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domingo

Custo de Vida


PROTESTE avalia que bandeiras tarifárias são ilegais e redução de 3% é irrelevante

Conta de luz continua alta e impacta orçamento
Anunciada como benefício ao consumidor, a redução de 3% na conta de luz, a partir de fevereiro,  pela criação de novo patamar de cobrança da bandeira vermelha,  é avaliada como irrelevante pela PROTESTE Associação de Consumidores.“Tendo em vista os mais de 50% de reajuste no ano passado, a conta de luz continua pesando muito no orçamento. O consumidor paga caro por serviço de má qualidade”, destaca Maria Inês Dolci, coordenadora institucional do grupo.
Desde que houve consulta pública para discutir a implantação das bandeiras tarifárias, há quatro anos,  a PROTESTE vem contestando a legalidade da medida que impacta a capacidade dos consumidores de baixa renda de pagar tarifa, bem como a inflação.Reforçam, também, que a garantia de acesso aos serviços públicos essenciais, como é o caso da energia elétrica, é importante instrumento de distribuição de justiça social, nos termos dos artigos 1º e 3º, da Constituição Federal e, ainda, um direito básico nos termos do artigo 6º, inciso X, e 22, do Código de Defesa do Consumidor, e as bandeiras configuram claro empecilho de cumprimento destas finalidades.
Com as bandeiras tarifárias há repasse automático à conta de luz, que pode ser mensal, do custo adicional do acionamento das usinas termelétricas. Os valores cobrados pela energia passam a flutuar de acordo com a necessidade do uso dessas geradoras mais caras. Só não há acréscimo na conta quando vigora a bandeira verde, que significa custos baixos para gerar a energia. Desde que a medida foi implantada, o consumidor sempre pagou pela bandeira vermelha, a mais cara.
Dependendo das usinas utilizadas para gerar a energia, esses custos podem ser maiores ou menores. Antes das bandeiras, essas variações de custos eram repassadas no reajuste seguinte, um ano depois.Quando a bandeira fica vermelha, o adicional cobrado proporcional ao consumo era até agora de R$ 4,50 por 100 kWh. Quando a bandeira é amarela, o acréscimo era de R$ 2,50 por 100 kWh. A esses valores são acrescentados os impostos vigentes.
A partir de segunda-feira, 1º de fevereiro, a bandeira vermelha passará a ter dois patamares: R$ 3,00 e R$ 4,50, aplicados a cada 100 kWh (quilowatt-hora) consumidos, e a bandeira amarela passará a R$ 1,50, aplicados a cada 100 kWh. Os novos  valores, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) permitirão maior flexibilidade e aderência frente às variações dos custos de geração de energia.
Até fevereiro do ano passado, para cada 100 kWh consumidos (ou suas frações), a bandeira vermelha era de R$ 3,00 e a amarela de R$ 1,50. A partir de março de 2015, para cada 100 kWh consumidos (e suas frações), a bandeira vermelha passou a ser de R$ 5,50 e a amarela de R$ 2,50. Em setembro de 2015, a bandeira tarifária vermelha foi reduzida de R$ 5,50 para R$ 4,50 a cada 100 kWh consumidos (ou suas frações).
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sábado

A nação à deriva em águas sacudidas por trovoadas econômicas

A falta de comprometimento para fazer o que era necessário causou o atual estresse

