No ano passado, um funcionário de carreira da Petrobras
procurou a Polícia Federal para ajudar nas investigações do petrolão, o maior
esquema de corrupção da história deste país.
Foi dito que houve "má gestão proposital", ou
seja, negócios feitos com a intenção de produzir propinas. E para quem seriam
essas propinas? Na verdade, a decisão de explorar petróleo em Angola, foi planejada
para dar "prejuízo intencional".
Foram 700 milhões de dólares atirados para o alto, com
sobras para os corruptos. Foi rastreado os sinais da entrada no Brasil de
dinheiro originário do exterior.
Em abril do ano passado, a Lava-Jato era ainda uma operação
restrita à ação de doleiros. Passado um ano e pouco, o próprio Nestor Cerveró,
quem diria, um dos engenheiros da "má gestão proposital", aparece
como a grande oportunidade de confirmar as ousadas operações de "prejuízo
intencional" com o objetivo de obter propinas para os diretores corruptos
da Petrobras e seus padrinhos políticos.
Por isso é que,
"a ocasião faz o ladrão". No maior escândalo de corrupção da história
deste país, o ladrão cuidava de providenciar a ocasião.
O roubo se perpetua das formas mais variadas e,
infelizmente, têm-se, por vezes, a impressão de que as mais graves são as menos
punidas. Pela justiça humana sabe-se que é roubo aproveitar-se do próprio cargo
público para locupletar-se com os dinheiros e o material que pertence à comunidade.
Muitos pensam que o que pertence ao Estado pertence a
todos, e assim cada um pode se aproveitar dos bens públicos, para seus fins
privados.
Por que tanta ganância de se aproveitar do dinheiro
alheio? Por que o mundo está viciado em passar o outro para trás?
São perguntas
pertinentes que se afloram na mente dos cidadãos honrados.
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