O sofrimento da sociedade se deve a má
administração dos negócios públicos
Servidão feudal ou ao estado, qual a
pior leitor? Pensando bem, ambas são negativas, ruins, contudo, a condição de
serva do estado, com a liberdade de expressão atual é mais tolerável. Acontece
que, caso a sociedade não fique sempre atenta, num cochilão, pode ser usurpada
dos brasileiros. O ex-presidente Lula vivia implicado com ela, queria
censurá-la, contudo, nada conseguiu, mas, como discorria acima, com a liberdade
de expressão que temos bastante saudáveis, é preferível à servidão da era
feudalista. Essa situação a que chegou a sociedade, sem querer querendo, veio,
imperceptivelmente, por falta de cultura política.
Entretanto, a culpa, falta de
cultura política de nossa gente, está consubstanciada à sucessiva geração de
governantes, desde o Império aos de agora, três décadas de gestores públicos
eleitos pelo voto secreto, todavia, mascarado pelo baixo nível cultural,
prossegue subserviente, leniente, decadente, ao passo que deveria ser, há
muito, consciente, sapiente, independente, sublimado de altivez, pois, assim
sendo, tornar-se-ia um tônico substancioso para revigorar a saúde da
democracia, na atual conjuntura, um tanto enferma. Em virtude desse estado
lastimável considero a crítica libertária vital, porquanto, o propósito é o de
despertar, de fato, o povo, comunidade, sobre a situação a que chegou, de serva
do estado, em termos mais contundentes, virtual burra de carga do estado papão,
ao mesmo tempo, burra de carroça dos governantes, ocupantes do poder público.
No processo eleitoreiro atual,
leitores, raros são os que se candidatam para servir à pátria, promover o
bem-estar da comunidade, a maioria, grande maioria, busca atender, seus
interesses pessoais, calcados na paixão, egoísmo, enquanto que, na esfera
pública, deve prevalecer à razão, razão cavalgando a paixão. O negócio começa
com as campanhas nababescas financiadas por empresas privadas, com a
providencial proibição, pelo STF, desses donativos, terão que contentar com o
fundo partidário, fundo este, de repente bilionário com a verba pública da
propaganda gratuita.
Vale a pena apostar tudo leitor, na
eleição, pois, além dos proventos de príncipe, príncipe invejável, agrega-se
por natureza, as mordomias, demais, verbas e mais verbas, para manter em torno
de si, um grande número de funcionários. Os privilégios não param aí, senão
atente para o recente Mensalão e atual Petrolão, aprofundando as investigações
é possível que todos congressistas tenham sido contemplados, mamaram nas tetas
generosas da Petrobras. A má administração dos negócios públicos acabou
descambando na atual crise econômica, na qual a sociedade contribuinte, sem
nenhum protesto, por falta de politização, acaba pagando a conta. A crítica,
não há como ignora-la, é dirigida aos que estão no poder, toda sua patota,
fossem outros os ocupantes, estariam de igual forma, ludibriando a sociedade
contribuinte, praticando os mesmos desatinos.
Por isto, além do controle público
que começa a funcionar, a sociedade, para solapar a república do faz de conta,
faustoso bem-estar deles, contratados pelo voto, libertar-se da condição de sua
virtual burra de carroça, terá, imperativamente, que sair da inação para a
ação, arregaçar as mangas, mobilizando as instituições classistas, para o
exercício do controle externo, aquele feito pelo o Ministério Público, Tribunal
de Contas, STF, este, a carecer de organização, constituído pelos contribuintes
de impostos, tendo a imprensa como maior aliada e, a princípio, as instituições
classistas. Porém, cada município deve ser instado a organizar sua entidade
cívica de controle da gestão pública, propugnando por parcimônia,
transparência, na arte de governar o município, poder de analisar contas e
aplicar sanções, se necessária. Em assembleia, pelo menos uma por ano, indicar
representantes, legitimados pelo voto, a outra assembléia, no âmbito estadual,
de igual forma, a assembleia estadual, indica representantes a uma assembléia
nacional, com idêntico propósito e poder legal.