Não sou economista, mas estou há algum tempo lendo muito sobre o tema. Muitos artigos explicam o que vem acontecendo, mas poucos falam de uma maneira clara. Tentarei de forma mais simples detalhar o alvoroço em que vive o Brasil atual.
Todos concordam que é impossível pensar em decisões de investimento de forma consistente sem regras claras e perenes. Foi desta forma que nasceu o Plano Real. A estabilização da economia, com a recuperação da confiança na moeda, o controle da inflação e a definição de um arcabouço confiável abriram o caminho para termos uma economia sólida. Este período foi marcado também pela taxa de câmbio fixa, forçando um dólar muito barato.
A partir de 99, para estabelecer uma política de cambio mais eficiente no mandato FHC, Armínio Fraga (BC) adotou o clássico tripé macroeconômico (modelo ortodoxo), caracterizado por câmbio flutuante, sistema de metas de inflação e perseguição da austeridade fiscal. Este caminho permaneceu até o final de 2007, inclusive boa parte dos governos Lula, com o tripé preservado, sem muita alteração de rota.
Tudo mudou em 2008, quando a economia mundial entrou num grande buraco, iniciando-se com a bolha imobiliária dos EUA, atingindo o clímax com a quebra do banco Lehman Brothers. Tentando mitigar os efeitos da crise, em 2011, o Governo Dilma abandonou a ortodoxia e migra em direção à chamada nova matriz econômica, um conjunto de medidas heterodoxas de orientação desenvolvimentista, marcada pelos seguintes fatores: maior intervenção na economia, represamento dos preços, atuações marcantes e frequentes no mercado de câmbio, leniência no combate à inflação, incentivo desenfreado ao consumo, afrouxamento fiscal excessivo e exorbitante aumento da oferta de crédito pelas instituições.
Dentro da mesma orientação, Dilma colocou fim ao pacto político que Lula adotou ao manter a política econômica ortodoxa, ao gosto do capital financeiro, ainda que combinada com políticas sociais. Tomando esta guinada mais à esquerda, Dilma teria começado a desagradar a setores e a fragmentar a base de apoio. Além disso, devido aos estímulos à demanda, começaram a surgir inflação, déficit em transações correntes e queda do PIB.
Para o Financial Times, o boom do crédito na praça brasileira foi usado sem disciplina, e, agora, o processo está acontecendo em marcha à ré. Ao perceber isso, o governo imediatamente culpou fatores externos. Mas basta verificar os vizinhos Chile, Colômbia e Peru, que aproveitaram a mesma situação e continuam crescendo, para perceber que a responsabilidade foi mesmo do próprio Brasil.
Chegou o período eleitoral, e com ele, foi-se a oportunidade de fazer o ajuste fiscal. O mesmo ocorreu com os preços administrados, cujos aumentos foram adiados. Desta forma, depois das eleições sobrou um ajuste muito mais rigoroso a ser feito, e o reajuste das tarifas gerou inflação. Perdeu-se a confiança na política fiscal. A falta de comprometimento para fazer o que era necessário causou o atual estresse. Por consequência, o mercado financeiro percebeu a incapacidade de o setor público atingir a meta de superávit primário (economia para pagar juros da dívida pública) de R$ 30,5 bilhões em 2015. Desta maneira, começou a imergir o outro grande problema: ao rasgar a LRF, o Brasil caiu em descrédito aos olhos dos investidores estrangeiros.
Com os mecanismos que regulavam a estabilidade econômica, a queda de investimentos estrangeiros no Brasil ficou inevitável. Desta maneira que o uso de artifícios dos tapa-buracos “econômicos” começou a surgir através das pedaladas fiscais, nome dado a práticas do governo de maquiar as contas para cumprir as suas metas.
O Tesouro Nacional atrasou repasses para instituições que financiaram despesas do governo, entre eles, benefícios sociais e previdenciários, como o programa Bolsa Família. Os beneficiários receberam tudo em dia, porque os bancos assumiram, com recursos próprios, os pagamentos dos programas sociais. Com essa manobra, o governo registrou, mesmo que temporariamente, um alívio no orçamento. Mas a sua dívida com os bancos cresceu.
O TCU disse em nota que as “pedaladas” serviram para aumentar o superávit primário ou impedir um déficit primário maior. E mesmo com manobras, o governo não conseguiu cumprir as metas fiscais do ano passado e teve de enviar lei ao Congresso Nacional para alterar os objetivos antes propostos. Esta ação foi o estopim para que agência de classificação de risco Fitch rebaixasse a nota do Brasil e tirasse o grau de investimento do país. Em nota, a agência apontou que essas constantes mudanças na meta de superávit primário minaram a credibilidade. Resumindo, o Brasil não é um local seguro para se investir.
Com tantos acontecimentos trágicos, com as políticas fiscais e monetárias conturbadas, o que o governo deveria fazer agora? De uma forma geral, o Brasil precisa de reformas estruturais de longo prazo que incentivem o crescimento. No lado fiscal, se o governo aprovar legislação que eleve receitas e corte gastos e, assim, criar de forma crível um superávit primário em 2016, é possível evitar novos rebaixamentos e melhorar a sua confiabilidade política.
As pessoas poderão ficar mais confortáveis para voltarem a gastar, com a moeda tendendo a ficar mais competitiva, aumentando as exportações e reduzindo a inflação sem os efeitos dos altos preços represados. Desta forma, o governo poderá voltar a adotar o tripé econômico, cortar juros, restabelecendo parte do crescimento, atingindo um PIB levemente positivo no segundo semestre.
Creio que o Brasil não está fadado à crise, há um caminho, embora difícil, que exige coragem e, acima de tudo, competência. Mas precisam de rapidez, ou os danos podem ser maiores ainda. O economista Eduardo Giannetti afirmou, para o caso de Dilma não alterar sua política e dobrar a aposta na nova matriz econômica: “Aí, meus caros, apertem os cintos. Vamos enveredar para uma crise financeira, porque o mercado financeiro vai perceber rapidamente que o Brasil não se sustenta.”
Na minha visão, o problema esta justamente aí. Estamos diante de um governo até o momento inerte, com reduzida governabilidade, baixa popularidade, com denúncias de escândalos e com uma coalizão muito fragmentada. As esperanças diminuem quando Levy, um economista com sólida formação acadêmica e profissional e com credenciais para resgatar o clássico tripé, deu lugar a Nelson Barbosa, que mostra-se bastante simpático à atual matriz econômica em uso.
Além disso, tanto o presidente do PT, Rui Falcão, quanto os representantes das centrais sindicais têm se manifestado sistematicamente contra uma nova alta de juros por parte do Banco Central, o que impede a redução da inflação, já pressionada devido ao aumento de tributos (como ICMS) e tarifas de transporte promovido por 21 estados neste ano.
Finalmente, o futuro do governo Dilma também passa pelos rumos de um de seus principais algozes: o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A queda de braço política vai influenciar no destino econômico.
Caso Cunha seja afastado do cargo, em minha opinião, o governo ganharia chance de tentar restabelecer sua relação com o parlamento e fazer as políticas fiscais que tanto precisa. Do contrário, a desestabilização tende a aumentar, e o governo tende a sangrar até o fim do mandato, com consequências ainda mais graves, a dizer algumas: desemprego exorbitante, arrocho salarial, alta do dólar e inflação em disparada.
E nós, simples cidadãos, o que fazer para não sermos surpreendidos pela grave recessão iminente?
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sexta-feira

O processo democrático é uma mentira!

