Hoje, é possível notar que o conceito “família” está em
transformação. O modelo tradicional de pai e mãe, convivendo sobre um mesmo
teto, e responsáveis para lidar e administrar as diversas questões do dia a
dia, que envolvem a formação de um adulto, está sendo revisitado.
Independentemente da forma como se dará a convivência de
todos os envolvidos, é preciso levar em consideração, sempre, e em qualquer
situação, o bem estar do menor.
Cuidar, proteger, e amar. Esses valores devem estar à
frente de todo e qualquer interesse de um casal que deseja uma criança
minimamente saudável. Sem esses valores, torna-se impossível deixar, como
legado, adultos capazes de respeitar a si mesmos e principalmente ao próximo.
O mundo está cada vez mais carente de pessoas inteligentes
emocionalmente, que sabem entender, perceber, avaliar e administrar suas
próprias emoções e a dos outros.
E hoje, fico particularmente feliz porque eu, somado ao
trabalho e dedicação da minha equipe, conseguimos mudar a realidade de uma
menininha de sete anos e que, finalmente, terá um Natal feliz. Sem disputas ou
guerra psicológica. Apenas paz e amor.
Crianças precisam sentir que são amparadas e não alvo de
disputa. Caso contrário, tornam-se frágeis, inseguras e, muitas vezes,
infelizes... devido à falta de entendimento dos pais. E cada memória, positiva
ou negativa, monta um aspecto básico da personalidade.
Após uma audiência de conciliação, conseguimos mais uma
guarda compartilhada. Sem dúvidas, precisamos agradecer também ao colega que
patrocinou a genitora, pois certamente buscava também o melhor para a criança.
Ao invés de atuar como outros advogados, que já declararam
expressamente entender que a Guarda Compartilhada e a Alienação Parental é
fantasioso e risível, este profissional tem a mesma percepção que a nossa,
sobre o assunto que a GC é o caminho para manter a saúde psicológica da
criança. No acordo judicial, tanto meu cliente (pai) como a mãe, concordaram em
ter amparo psicológico juntamente com a filha. A terapia será o ponto mais
importante aos pais.
Parabéns a minha equipe pelo excelente trabalho, parabéns
ao colega que patrocinou a genitora. Quem mais merece os parabéns é a criança,
a qual terá em seu coração os pais, os quais, com todas as diferenças que
possam ter, estão lutando em conjunto para o bem estar desta pequena.
Não poderia deixar de registrar mais esta satisfação
profissional que vai além de ganhar uma causa, mas sim ter a consciência de que
o bom senso, prevaleceu, e que, de certa forma, colaborei para mudar a vida
desta criança.
Uma história, que a partir de agora, começa a ser
reescrita.
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