No mês em que é comemorado o Dia do Orientador Educacional
é importante relembrar o papel desse profissional frente ao processo avaliativo
nas escolas de educação básica e superior. A avaliação faz parte do processo de
ensino-aprendizagem, sendo parte fundamental e de extrema importância tanto
para o educando quanto para os docentes.
Cabe ao orientador
educacional participar destes momentos de avaliação, uma vez que este profissional,
sendo habilitado, juntamente com o professor poderá desenvolver as melhores
estratégias para atender as necessidades do educando.
A avaliação é de responsabilidade do professor, porém tal
atividade não é exclusiva deste profissional, assim todos que estão envolvidos
no processo de ensino-aprendizagem devem fazer parte desta construção.
O Serviço de Orientação Educacional (SOE) é exercido por
um profissional habilitado que tem por função buscar a formação integral dos
educandos. A avaliação tem por função sua fase diagnóstica, formativa e
somativa. A primeira com finalidade de identificar as dificuldades dos
educandos, a segunda de determinar se os objetivos propostos foram atingidos e
a última com a função de promover o educando, ou seja, a aprovação ou retenção
em uma determinada série e/ou ano.
O Serviço de Orientação Educacional, mediante a figura do
orientador educacional, tem por função dar assistência ao educando de forma
integral, ou seja, considerá-lo em caráter pessoal e social. É o SOE que irá
ajudar o educando em suas relações com os diversos setores da instituição
educacional, o que despertará no educando oportunidades de fazer escolhas e até
mesmo de assumir responsabilidades, tanto na área educacional quanto pessoal.
O orientador deverá dar suporte à elaboração da Proposta
Pedagógica das instituições escolares em que se fizer presente o SOE, bem como
trabalhar em conjunto com os demais profissionais. Ele deve ter como apoio o
corpo docente, assim um estreito relacionamento deverá ser mantido entre ambos,
o que visa uma melhor aplicação das funções do SOE nos ambientes escolares.
O Serviço de Orientação Educacional não pode ser visto
como uma atividade estranha dentro das instituições. É por isso que o
orientador educacional deverá de início ter o corpo docente como um aliado nas
atividades a serem desenvolvidas, ou seja, os docentes deverão ser conquistados
para trabalharem junto à Orientação Educacional.
A profissão de orientador educacional é regulamentada pelo
decreto de número 72.846, de 26 de setembro 1973, este que prevê sobre o
exercício do profissional da Orientação Educacional.
Dentre as atribuições privativas do orientador educacional
vale ressaltar que tal profissional deve, tanto no âmbito escolar quanto da
comunidade, planejar e coordenar a implantação do Serviço de Orientação
Educacional, além de participar do processo de avaliação e de recuperação dos
educandos.
O orientador educacional deve atuar sempre em equipe, uma
vez que a atuação da Orientação Educacional no processo de ensino-aprendizagem
não se trata uma tarefa pontual, e sim desenvolvida dentro de um espaço de
tempo, que na maioria das vezes é delimitado pelo ano letivo.
O trabalho em equipe se torna mais eficaz, uma vez que
todas as forças serão mobilizadas. O envolvimento da família é essencial no
SOE, uma vez que é a partir dela que se tem base para entender a realidade dos
educandos.
Outrossim, a ação do orientador educacional se estende
além dos muros das instituições escolares.
Em consonância com os PCNs, os casos de retenção
prescindem de discussão nos conselhos de classe e deve considerar questões
levadas pelos pais para subsidiar o professor na tomada de decisão.
Às vezes, a repetência apresenta um problema que é do
educando e não do sistema educacional, por isso deve ser estudada por todos que
fazem parte do processo, especialmente pelo orientador educacional.
Os PCNs ainda afirmam que a permanência em mais um ano
deve ser entendida como medida educativa para que o educando tenha oportunidade
e expectativa de sucesso e motivação.
Aprovar ou reter educandos com dificuldades deve sempre
ser acompanhado de encaminhamentos de apoio e ajuda que garantam a qualidade de
aprendizagem e o desenvolvimento das capacidades esperadas, funções estas que
ficam a cargo do orientador da instituição educacional.
A necessidade de conhecer a legislação faz com que os
profissionais, sejam eles docentes ou de apoio pedagógico, avaliem sua práxis
no meio educacional, pois só com o auxílio de fontes seguras é que se pode
fazer mudanças significativas na aprendizagem, bem como na forma de avaliar.
Por fim, não se pode prejudicar os educandos em virtude
das condições das instituições educacionais, sejam elas por motivos de
infraestrutura ou composição pedagógica, como a falta de coordenador ou
orientador, enfim profissionais que auxiliariam em um melhor processo de
ensino-aprendizagem.
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