Simples atitudes podem mudar tudo

Ano eleitoral e a mesma ladainha que se repete há quase três mil anos volta novamente a pairar no ambiente considerado “democrático”.
Política é a arte da diplomacia.
As mesmas promessas genéricas para os mesmos problemas que nunca se resolvem.
Os mesmos perfis e a mesma esperança de que dessa vez serão eleitos outros “representantes” do povo para melhorar tudo o que sempre esteve errado e nunca mudou.
Os mesmos perfis de eleitores necessitados ideologicamente ao ponto de acreditar em alguém que eles sabem que está mentindo.
Além do que o tempero do egoísmo, que é intrínseco à vasta maioria envolvida nesse processo, traz à tona a superficialidade de um processo eleitoral que já nasceu falido desde os primórdios das duas civilizações que criaram de forma independente uma da outra o conceito utópico de “democracia”.
Roma e Grécia, as civilizações que iniciaram o processo de participação comunitária nas decisões governamentais, sendo os embriões do que veio a se tornar as suas herdeiras, as repúblicas e nações “democráticas” ao redor do mundo, deixaram apenas uma herança de um modelo falho em si mesmo, na medida em que não é igualitário nem democrático no seu âmago, na base de qualquer sociedade que queira reivindicar o título de nação justa, pelo simples motivo de não terem sido previstas regras claras de distribuição igualitária e transparente da informação.
A frase: “Conhecimento é poder” é absolutamente verdadeira e a nítida segregação entre os que sabem mais e os que sabem menos faz a “democracia” ser apenas um teatro de horrores e um campo fértil para os mais esclarecidos sambarem em cima das cabeças dos desfavorecidos de informação.
Na medida em que o conhecimento não altera a índole nem o caráter e pode munir pessoas boas com mais recursos para ajudar outros ao mesmo tempo que pode municiar pessoas malignas a terem mais estratégias para prejudicarem outros então o conhecimento e a informação ficam encerrados pela classe dominante, sendo distribuídos à conta-gotas para uma população desprovida dos recursos intelectuais mínimos nem ao menos para se darem conta de que existem outras perspectivas além daquilo em que vivem, já que o conhecimento é a chave para se desvendar os segredos do controle emocional que poderia transformar o mundo em um paraíso.
Essa “democracia” disfarçada pelas classes dominantes, desde a República Romana e as repúblicas gregas, dá a falsa sensação de que a população está participando das decisões governamentais, aproveitando-se da cegueira intelectual dos povos conquistados, e isso gera uma paz social de aceitação de mandos e desmandos, como o uso do dinheiro público para financiar as depravações sádicas dos imperadores romanos (que ocorre até hoje), a construção de monumentos sem nenhum proveito para o bem estar coletivo, programas de alienação patriótica, investimento pesado em armamentos e contingente para proteger o modo de vida suntuoso dessas classes dominantes e até mesmo espetáculos que entorpecem momentaneamente os habitantes.
 Fazendo-os se esquecer dos reais problemas diários que enfrentam para sobreviver, enquanto se digladiam uns com os outros pelas migalhas de dinheiro que são colocadas em circulação no mercado em detrimento dos cerca de 90% da fortuna que permanece nas mãos dos 1% que dominam sobre os 99% desinformados.
O mais hilário no modelo “democrático” que os gregos e romanos deixaram como herança para o mundo é o fato de que a ilusória sensação da participação do cidadão no processo de decisões governamentais, apesar de ser escancaradamente manipulada há milênios.
Fica velada ao conhecimento público através de “opções” fornecidas pelos próprios governantes para serem escolhidas pelas massas. Então o humilde cidadão que perde seu tempo indo aos locais de votação achando que está cumprindo seu dever cívico para com sua comunidade por votar e “decidir” o que é melhor para seu povo, não está nada mais nada menos do que escolhendo uma das opções que foram deixadas diante dele e que são “opções” que vão manter o “status quo” vigente que privilegia quem tem muito e esmaga quem tem pouco!
Portanto, isso não é uma “decisão” popular, é apenas um teatro para a escolha de quem vai ficar com a chave do cofre dessa vez, e mesmo que haja uma “mudança de governo” com a eleição de outros indivíduos da “oposição” que se tornaram “situação” a estrutura governamental permanecerá a mesma e continuará sendo frequentada pelas mesmas pessoas, logo, nenhuma mudança será notada e todos os que participam do fechado círculo de poder vigente vão continuar se beneficiando dos conchaves políticos e alianças eleitorais, mesmo não sendo mais os detentores da chave do cofre.
Para o circo de horrores ficar completo o Estado, desde os primórdios da República Romana e das repúblicas gregas, é infestado de parasitas preocupados apenas com um emprego e uma renda mensal fixa, que se dizem funcionários públicos, mas que não se importam em atender bem à população (com raras exceções), e ficam inflacionando as despesas mensais da máquina administrativa com pouco trabalho, pouco rendimento e salários exorbitantemente.
Além do nível, da qualidade e do volume de serviços que prestam à população (isso sem contar as gratificações e benefícios por ajudarem os poderosos a se manter no poder).
Nas eleições municipais desse ano a mesma história vai se repetir, exatamente igual vem acontecendo há quase 3 mil anos: os poderosos vão continuar de alguma forma no poder, mesmo que percam as eleições, os intermediários vão continuar sendo parasitas puxa-saco dos poderosos e o povo humilde vai continuar sendo massacrado por essas duas classes parasitárias, que, com raríssimas exceções, só se preocupam com o próprio bolso.
Temos excelentes exemplos a serem citados de políticos e funcionários públicos realmente interessados no bem estar de suas populações, mas são tão poucos e logo são eclipsados pela vasta maioria de políticos e politiqueiros malignos que não querem que bons políticos se despontem na hierarquia política da região que disputam.
A mídia sempre teve e ainda tem um papel vital nesse trabalho de alienação das massas, se vendendo à propagação de mentiras ou meias verdades oriundas dos poderosos endereçadas à população que é mantida sempre desinformada o suficiente para não entender que tudo isso não passa de um jogo macabro para manter os poderosos sempre no poder e manter as classes desinformadas sempre se debatendo e disputando as migalhas que eles autorizam que entre em circulação nas mãos da população.
Que piada mais sem graça essa “democracia” que os gregos e romanos deram de presente ao mundo! Esse é literalmente o “presente de grego” que o velho ditado já dizia.
Um doente mental que ama o poder, que ama dar ordens, que ama se sentir temido e que ama se sentir acima de outras pessoas é capaz de tudo para fazer seu padrão de vida permanecer paradisíaco, tendo como bem maior a sua própria satisfação pessoal, mesmo que outros estejam sofrendo ao seu redor.
Isso porque nem foi detalhada nessa reflexão as flagrantes fraudes eleitorais, agora mais fáceis de acontecer através das urnas eletrônicas, onde o eleitor é obrigado a acreditar num sistema eletrônico facilmente programável e adulterável por qualquer aprendiz de programação com alguns meses de estudos na área de informática.
Simples atitudes podem mudar tudo isso: a educação igualitária, com a determinação de distribuição de conteúdo realmente prático para a vida diária e o ensino de habilidades de controle emocional nas crianças formará novas gerações de adultos equilibrados e transbordantes de conhecimento útil para criar ambientes agradáveis e pacíficos ao seu redor, tornando a comunidade, a sociedade, a cidade, o país e o mundo num paraíso.
Em Atos 4:32 fica um exemplo de uma verdadeira “democracia”, mas que, na verdade, poderia ser mais enquadrada nos conceitos do comunismo e do anarquismo, mas que, mesmo assim, ainda é bem superior até mesmo ao próprio comunismo, anarquismo, democracia ou qualquer outro sistema de relações humanas que jamais existiu igual em nenhum outro grupo ou comunidade de pessoas além dos judeus nazarenos do primeiro século.
Onde está escrito: “Ainda mais, a multidão dos que haviam crido era de um só coração e alma, e nem mesmo um só dizia que qualquer das coisas que possuía fosse a sua própria; mas eles tinham todas as coisas em comum.”
O mundo é infestado de doentes egoístas que transformam esse planeta num inferno, sendo que, pequenas mudanças transformariam o mundo num paraíso.
A mudança para um mundo melhor para todos deve começar dentro de cada um, inclusive, dentro de você!
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quinta-feira

