filósofo, psicólogo, teólogo, sociólogo, milagreiro, ressuscitador Jesus Cristo.
Gostaria de destacar que estive com o iluminado Benitez – o jornalista que mais viajou no planeta, (onde aparece um “OVNI” ou um “ET”, como aconteceu na cidade de Varginha, lá estará Benitez para documentar, fotografar, analisar…), então, estive com ele duas vezes, mas, sei que para muitos intelectuais isto parecerá paradoxal, ou seja, eu destacar o jornalista e escritor J. J. Benitez, considerado, por muitos críticos, como “vendedor de livros”, entretanto, o escrutínio que ele faz da personalidade de Jesus Cristo, sua relação sempre cordada e empática com os discípulos, os pobres e ricos, moribundos e leprosos, mulheres, principalmente com Maria Madalena.
 Com as crianças, os animais e, principalmente, da sua submissão irrestrita ao Pai celestial é algo inenarrável, só lendo e, olha, não é querendo desanimar o misericordioso leitor, mas, verdade seja dita, o primeiro volume requer muita dedicação, como toda a iniciação.
No primeiro parágrafo afirmei que o poeta Antônio Gonçalves Dias é o “maior” de todos e, afirmo mais, continuará sendo enquanto estivermos cantando o Hino Nacional Brasileiro, o “trechinho”: “Nossos bosques têm mais vida” / “Nossa vida” no teu seio “mais amores”.
Osório Duque Estrada transcreveu o verso do poema “Canção do Exílio”, escrito em Portugal quando o grande poeta cursou a Faculdade de Direito em Coimbra.
Para finalizar gostaria de prestar homenagem ao poeta Antônio Gonçalves Dias e ao papai, Antônio Gonçalves Dias Filho. Vou perturbar o misericordioso leitor com uma “continuação”. Até.
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