Esta semana tenho dois
compromissos especiais: na terça vou conversar com a turma do grupo Voltando à
Sala de Aula, projeto da UCPel. Na quinta
estarei na reunião almoço do Rotary Club Pelotas Centenário. No final de
setembro, converso a respeito com o pessoal do Centro de Extensão em Atenção à
Terceira Idade - Cetres, também da UCPel.
Nas três ocasiões, vou ter a chance
de falar sobre estes dez pontos que estruturei quando completei meus 60 anos,
em junho:
- Distinga: sua fé é
uma questão pessoal. Sua religião é uma prática coletiva. Em princípio, todas
as religiões são boas. O problema está nos homens e mulheres que se tornam
"donos de suas verdades".
- Guarde um tempo para
"tomar um chimarrão com Deus". Preserve seus espaços de sanidade
mental. Guarde seus momentos de silêncio.
Mesmo quando tudo
parece tumulto à sua volta, sua paz interior ninguém pode roubar.
- A sua felicidade não
depende dos outros. Eles podem ajudar a aplainar caminhos, mas não podem
caminhar por você.
- Abra seu coração
apenas para quem o souber conquistar. Amigos de oportunidade podem compartilhar
momentos, mas não devem penetrar no templo sagrado do seu coração.
- Enquanto puder,
cuide de si mesmo. Também ajude a cuidar dos mais próximos. Mas se prepare: um
dia você vai precisar de alguém que o cuide. Então, cada vez que visitar um
doente, atente para aquele que está sendo cuidado, mas também para o seu cuidador.
- Todos temos virtudes
e defeitos. Não idolatre para não se decepcionar. Mas também não despreze quem
pode lhe auxiliar um dia.
- As pessoas não mudam
porque envelhecem. Com o passar do tempo, amadurecidas, a maior parte aprende a
controlar seus impulsos.
- Manter-se sempre
ereto tem duas vantagens: faz bem para a coluna e para a sua autoestima.
- Possivelmente, a
vida não vai lhe dar grandes aventuras. Saboreie os pequenos instantes felizes.
São estes que o alimentam quando você enfrenta os seus problemas.
- As novas tecnologias
dão oportunidade para preencher o seu tempo. Mas, tudo isto um dia cansa.
Selecione o que alimenta seu espírito.
Leia um livro, ouça
música, assista a filmes. Não importa o que os outros pensam dos seus gostos. O
importante é que você se sinta feliz.
Estes pontos não têm a
pretensão de ser "mandamentos". Sequer sei se servem para outras
pessoas. No entanto, foi um aprendizado.
Seria falsidade dizer
que foi "difícil". Não foi, porque tive o privilégio de ser, em
muitos casos, um observador da vida de muitas pessoas conhecidas que, estas
sim, tiveram dificuldades, tropeços, amargaram agruras.
Se há uma lição que
aprendi é de que, em qualquer circunstância, sempre vale a pena viver. Mesmo
nos preparando para a morte - como a única coisa certa desde que nascemos - o
que temos em mão é uma mistura de sentidos e sentimentos que, bem vividos,
demonstram o quanto atingir a paz conosco mesmo é o melhor jeito de atravessar
a existência.
Ficar refém do final de nossas vidas é perder o melhor que
podemos fazer: saborear o aqui e o agora como únicos e insubstituíveis!
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