Uma nova realidade para o mercado de alimentos



Nos últimos anos temos acompanhado uma mudança significativa no comportamento da população quando o assunto é o consumo de alimentos. Muito além do sabor, hoje, as pessoas também estão preocupadas com as questões relacionadas à saudabilidade daquilo que consomem. Em outras palavras, quais benefícios eles podem proporcionar à saúde e ao bem-estar?

Uma pesquisa divulgada neste ano pela Euromonitor aponta que a venda de alimentos naturais e orgânicos cresceu 98% nos últimos cinco anos, enquanto que a demanda por opções tradicionais cresceu 67% no mesmo período.
O estudo ainda mostra que 28% dos brasileiros consideram que o valor nutricional é o mais importante na hora de consumir um produto e 22% das pessoas ouvidas disseram preferir alimentos naturais sem conservantes.

Diante desses números notamos o grande desafio que a indústria de alimentos tem pela frente que é investir cada vez mais em opções saudáveis e naturais, transformando receitas tradicionais em opções ricas em vitaminas, ômegas, fibras e proteínas.
Esse é um trabalho que envolve pesquisas constantes para o desenvolvimento de novos ingredientes tecnológicos e a busca pela inovação.

Ao buscarmos exemplos práticos desse trabalho na indústria alimentícia, encontramos as farinhas e óleos obtidos a partir de frutos e sementes da biodiversidade brasileira, como o açaí, cupuaçu e castanha do Brasil. A proposta desses ingredientes é que eles sejam acrescentados a receitas tradicionais do dia a dia, como pães, bolos, cookies, molhos e maioneses, tornando o alimento uma opção de alto valor nutritivo.

Outro ponto que não devemos deixar de lado é a questão dos alimentos orgânicos, pois em janeiro deste ano um estudo feito pela Nielsen mostrou que 33% dos consumidores preferem alimentos orgânicos e pagariam mais caro por isso.
 Nesse sentido, estamos indo muito além do consumo de um alimento saudável, estamos falando de produtos comprometidos com a questão da sustentabilidade.
Hoje, o consumidor está preocupado em saber se o alimento que ele vai consumir foi obtido a partir de um processo que engloba o respeito ao meio ambiente e aos envolvidos na cadeia produtiva.

Toda essa evolução do mercado alimentício nos leva a destacar também o segmento de produtos direcionados às pessoas com dietas restritivas. Isso porque, nos últimos anos, as empresas passaram a investir nesse nicho com o grande desafio de oferecer alimentos que possam suprir as necessidades das pessoas alérgicas ou com intolerância alimentar.
 Para isso, a indústria de matérias-primas para alimentos está focada também na customização de serviços e desenvolvimento de insumos tecnológicos exclusivos.

Esse cenário nos mostra que a indústria de alimentos está passando por um grande processo de transformação, o que envolve a mudança no comportamento do consumidor e a adequação das marcas a esse novo momento do mercado.
O resultado certamente trará benefícios a todos e os alimentos saudáveis e funcionais vão se tornar parte essencial do nosso cardápio diário.