Controle interno de um lado: esfera
pública, controle externo do outro: esfera civil, ambos cônscios de seus
deveres cívicos e legais, atuantes, vigilantes passarão a ocupar o espaço vazio
de vigilância, onde, atualmente, pululam corruptos e corruptores. A luz da
parcimônia, transparência de ambos os controles: público e privado, de forma
ordeira, legal, passarão a escorraçar varrer as trevas, onde medra como erva
daninha, a corrupção, colocando farofa no ventilador daquele dueto, ora,
reinante nos bastidores da esfera pública, entre corruptos: eu de cá, você de
lá, as tuas mutretas não vou conta, que é, também, para você não me dedura.
A delação premiada começou a aluir
os pilares do dueto, em voga, o sistema de controle cruzado: ambos lados, uma
vez institucionalizado, fará, como o Iluminismo fez, ao destronar o rei, figura
divina, a dissolução da subcultura corruptora reinante, nas esferas públicas
dos municípios, estados e país. O olho do dono é que engorda o boi, um dito
popular realístico, não há como pensar em gestão pública honesta, sem o olho do
contribuinte de impostos, por isso, vem pagando tributos de primeiro mundo, a
nossa carga tributária é quase igual a da Alemanha, país de primeiríssimo
mundo, veja lá, o grau de conforto de seu povo e a ajuda que vem prestando aos
países da comunidade européia, em especial, Grécia, e aos refugiados da
ditadura imperante na Síria.
Em nosso caso, o estado montou uma
estrutura arrecadadora próxima da excelência, merece aplauso, todavia, na hora
de aplicar os tributos arrecadados, o faz da forma mais perdulária possível, na
gíria, de forma porca. Em consequência disso, instituído, para servir a
sociedade, usurpou essa prerrogativa de servo, tornando-a sua serva, mais do
que serva, sua burra de carga, burra de carroça, como dito acima, dos
governantes, em sua quase totalidade, corruptos e corruptores. Em meio a toda a
trama diabólica dos inimigos da democracia, de forma diferente da Síria, Cuba,
ditaduras em ruína, temos a liberdade de expressão, de pensamento, direito de
ir e vir, a imprensa como nossa maior aliada, com sua participação vigorosa, na
apuração de toda sorte de processos nocivos ao erário público.
Pegando carona com essa aura, a
nação, fundada em Spinoza e Kant, está a carecer de um freio para frear a
vontade egoística da atual geração de governantes, induzindo-os a abraçar a
vontade universal, acessível e aceitável por cada um e válida para todos. Esse
freio pode ser efetivado, materializado, pelo sistema de controle interno e
externo, conjugados e atuantes, atuantes mesmo, afugentando as trevas da má
gestão, com a luz da transparência administrativa na esfera pública, mostrando,
de dedo em riste (controle), a luz no final do túnel.
Couberam as gerações dos tempos
idos, Bandeiras e Bandeirantes, promover a nossa grandeza horizontal,
estendendo nossas fronteiras do arroio Chuí, ao Oiapoque, divisa com as
Guianas, do Atlântico aos contrafortes dos Andes, tornando nosso país gigante
pela própria natureza, no plano horizontal, como se canta no hino nacional. Como
dívida de gratidão às gerações dos tempos idos, cabe a geração atual e do
amanhã, promoverem, agora, a nossa grandeza vertical, que é a construção, como
reza o lado bom da política, do progresso e bem-estar de todos brasileiros,
libertando-os das garras das aves de rapina enquistadas no poder público.
Promovendo sua emancipação, não pela política de pão e circo atual, como fazia
os imperadores Romanos, mas sim, pelo trabalho produtivo – eleito de Deus – na
vida econômica da Nação, Rememorando ensinamento milenar de Lao-Tsé: Se você
der um peixe a uma pessoa, ela se alimentará, por um só dia, e acabará morrendo
de fome, mas se você ensina-la a pescar, financiando-lhe a vara, ela se
alimentará por toda a vida.
Dessa forma, os governantes terão
que substituir o paternalismo, capacitando as famílias de baixa renda, a ganhar
o pão de cada dia, com o suor do próprio rosto, trabalho calcado na
produtividade, o danado é que, o primeiro rende votos, o segundo, na dica de
nada, mas o controle constitui a salvaguarda, para solapar a servidão ao
estado, fazendo-o, como foi instituído a priori, servo da sociedade
mantenedora, sua razão de ser….
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