As gastas
rampas do Planalto assistem o trânsito de homens atrás de saídas para suas
culpas, elas surgem a cada disparo de acusações de uso do erário. Seria
engraçado se não fosse trágico, mas as denúncias partem de dentro da casa que
distribui os crachás para os formadores de quadrilhas e, assim, perduraria até
o fim do estado republicano. Porém, mesmo que o dinheiro também respingasse nos
bolsos dos denunciantes, que, pelo visto, tinha como destino seus prazeres
pessoais, o medo de serem pegos pelas investigações, os levaram às denúncias.
As rádios
alardeiam as notícias despachadas das penumbras do meio político, lá os
anônimos estão confortáveis para cumprir as vinganças prometidas, por não
receberem as mordomias que haviam pactuado. Não há escândalos em prol do bem
social, o que há são acertos de contas entre inimigos, que, até ontem, bebiam
juntos com o dinheiro alheio.
E, nas
sacadas dos luxuosos apartamentos que circundam Brasília, que servem para
alojar os nobres homens da mais chula política mundial, houve-se o silêncio dos
culpados. Agora, os “suspeitos” de usarem o dinheiro que tinha como destino o
SUS, a moradia popular, a merenda escolar, os livros didáticos, a segurança
pública, o saneamento básico, a água potável, a fiscalização ao meio ambiente,
a energia elétrica, as obras de infraestrutura, irão responder pelos seus atos.
As
feridas estão abertas e, talvez, a República não resista e lá se encaminha o
Brasil para um regime parlamentarista. Não há como um País que fecha escolas,
ser considerado desenvolvido o suficiente para ser republicano, e nós
brasileiros estamos aprendendo, da pior forma possível, com os nossos erros.
Afinal, nossos líderes nos prepararam para sermos cegos e surdos.
A
Educação no País foi arquitetada para sermos massa de manobra, e, essa
expressão, eu ouvia quando era criança e nada mudou. Somos os reflexos das
mentiras de ontem e estamos mentindo para ouvirem a nossa mentira amanhã. Essa
é a organização brasileira; quanto pior, melhor! Será que vamos fechar os olhos
de novo? Até quando vamos deixar que aqueles, que usaram tantos argumentos de
corrupção na era da ditadura militar, vão empilhar todo o nosso erário nos
bancos suíços ou em empresas de fachada Brasil afora?
Furto é o
roubo sem violência, mas morrer crianças por falta de medicação, de prevenção,
de fome não é violência? E, eles não premeditaram isso? E, qual é a pena por
crime doloso? Por que eles não se enquadram? Por que os nossos olhos só veem
Haiti, Síria, Mongólia, República do Congo, Sudão...e o Brasil morre a cada
dia, por quê? Por quê?.....
Quem responderá essas perguntas para os nossos
pequenos estudantes? O professor! Que responsabilidade!
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