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Democracia, Brasil sec. 21



Quais são os 35 partidos políticos brasileiros? Quais representam os seus anseios, os seus ideais, as suas necessidades? Ou todos não lhe representam e estão alinhados na mesma direção e você nem suspeita? Quem sabe apontam para um único interesse? Uma coisa é certa, o que os separam é o tamanho do barulho que é ouvido pelos eleitores e ecoado por seus militantes.
Sob esse prisma, um mesmo partido não tem acesso a todas as comunidades distintas, desta forma, separaram o mesmo interesse em várias siglas, com o intuito de não escapar nenhuma chance de ludibriar os incautos brasileiros.
Mas, como, por tanto tempo, isso se manteve alinhado? A resposta é dada pela Procuradoria Geral Da República (PGR), que, através das investigações, apurou que era o dinheiro público que mantinha o poder alinhado.
E houve uma ruptura no sistema político por falta de dinheiro, a partir deste momento, tornou-se evidente as desavenças políticas nas organizações partidárias do nosso País.
Tudo começou com uma cobrança dos valores prometidos para o esquema de compra de favores, houve o desentendimento, que gerou mágoa e dali pra frente o ódio tornou-se o instrumento que desencadeou o desmoronamento dos pilares da política brasileira.
Como pólvora, os delatores foram os instrumentos de guerra usados pela Polícia Federal, de forma que, a cada denúncia incendiária jogada na imprensa, ouvem-se as explosões em todo o Brasil. Claro, que a ideia de todos os delatores é reconhecer a responsabilidade de cumplicidade, mas, apenas para amenizar o tempo no xilindró.
Dessa forma, a delação premiada passou a ser o instituto mais usado pela PGR, com um agravante, desrespeita o próprio Estado Democrático De Direito. Pois lá se prende um suspeito sem provas de crime algum, apenas por meras informações passadas por um delator, que, por meio de ameaças e torturas, tomam como verdadeiras todas as declarações obtidas nesse cativeiro.
A angústia que põem a seus sequestrados, os abalos psicológicos que submetem em suas vítimas, privadas da mais certa liberdade oferecida pela democracia, transformam esse instituto no mais cruel instrumento de tortura e, aos olhos da lei, a justiça está se antecipando para os departamentos de polícia, e os tribunais julgarão de forma passional e não mais de forma técnica e no linear da palavra fria da lei.
Os inquéritos policiais já chegam contaminados pelos sentimentos populares.
Aliás, as leis estão transformando a Pátria em uma prisão domiciliar. Cá se vive sem fraternidade, sem pão, sem água, sem luz (em todos os sentidos). E, o Estado sem advogado, para defender os pobres, e sem presídio para os criminosos comuns, os mantém em suas comunidades sem nenhum remorso.
O abandono é a forma de dizer que todo pobre é criminoso e merece esse castigo, o isolamento.
Assim, ao revés das normas, sem direito ao contraditório, todos os inimigos são condenados. Portanto, a democracia tornou-se uma cortina de fumaça a serviço do poder.
 E, como Auguste Comte, pai do positivismo alardeava (sec. 19), temos que rever tudo novamente e criar uma ordem geral. 


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terça-feira

Onde estão os líderes?


Um líder impõe por seus predicados

Está lá em qualquer dicionário, no Aurélio, por exemplo, que líder é aquele que influencia sobre o comportamento, pensamento ou opinião dos outros. Líder, ensinam os especialistas em motivação, é aquele que vê mais longe, que vê antes dos outros e que, por conhecer os caminhos, ensina aos outros o caminho a seguir.
Fácil concluir portanto que líder é alguém que se impõe por seus predicados, não alguém que é imposto pelos serviços que presta aos seus patrocinadores. Dito isto, fica evidente que o PMDB não está escolhendo um líder de bancada, alguém com ascendência sobre os demais parlamentares da legenda, mas sim alguém que se presta a atender interesses que não são, na maioria das vezes, do partido, ou que estejam de acordo com os princípios doutrinários da legenda.
Esta segunda hipótese, convenhamos, seria exigir demais no país onde o que norteia os partidos não são princípios, mas os meios a se atingir os fins a que cada um se propõe, majoritariamente sem qualquer relação com o bem público.
 O PMDB que um dia teve líderes como Ulysses, Tancredo, Teotônio, Brossard, Jarbas, Simon e tantos outros, hoje é apenas um deserto de ideias. Uma legenda que foi para o enfrentamento ao regime militar, especialmente quando ainda era MDB, hoje se apresenta como um amontoado de pessoas dispostas a servir à chamada “governabilidade” que nada mais é do que o atendimento das necessidades dos que detém o poder no momento.
Quem um dia se opôs ao poder, hoje se rende a ele, aceitando todas as sortes de imposições, inclusive de referendar como seu líder alguém que não vê mais distante do que os outros, que não influencia pessoas pelos seus predicados, mas alguém que tem fidelidade canina ao Poder, ao interesse de grupos.
O pior que o PMDB é apenas um dos maus exemplos. Poderia ser outro qualquer.
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Artilharia da multa



Os carros antigos tinham motores mais fracos. Em consequência a velocidade era muito menor. Nas rodovias o limite de velocidade era de oitenta quilômetros por hora. A tecnologia e a segurança eram pífias. A potência de muitos motores aumentou, especialmente nos últimos vinte anos. A tecnologia de segurança também fica cada vez melhor.

A maioria das rodovias mantém o limite de oitenta quilômetros por hora, inclusive as duplicadas. A tecnologia dos radares medidores de velocidade é bem melhor. Alguns radares conseguem medir a velocidade a centenas de metros de distância. A frota de veículos cresceu de forma acelerada também.

