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terça-feira

Por que sempre voltamos a falar em Educação?



"Livre, livre. Meus olhos seguirão ainda que meus pés parem". Lembro que estas foram as últimas palavras que deixou escritas Jokin Zeberio, de 14 anos, antes de arrojar-se ao vazio com sua bicicleta, do alto da muralha de Hondarribia, Espanha, em setembro de 2004.


Jokin vinha sofrendo agressão de seus colegas havia anos. As contínuas ameaças, humilhações, insultos, pancadas, surras, o fizeram sofrer e o levaram à morte. Na época o feito fez soar o alarme social político e educativo, e gerado muitos debates sobre o que caracterizamos atualmente como Bullying, que antes de mais nada é uma palavra inglesa que significa intimidação.

É obvio que antes de qualquer análise temos dois grandes problemas que nos tempos atuais deveremos enfrentar. Temos pais que trabalham fora e não tem mais tempo de acompanhar as atividades dos filhos e sem contar com tantos outros que tem pais separados e não podem contar com a educação bilateral, estes muitas vezes ( ainda bem) alavancados pelos avós mas que carecem de apoio familiar.Isso resulta numa grande pressão pela evasão escolar e quando tenta se reverter a situação simplesmente aceita-se os equívocos dos alunos e promovem-no sem uma devida formação para a série imediatamente superior.

Evidente que a reprovação de um aluno é algo temeroso, que tem repercussões negativas que ultrapassam sua vida escolar. Assim como o peso do fracasso e o estigma de repetente podem reduzir suas chances de aprendizagem, também sua personalidade pode ser afetada.


Em conseqüência da reprovação, o aluno pode desenvolver um conceito negativo que o leve a abandonar os estudos; todavia tem de ser analisado caso a caso, considerando os conceitos iniciais de esperança e amor; ditos claro no sentido mais amplo da palavra.

Não podemos esquecer que os fins da educação indicam os rumos da ação educativa, os princípios básicos que irão norteá-la, tendo presente o verdadeiro sentido da existência humana. Enquanto a ciência avança é dever da educação proporcionar o instrumento necessário para acompanhar essas transformações, despertando o ideal de busca, da pesquisa e da atualização constante. O pleno desenvolvimento do educando supõe uma educação integral, que considere o homem não só como indivíduo, mas também como participante de uma sociedade.

A escola tem hoje, com justa razão, a preocupação de conquistar o apoio da comunidade, considerando-o relevante para uma atuação eficaz.

Estamos vivendo um novo tempo da educação brasileira com imensos desafios a serem enfrentados com determinação e espírito crítico. Ou seja, os pais têm de participar da vida escolar de seus filhos. Não podemos mais esperar melhoras se cada família não traz para si a responsabilidade de que aquela criança será o futuro cidadão ou um futuro amante da criminalidade.


Então vamos todos participar. Se percebeu que seu filho caminha descompassado, não aprende, não participa ou está indo para um caminho tortuoso ou sem luz; apresente-se, oriente-se a você mesmo e aos seus pares, assim pais, professores e comunidade em geral, estaremos finalmente recuperando a esperança no amor através da educação. Não vejo outro caminho!


Prof. Rosildo Barcellos.

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domingo

A lei é para todos. Ou não?




Faz muito tempo que ouço falar que é necessário investir em educação pública no Brasil, e isto passa também por uma valorização salarial do magistério.

O discurso é repetido, principalmente, em períodos eleitorais.

É sempre a mesma história, enquanto candidatos às promessas são abundantes em soluções para o sistema educacional como um todo, assim como a questão salarial do magistério especificamente. Mas agora, o que está acontecendo no estado do Rio Grande do Sul extrapola todas as falsas promessas de compromisso com a educação e com os professores gaúchos.

Enquanto ministro da Educação, Tarso Genro foi um dos responsáveis pela Lei do Piso Nacional do Magistério, já como ministro da Justiça, fez questão de assinar a lei 11.738 e, como governador, dirigiu-se ao Supremo e declarou ser contra a ação de inconstitucionalidade (Adin) impetrada pela então governadora Yeda e outros governadores.

Considerada pelo Supremo uma lei constitucional está em plena vigência e precisa ser aplicada por governadores e prefeitos, pois a sua implantação significa não a redenção salarial do magistério, mas sim o começo de um resgate salarial dos principais agentes da educação. Saliento, é apenas um início, pois o Piso ainda o é insuficiente para quem deseja um sistema educacional de qualidade e com profissionais bem remunerados. Apesar de tudo isto, abordado até aqui, o governador Tarso Genro não pagou o piso salarial.

Descumprindo a palavra dada à categoria no período eleitoral, trata os professores como pessoas ingênuas. Tarso Genro oferece uma proposta ignorando o artigo quinto, parágrafo único da Lei 11.738, que estabelece como o indexador para os reajustes anuais os índices do Fundeb. Diz o governador que é contra este indexador, emenda do senador Cristóvão Buarque.

Defende o INPC com o indexador, mas a lei estabelece o índice do Fundeb. Em números redondos em 2012, o índice do INPC ficou em 6%, e o índice do Fundeb em 22%. Esta diferença é a essência da Lei 11.738.

Só desta forma será possível recuperar os salários dos professores em alguns anos. O índice do Fundeb possibilita um ganho real, enquanto o índice do INPC apenas corrige as perdas inflacionárias. E, agora, para arrematar, Tarso Genro está falando em contestar a constitucionalidade da lei, que fez e assinou, mas que o senador Cristóvão Buarque teve a coragem de aprovar uma emenda democraticamente contando com os votos da maioria.

Tarso Genro atenta contra o Estado de Direito, ignora os princípios básicos da convivência democrática e ofende a inteligência da população do Rio Grande do Sul.

Por: João Barcellos.
Professor de História e mestre em Educação Ambiental.

''FAÇA SEU POLÍTICO TABALHAR. COMO???NÃO VOTE MAIS NELE!!!"