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sábado

Você é radical ou moderado?

Engana-se quem imagina que é fácil, confortável ou ao menos indolor ser alguém moderado. Essa é uma opinião bastante comum entre os radicais:


– Veja, ele não se compromete, não luta. É um frouxo!

Para os que vivem nos extremos, todo moderado é covarde. Fraco, volúvel, inconfiável. Jamais pegará em armas. Seguirá as normas estabelecidas, obedecerá as leis, recuará diante do confronto. Eu, reconhecendo-me um moderado (perdão, bravos), ouso discordar e vou defender a classe. Há muito esforço para habitar o meio termo e conviver em harmonia com os extremistas. Serenidade demanda paciência. Suavidade é a mãe de todas as forças.

Puxando a brasa para cima do muro, o moderado é, na verdade, um corajoso: tem peito suficiente para admitir que pode estar errado e, por isso, se dispõe a ouvir o outro. Quanta bravura demanda essa atitude. Vivemos num mundo em que o homem se acostumou a erguer paredes de proteção, e um delas é a das certezas. Colocar em dúvida suas convicções diante de um argumento plausível é implodir a barreira para, assim, expor-se. Contemporizar.

Também é comum confundir a política de não agressão com fraqueza. Cordialidade nunca foi sinônimo de subserviência. Ninguém mais é santo para oferecer a outra face diante da bofetada: basta estar atento aos sinais que precedem a violência e agir antes, de preferência. Ao menos em tempo de evitá-la. Assim como negar um cigarro é mais fácil para quem não fuma, impedir a desavença antes de o mal estar ser instalado sempre funciona.

Na maior parte do tempo, combate quem se sente ameaçado. Isto é, agride quem teme por algo como, por exemplo, parecer diminuído diante do outro – diante da altivez de quem prova ser capaz de abrir-se ao diálogo sem erguer a voz. É quando o moderado exercita sua capacidade de escutar, compreender, manter-se acessível. Todo radical, não importa a causa, ouve apenas a si mesmo. E, ainda assim, ouve mal, pois vive acusando os outros de tomar atitudes iguais as dele.

Claro que o mundo precisa da ação dos radicais. Neles está o estopim de grandes e importantes mudanças na sociedade. Por vezes, imolam-se pela bovina coletividade. Rompem paradigmas e viram a página da História. Porém, para cada dia de conflito, há mil outros de negociações. Assim, salto em defesa dos que comandam a paz.

Vida longa aos moderados, homens e mulheres de muito valor e que raramente ganham estátua na praça.

Por: Rubem Penz.

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sexta-feira

A educação precisa de respostas

A campanha institucional do Grupo RBS, lançada no final do mês de agosto, é, sem dúvida, uma forma de fazer com que a sociedade pense e tente entender porque a educação em nosso Estado tem alcançado índices tão baixos nas avaliações nacionais.

Diz-se que não há intenção de apontar culpados, porém, todos nós sabemos que sempre é apontado o mesmo “culpado”: o professor. Os culpados existem. E são vários: o sistema educacional ultrapassado e sucateado, o professor desmotivado e de mãos atadas frente à realidade das escolas, os alunos que acham qualquer coisa mais interessante que a sala de aula, os pais que deixam seus filhos (e a sua educação) aos cuidados dos professores, sem ao menos terem a preocupação de acompanhar o processo de aprendizado e o rendimento desses alunos.

A verdade é uma só: a educação vai de mal a pior porque o sistema força o professor a aprovar o aluno, independente do fato de ele ter ou não condições para isso.

 É preciso que se faça tudo que for possível (e às vezes até o impossível) para que o aluno não reprove, pois um número alto de reprovados pode gerar uma série de problemas à escola e ao professor.

Quem é quer arrumar problemas, não é mesmo? Em breve não haverá mais reprovação escolar, é apenas uma questão de tempo.

Hoje em dia, não se reprova o aluno nos três primeiros anos do ensino fundamental. Óbvio que a maioria chega aos anos seguintes sabendo pouco, ou quase nada.

 Some-se a esse fato a facilitação que acontece nos anos finais, só resta uma conclusão: os índices obtidos nas avaliações futuras só tendem a piorar.

Prof. Roberton Alexandre Crexi dos Reis.

Aprenda a se controlar e terá o mundo aos seus pés

A maioria de nós busca sucesso, prestígio, liderança e felicidade. Passamos boa parte de nossa vida nos preparando para vencer em nossas áreas de atuação, sem a garantia de que o sucesso virá.

Vencer na carreira profissional exige conhecimento adequado, desenvolvimento de habilidade na área que escolhemos para atuar e atitude para colocar em prática os conhecimentos adquiridos ao longo da jornada. No entanto, de nada adiantará você ter uma ótima formação e deter conhecimentos atualizados, se não for capaz de levantar cedo e encarar com seriedade uma longa e desafiadora jornada de trabalho.

 Ainda que você se torne mestre nas três áreas retroabordadas, terá que superar um último desafio, sem o qual você não poderá vencer e se manter no topo pelo tempo que desejar. Estamos falando da capacidade de dominar o nosso emocional.