Esses fatores criaram uma nova cultura de fiscalização. Além dos radares móveis, temos os pardais, os semáforos e as lombadas eletrônicas, que multam milhares de veículos no Estado e milhões no Brasil.

A segurança nas estradas e nos municípios deveria estar bem melhor. Não está!  Os veículos estão sendo multados pela União, pelos Estados e pelos Municípios. Algumas cidades mantêm limites de velocidade de 30km/h.

A verdade é que foi criada a indústria a multa.

As instituições que trabalham com esse controle têm cotas para atingir, ou seja, um número mínimo de multas. Por outro lado, é bom observar que muitos acidentes graves são causados por veículos muito velhos, sem fiscalização das autoridades. Caminhões sem freio e com rodados soltos estão matando nas estradas. Os carros mais novos são os mais multados. Carros velhos não pagam multas e rodam sem as mínimas condições. Os veículos com tecnologia de segurança tem que rodar a oitenta quilômetros por hora. E caminhões velhos, caindo aos pedaços sequer são fiscalizados.

 Não defendo o excesso de velocidade. Ao contrário: limites devem ser impostos, dentro de uma avaliação de coerência.

 Há um fato que deve ser ressaltado: muitos fiscalizadores se escondem para multar. Serve um barranco, uma depressão na margem da estrada, desde que o motorista não possa ver. Em Porto Alegre, agentes da EPTC se escondiam atrás de um poste, na Avenida Carlos Gomes, na capital. Muitos ônibus fazem excursões em péssimas condições, sem freios e com pneus lisos. Essa fiscalização também não é feita. Esses veículos causam acidentes com muitas mortes.

O IPVA de 2015 não terá validade legal de um ano.

Anteciparam o pagamento. Apesar de tanto imposto, tantas taxas e tantas multas, as rodovias estão cada vez mais esburacadas, especialmente as estaduais. Aqui no Rio Grande do Sul a regra é aumentar impostos, sem a contrapartida para a sociedade.

Quando teremos gestores capazes de ver tantos equívocos? E uma última pergunta: Será que os gestores públicos fazem isso de propósito? Quem sabe é falta de conhecimento e capacidade de administrar. Essas perguntas ficam para reflexão, neste início do ano de 2016.

Até quando vamos ser ovelhas, esperando a voracidade do fisco e do Estado acabar com a nossa economia doméstica? Brasileiras e brasileiros, como diria um ex-Presidente, vamos fazer prevalecer as necessidades da sociedade neste ano? Ou esperaremos que os nossos políticos continuem o assalto à nossa economia?


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segunda-feira

Dilma Rousseff, CPMF nem que a vaca tussa...



Nos últimos dias, nas suas chamadas entrevistas coletivas em que só ela fala, a presidente da República tem defendido a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras, a CPMF, o chamado imposto sobre o cheque. Começou com muito disfarce, como sói acontecer em todas as medidas impopulares, mas, agora, ela defende esta contribuição e, como sempre, com um ar meio que de deboche e transferência de culpa à sociedade, que não participou desse banquete. Como se dissesse: ou vocês aprovam o imposto ou será pior para vocês.
Prometo que não direi o que diria se estivesse num campo de futebol. Apesar de a sociedade brasileira ter fama – e ser mesmo – passiva demais com relação aos abusos de autoridades, alguns sinais ultimamente trazem a certeza de que não permitirá a volta desse e de nenhum aumento mais de imposto, para sair da crise em que, segundo o governo, o mercado internacional nos colocou.
Ninguém tem a fórmula mágica, mas, aí, vão algumas medidas que os governos deveriam tomar e nunca mais falar de aumento ou de novos impostos.
Não criar mais nenhum cargo efetivo de carreira. Quem acessa o site do governo federal, no link de legislação, todo dia tem uma nova lei, criando vários cargos burocráticos. Com o uso adequado de tecnologia, alguns deveriam ser extintos ou transformados. Além disso, o governo teria que extinguir, logo, aqueles 3 mil cargos comissionados dentre os quais, segundo o Jornal O Globo, pouco mais de 300 tinham sido extintos. Também deveria ampliar a extinção de 15 mil cargos comissionados e extinguir mais 20 ministérios.
Os estados deveriam limitar suas secretarias ao máximo de 10, e, na esteira do governo federal, extinguir mais de 80%, 90% dos cargos comissionados. As prefeituras com mais de 500 mil habitantes limitariam suas secretarias ao máximo de 5 a 7. Abaixo dessa população, deveriam manter uma secretaria de Educação, uma de Esporte, Cultura e Lazer e mais uma para englobar todos os outros ramos de atividade. Isso sendo muito benevolente.
Acabar com esse monte de passagens para passeios de políticos, disfarçados de participação em cursos, palestras, seminários e similares. Mais ainda, acabar com o leva-e-traz de políticos para as suas chamadas bases eleitorais, com aviões da Força Aérea Brasileira - FAB. Essa extinção abrangeria todos os cargos. Quando realmente indispensável, pagar passagem em avião de carreira, em classe econômica. E já seria prejuízo na certa!
Além disso, restringir a utilização de carros oficiais aos ministros e aos chefes dos poderes. Basta considerar que os servidores comuns pagam do próprio bolso seu trajeto de ida e volta ao trabalho. Extinguir todos os canais de TVs de assembleias legislativas, de câmaras municipais e de outras instituições. Manter apenas a TV Justiça.
Também deveriam acabar com despesas injustificáveis atualmente, como quotas de despesas de correios e telefones. Acabar com todos os contratos de servidores de cafezinho, lanches e similares em todos os níveis, nas três esferas de governo. A não ser a cultura de seres superiores, não há nenhuma explicação plausível a justificar que um funcionário precise servir água a ministros do Supremo, a ministros de Estado, nem a governadores. Coloca a água à disposição e quem quiser se sirva. Cortar, ainda, os aluguéis de imóveis, de automóveis, de outros equipamentos, cuja necessidade, na maioria das vezes, é somente a de favorecer os proprietários. Tomando-se essas medidas já seria um bom começo, mas teria muito a seguir enxugando...

