A situação financeira do Estado se agrava, considerando a
determinação de bloqueio, por parte da União, dos repasses federais, porque o
governo Sartori deixou de efetuar pagamento da dívida gaúcha com o tesouro
federal.
Olhando pelo lado legal, o ato da União é justo, mas, o que não
se pode entender é que, diante da ausência dos repasses, ainda mais difícil
ficará a condição do Estado em cumprir suas obrigações, principalmente com o
funcionalismo, que está recebendo seus salários de maneira parcelada, fato que
pode-se entender como grave, no conceito de que salário é sagrado.
Desesperado com a situação, o governador recorreu à bancada
gaúcha, na Câmara Federal e no Senado, como tentativa de sensibilizar a União,
para o encontro de uma solução que evite o agravamento da crise que, segundo
seu pensamento, só poderá ser debelada com um trabalho que englobe várias
gestões executivas.
- Ninguém vai mudar essa realidade se não houver perda por parte
de muitos setores e de muito boa parte da sociedade. E não será tarefa de um
governo só -, diz Sartori.
Diante desse grave problema, que pode ser amenizado pelo
Ministério da Fazenda, através de uma negociação que permita ao Rio Grande do
Sul respirar, o deputado gaúcho Jerônimo Goergen defende encontro de contas
como saída justa, com a Fazenda Nacional tirando da verba a ser repassada, o
equivalente à parcela que o Estado lhe deve.
Na verdade, mesmo
repassando dinheiro, continuará difícil, o que acontecerá com a manutenção do
bloqueio: perderão os dois lados.
Outro fato que chama a atenção é que, enquanto a União determina
uma condicionante para o repasse de verbas, mantendo o RS “mais apertado que
rato em guampa” - no palavreado gaudério – o Planalto perdoa dívidas de países
da África e América Latina.
Realmente incompreensível!
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