 Ao construir uma carreira de sucesso, não serão poucas as negociações e os desentendimentos que teremos pelo caminho. Quando a situação for desafiadora ou parecer fugir ao nosso controle, normalmente reagimos com raiva e intolerância.

 Muitas vezes, mais tarde, lamentamos o nosso comportamento, nos arrependemos e juramos que nunca mais deixaremos o salgo assim nos dominar novamente. Então, resta sair a campo na tentativa de reparar os estragos criados. Tudo isso, gera descontentamento, drena as nossas energias e nos distância do tão sonhado sucesso.

Então, da próxima vez que você se deparar com situação de conflito e sentir raiva crescente, lembre-se que ninguém poderá deixá-lo irritado ou emocionalmente abalado sem o seu consentimento.

Além disso, quando você dá demonstração de equilíbrio diante de situações difíceis, você conquista admiradores. Afinal de contas, aquele que aprende a gerir a si mesmo, se tornará o indivíduo que será escolhido para gerir os outros.

Logo, antes de querer ser um grande líder é preciso primeiro aprender a ser um bom liderado, pois quando você age sob completo controle, você é o seu próprio patrão.

Por: Evaldo Costa.

 Reflita sobre isso!!!

terça-feira

O papel dos Observatórios Sociais


Para tratar, reportar, discutir e condenar diariamente o assunto em páginas de jornais e revistas, milhões de árvores são cortadas, toneladas de papel são recicladas. Para assistir e ouvir as abordagens mais diversas do tema, uma imensidade de kilowatts é despendida. Não passa um santo dia sem que algo novo surja sobre um dos mais velhos crimes e desmandos que assolam a humanidade. 

Estamos falando da corrupção e da malversação dos recursos públicos. São revelados, denunciados e noticiados a cada momento desvios de dinheiro da saúde pública, da educação, da segurança. Enfim, valores da sociedade, guardados nas burras oficiais que se esvaem pelo ralo da surrupiação, levada a efeito por aves de rapina, públicas e privadas. Escândalos do gênero motivaram o surgimento, em 2006, do Observatório Social de Maringá, com o objetivo de instrumentalizar a sociedade local na busca da transparência e do zelo na gestão do dinheiro da municipalidade. 

 O pioneirismo da iniciativa deu sequência a outras tantas iniciativas oficiais e extraoficiais no sentido de sensibilizar as comunidades para exercerem efetivamente o controle social, uma das ferramentas da chamada accountability (responsabilidade) democrática. Como sempre se inferiu, a sociedade ou um segmento de usuários de serviços públicos, se organizado de alguma forma, pode interferir decisivamente nesta atividade que, se bem exercida, virá com certeza, em benefícios de todos os concidadãos. Pois o movimento dos Observatórios Sociais, embora ainda embrionário, cresceu bastante. 

Foi constituído o Observatório Social do Brasil (OSB) que passou a instrumentalizar as iniciativas municipais. Formou-se uma rede. E a Rede OSB já marca presença em mais de 60 cidades de 12 estados. Profissionais dos mais diversos setores, como advogados, magistrados, contadores, economistas, servidores públicos das diversas esferas de governo, empresários, estudantes e aposentados, com um único foco e sem viés político-partidário, se uniram, sob os auspícios de suas entidades de classe, na maior parte das vezes, e passaram a trabalhar para dar transparência às contas públicas nos municípios brasileiros.

 Orientações iniciais como os preceitos básicos da Educação Fiscal, da Lei de Responsabilidade Fiscal, da legislação sobre licitações públicas, nivelam os voluntários para uma atividade árdua que faz com que se debrucem sobre editais, processos, mercadorias e contratos, conferindo a legalidade, a licitude e a concretude plena dos negócios que envolvem a aquisição, com recursos públicos, de produtos e serviços. 

 Hoje, os Observatórios já evoluíram até para a construção de Indicadores da Gestão Pública, embasados na execução orçamentária e nos estágios sociais do município, permitindo o alinhamento e a comparação com outras cidades de mesmo porte. E periodicamente, aonde já se consolidou, prestam contas à sociedade. Apesar de não terem poder coercitivo como os Tribunais de Contas ou as Controladorias oficiais, assumiram, os Observatórios, real importância como espaço para o exercício da cidadania, pela condição democrática e apartidária e sempre contribuindo, de forma cada vez mais eficaz, para a melhoria da gestão pública. 

 Há ainda carências de recursos materiais e humanos para o maior desenvolvimento e implementação mais ampla destes importantes organismos não-governamentais de alavancagem da transparência nas contas dos governos. Ainda clamam por financiamento, parcerias e voluntários estas cidadelas da cidadania. Mas, com convicção, devem ser, a cada momento, mais e mais incentivadas, para construirmos, nesta eterna vigilância, nesta constante labuta, em comunidades melhor estruturadas e serviços públicos de melhor qualidade nesta sociedade ainda tão desigual. 

Fonte: Vilson Antonio Romero.

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