’Quem não semear, não vai colher ai de quem é
um e nunca será dois por não saber...’’
Falar de amor nesses tempos vis parece piegas, o ser humano será sempre um perdedor, a única vitoriosa é a morte, ela não tem nada a perder, pois é filha da eternidade.
O que queremos para o futuro, plantamos constantemente, porém nossa herança é desesperadamente amarga, engloba a desesperança, a orfandade e a miséria.
Podemos estar criando uma nação de excluídos simplesmente, mas também podemos estar fortalecendo o inimigo, que se alimenta dessas mesmas fontes de desafeto e indiferença.
Por qualquer lugar que se ande, vemos uma sociedade diluída no éter da ambição e da degenerescência, por isso essa luta esganiçada em reter o pouco de valores que resta, ainda que a preço alto. Muitas vezes, cabe a nós a difícil tarefa de abdicar de algo que gostamos. É sofrido, mas pode ser libertador, se lançar no abismo de olhos bem vendados, invocando a dor para garantir, lá adiante, algo maior.
Em nossos desajustes, experimentamos pulsões de vida e de morte, as de vida, pela integridade do nosso ego, devem prevalecer.
E o amor estará nesse embate quase que como um derrotado, tamanha a destruição de nosso próprio ser.
Como é importante e como o ser humano tenta desesperadamente ser amado e aceito! Buscamos saber mais a respeito dos outros, porém nos conhecemos muito pouco como sujeitos.
Quando nos damos conta de nossas imperfeições, encontramos a chave de algo maior, pois ficamos menos vulneráveis, já sabemos gerenciar nosso ego, e isso é bom
Falar de amor nesses tempos vis parece piegas, o ser humano será sempre um perdedor, a única vitoriosa é a morte, ela não tem nada a perder, pois é filha da eternidade.
O que queremos para o futuro, plantamos constantemente, porém nossa herança é desesperadamente amarga, engloba a desesperança, a orfandade e a miséria.
Podemos estar criando uma nação de excluídos simplesmente, mas também podemos estar fortalecendo o inimigo, que se alimenta dessas mesmas fontes de desafeto e indiferença.
Por qualquer lugar que se ande, vemos uma sociedade diluída no éter da ambição e da degenerescência, por isso essa luta esganiçada em reter o pouco de valores que resta, ainda que a preço alto. Muitas vezes, cabe a nós a difícil tarefa de abdicar de algo que gostamos. É sofrido, mas pode ser libertador, se lançar no abismo de olhos bem vendados, invocando a dor para garantir, lá adiante, algo maior.
Em nossos desajustes, experimentamos pulsões de vida e de morte, as de vida, pela integridade do nosso ego, devem prevalecer.
E o amor estará nesse embate quase que como um derrotado, tamanha a destruição de nosso próprio ser.
Como é importante e como o ser humano tenta desesperadamente ser amado e aceito! Buscamos saber mais a respeito dos outros, porém nos conhecemos muito pouco como sujeitos.
Quando nos damos conta de nossas imperfeições, encontramos a chave de algo maior, pois ficamos menos vulneráveis, já sabemos gerenciar nosso ego, e isso é bom
Esse conhecimento nos direciona no mundo, deixando-nos mais aptos e capazes para seguir em frente sem autopiedade.
Goethe, o romancista e ensaísta alemão, em certo momento, também se sentiu vulnerável e se achava um insensato em busca daquilo que não podia ter. Ele disse: ‘...amai-me, fazei com que eu regresse cheio de alegria. Reclamai-me.’’
Em muitos momentos de sua vida, ele somente ia para poder retornar e fazer, deste retorno, uma mudança, porém a mudança que ele desejava, muitas vezes, não acontecia.
O potencial humano para superar as adversidades é grande, e tratar traumas de infância evitaria adultos inconsequentes, lesionados e quebrados emocionalmente, produtos finais de grandes angústias processados em sequência.
Esse adoecimento moral, que permeia a sociedade, infelizmente é um círculo vicioso que nunca fecha, pois não sara.
Foi engendrado a partir de grandes abandonos, negligências descampadas e infâncias negadas pela sociedade e pelas famílias também.
Somos meio que parecidos com robôs seriados, fabricados e malsucedidos, feitos para quebrar e se dilacerar e, muitas vezes, ficaremos relegados ao esquecimento também. Adultos desajustados geram consultórios lotados, mas, muitas vezes, a dor está na alma. E, como ela está na eternidade, ninguém a cura.
Quanto ao amor, este estará sempre nas pequenas coisas, nos pequenos gestos, nas flores pequenas, que desabrocham escondidas com medo da vida, no dia que amanhece desrespeitando a noite e nos abraços que recebemos pela vida das crianças e dos animais.
Marisa Neves.
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