Li uma notícia, nesta semana, que relatava a dificuldade de se
conseguir a redução da anuidade do cartão de crédito. A reportagem aponta que
os bancos resolveram dificultar a negociação e cobrar pelo produto.
Esse era um movimento esperado pelos bancos que, pressionados
pelos aumentos dos impostos, resolveram "quebrar as metas" atuando em
uma área onde, já sinalizavam há anos, geraria um bom retorno financeiro. Vale
dizer que a matéria trata da anuidade no cartão de crédito, mas podemos esperar
que a partir de agora esse movimento seja estendido também a outros produtos
financeiros.
Por exemplo: o banco onde movimentava algumas ações subiu a taxa
de custódia da conta, de R$ 9,00 para R$ 12,00, sem nenhum comunicado
antecipado ou motivo específico. O valor é pequeno, sim, mas pense que um
aumento de 33,33% em vários produtos financeiros pode causar um estrago enorme
no orçamento de uma pessoa, no período de um ano.
O momento agora é de cautela redobrada por parte do consumidor,
frente às instituições financeiras. Produtos financeiros vão subir bem mais que
a inflação e o acesso ao crédito ficará cada vez mais restringido. O ideal é
tentar não ser "refém" da instituição financeira, e assim ter mais
poder na hora da negociação. Esse aumento, citado acima, determinado pelo banco
será combatido com o cancelamento da conta, já que não tenho necessidade de
continuar com ela.
Quem possui, reiteradamente, dívidas no cartão de crédito poderá
não conseguir uma boa redução na anuidade. Nestes casos, o banco sabe que o
cliente precisa da instituição financeira para fechar o orçamento e não tem
muitas opções.
Quem não possui dívidas,
pode cancelar o serviço ou mudar de banco, opções que as instituições financeiras
têm verdadeiro pavor.
Outra dica que funciona é acompanhar, diariamente, sua conta
bancária e a do cartão de crédito. Assim, é possível evitar uma série de
aborrecimentos. Quanto ao cartão de crédito, use-o de forma racional, porque a
economia realmente aponta que o momento é ruim para se ter dívidas.
Evite ficar fragilizado
numa eventual negociação. Lembre-se que a boa relação comercial existe quando
há reciprocidade.
Se é boa só para o outro lado, talvez seja o caso de você
cancelar o serviço ou procurar outra instituição financeira.
De olho no equilíbrio de
suas finanças pessoais, seu bolso vai agradecer!
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