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domingo

Focar em coisas positivas



Em tempo de férias escolares é possível também encontrar uma brecha para arrumar as coisas em casa, papelada, material antigo etc., justamente para que possamos melhor nos organizar no ano que se inicia.
Além do tempo para descanso e passeio, para quem já não tem uma vida atribulada de trabalho, as férias propiciam esse momento para uma pausa e uma melhor arrumação no que temos, para otimizar melhores oportunidades e possibilidades no ano vem pela frente.
No corre-corre do dia a dia, muitas vezes vão se acumulando anotações, endereços, telefones, cartões, apostilas, documentos, roupas pouco utilizáveis..., e tudo isso precisa de uma triagem, para ver realmente o que é necessário, dados que precisam ser colocados em agendas ou cadernos específicos, e muita coisa pode ser esvaziada da gaveta.
Por isso, é o tempo apropriado, do começo do ano, para fazer aquela picotagem e colocar para fora aquilo que não terá utilidade. Feito isso, podemos prosseguir mais leves e dispostos a um melhor aproveitamento do nosso tempo, ao longo do ano.
Para que isso aconteça satisfatoriamente é necessário que haja uma certa disciplina, que quer dizer criar hábitos saudáveis, atitudes que não estamos acostumados e que precisamos nos empenhar, para que consigamos um resultado ou um objetivo previamente planejado.
Sem a mínima organização, podemos nos dispersar e não aproveitar devidamente o tempo disponível, especialmente o tempo livre, quando não estamos estudando ou trabalhando. Nesse sentido, o primeiro passo dado é esse: arrumar as nossas coisas pessoais, fazer um check list do que temos e do que realmente precisamos, e a partir aí elencar nossas prioridades. É assim que fazemos um ano ser novo em ganhos para a nossa vida pessoal e profissional.
Férias, portanto, não é tempo somente para relax, mas também de preparação para a volta às aulas, e ainda ao trabalho, quando falamos em professores, por exemplo.
Quem souber melhor se organizar dessa forma, terá uma atividade de estudo e de trabalho mais rentável e prazerosa.
 Há muito o que fazer, portanto, que façamos cada coisa por vez, e tenhamos um maior proveito de todas as possibilidades que nos apresentam a cada dia, com foco sempre em coisas positivas.

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Desburocratização, uma tapeação que vem de tempos imemoriais


Que nem a informática consegue implantar


Um dos assuntos mais em voga que existem é a desburocratização. A famigerada papelama sempre assumiu proporções de epidemia, reclamando uma providência de cima. E tão gritante era a necessidade de se abolir o papelório desnecessário e complicativo, que foi preciso criar um cargo, com “status” de Ministro de Estado, para, de bisturi em punho, realizar monstruosa e delicada cirurgia. Acabou foi o ministro renunciando, sob o pretexto qualquer, e cá comigo acho ele fez foi assombrar com tanta burocracia.
A fila do INSS, os carimbos, as assinaturas, os protocolos, os atestados mais esquisitos, tudo isto era recebido com justificada antipatia pelo povo: e, em conseqüência, tudo que visa a erradicar algo incômodo ou eliminar trabalho é muito bem acolhido pelo povo… para desespero dos despachantes.
A figura do simpático Hélio Beltrão, tal qualmente Dom Quixote a caminho da Baratária, lutando contra moinhos de vento e cavalgando seu Rocinante em companhia do fiel escudeiro Sancho Pança, encontrou sérias dificuldades para arrancar da mente da própria natureza de nossas repartições públicas a mania de impor exigências enormes para solucionar casos mesquinhos.
Acabou foi o bravo Beltrão largando a rapadura e frouxando as cunhas, apesar de ter deixado no seu rastro uma esteira de boas realizações desburocratizantes.
Exemplos existem aos montes. Lá nas Minas Gerais, por exemplo, se se atrasava uma conta de telefone, por exemplo, o cristão tinha que peregrinar até a Telemig, onde uma displicente funcionária, muitas vezes sem ao menos olhar a cara da gente, apunha, mecanicamente, um carimbinho, para indicar que a empresa estava ciente de que o pagamento estava sendo feito com atraso.
Parece que aquilo visava simplesmente impor um castigo ao assinante, “pra ele largar da moda”. Não seria mais fácil ter estabelecido, na própria conta, uma multazinha? O mesmo acontecia com os carnês do Plano de Expansão: quando se atrasava uma prestação, os bancos recebedores eram instruídos para não receber a mensalidade sem o antipático carimbinho da empresa, que – pasmem! – não continha data, assinatura, nada, a não ser o nome Telemig.
Era a “autorização” apócrifa. Não sei se foi abolida esta absurda exigência: se não, ainda é tempo. Deve ter sido, pois a Telemig nem existe mais.
Já com as contas de água e luz, a mineirada descobriu a tempo a mancada, e passou a cobrar a multa por atraso, descomplicando as coisas, mesmo assim depois de muitos meses agindo à Telemig.
Numa época em que se procura racionalizar as coisas, só se pode atribuir exigências absurdas como estas a um desejo sádico de algum executivo, que, não tendo o que fazer para justificar seus altos salários, promove reuniões para discutir o sexo dos anjos e expelir resoluções para castigar o já castigado brasileiro. Ou, melhor definindo, vamos “no popular”: tem é aquilo na cabeça.
Francisco Campos, o Chico Ciência, ao assumir, nos tempos getulistas do Estado Novo, o Ministério da Justiça, disse ter encontrado sua mesa atulhada de processos pendentes de decisão ministerial, muitos dos quais com um carimbão “urgente” na capa. Após compulsar alguns, o grande jurista resolveu cometer o “crime” de mandar incinerá-los.
Anos depois, deixou o ministério, sem haver recebido uma única reclamação dos interessados em tais processos “urgentes”.
Existe até uma anedota (perfeitamente viável em termos de realidade) para exemplificar os trâmites do processo que costumo chamar de “processo au-au” (“ao chefe tal, para isto”, “ao diretor, para aquilo”…).
É um fato que teria acontecido durante o Estado Novo: um soldado cometeu uma falta qualquer, e o zeloso cabo deu parte para o sargento; este encaminhou ao subtenente; o sub, ao segundo tenente; este ao primeiro tenente; o primeiro-tenente, ao capitão; este, ao major; o major, ao tenente-coronel; este, ao coronel comandante do batalhão.
O coronel-comandante, para não fugir à regra e ao ver que o processo disciplinar estava sendo empurrado para a frente, não quis decidir sozinho, presumindo, pela longa tramitação, tratar-se de algo sério. E, matreiramento, passou-o para frente.
Tempos depois, já bastante volumoso e ensebado, o processo estourou na mesa de Getúlio Vargas. Este leu a parte inicial e viu do que se tratava. Abriu o volume ao meio e viu o empurra-empurra pra decisão superior. Não teve dúvidas, e abriu na última folha, dando seu veredicto: “Arquive-se”.
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sábado

Vamos falar de Educação: para você, palavras são só palavras?



Falando ou escrevendo a língua materna estamos desenvolvendo uma técnica de usar representações simbólicas para descrever nossas manifestações e, se acrescentarmos ou excluirmos algumas letras, isso não é um impedimento para sermos compreendidos.
Além do que a língua é um organismo vivo, camaleônico e novas palavras tomam forma, antigas palavras mudam sua ortografia e outras são "importadas" para a nossa língua.
 Assim, as palavras são decodificadas mesmo quando alteradas. Às vezes elas provocam seus embrólios, digo, imbrólios, ou melhor, imbróglios. Isso mesmo causam-nos confusão, isso pela forma que as palavras têm suas grafias - por exemplo: pharmácia e imbróglio, a primeira já foi considerada brasileiramente correta e modificada para farmácia, esse ajuste fez-se por conta de "ph" ter som de "f", logo não há porque usar o "ph".
Já a segunda ainda oficialmente tem a grafia composta pela letra "g", que em bom português deveria ser lida exatamente como se registra, mas, escreve-se em italiano (imbróglio) e lê-se em português (imbrólio). O que é uma anomalia e, logo, logo será escrita sem "g". Por quê? Porque lemos sem "g".
Esses imbróglios serão corrigidos com o tempo, porém, há quem defenda, como eu, que não há "erro" na escrita em nenhuma das variantes, mas, as adequações norteiam o sistema de linguagem. O porquê disso está ligado às convenções sociais, que permitem o falante de sua língua materna usar as variações para se fazer entender.
O que importa é o significado das palavras nas comunidades linguísticas que as usam. Particularmente, fujo do dicionário várias vezes para me comunicar e faço uso das mais diversas variações, claro, na informalidade da oralidade me arrisco mais. Todavia, em alguns escritos nem tanto.
No caso de artigos de jornais ou matérias de comportamentos, esportes, culinária dentre outros, as variações linguísticas são usadas para chamar a atenção do interlocutor. O motivo é o efeito que o texto quer causar. Por outro lado, limitar-se apenas ao uso do dicionário não é o suficiente para se fazer entender; na necessidade de construir uma comunicação mais barulhenta o locutor usará até mesmo as figuras de linguagem.
Claro, que em textos de caráter formal (acadêmicos ou endereçados a órgãos públicos e autoridades) a formalidade exigirá o uso da gramática padrão. Portanto, essa flexibilidade no uso da escrita é primordial.
A linguística é como o gênero dos seres vivos. O homem e a mulher, como os demais animais de sexo opostos têm comportamentos distintos e suas aparências físicas não são os elementos norteadores para considerar o gênero. Ou seja, para entender o masculino e o feminino, não basta afirmar que os órgãos genitais seriam o suficiente.
Do mesmo modo, a forma gráfica que se expressa a palavra pode não seguir a regra da língua padrão. Aliás, trilhar esse caminho de questionamentos dos nossos signos e seus significados sem nos apoiarmos em boas leituras de consagrados linguistas é um risco que corremos. O risco ao qual me refiro é de pseudointelectuais apontarem erros em tudo. Ignorando as possíveis formas de comunicações.
Contudo, no Brasil, está se formando uma corrente em prol do entendimento da língua materna. E não somente os professores de Português voltaram seus olhos para a linguística, também os homens mais elevados das cortes da Justiça brasileira entendem que a linguagem é morfologicamente confusa, e desatrelar o rebuscamento facilitará a comunicação; segundo eles, a palavra escrita deve ser abrangente e eficaz. De outro modo, quanto mais o indivíduo buscar o domínio de sua língua, mais terá competência para trilhar por todos os caminhos textuais.
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