
Como que para efetivar
nosso vínculo afetivo, surge sempre alguma situação que confirma nosso
parentesco espiritual, como por exemplo, ver uma imagem do Cristo crucificado,
que toca profundamente o coração das crianças. Numa dessas exibições de uma
rede de televisão, ela, Maria Eduarda, exclamou:
– Que pena, vovó! Olhe
lá Deus morto! Ao que sua avó, cuidadosamente lhe explicou: – Ele está vivo,
minha filha. A imagem ali de Jesus, como se vê na igreja, é só para a gente
lembrar como ele sofreu por nós. Mas ele já viveu de novo. E exemplificou: –
Meu pai, minha mãe, quem já morreu, todos vão viver de novo. – Mas, e onde a
gente vai morar? – Não sei, mas a gente vai se encontrar um dia e ficar todo
mundo junto. – Ah, que bom, então eu vou conhecer Mãezinha!
A oração predileta
Maria Eduarda gosta de
deitar-se em companhia da vovó, que chama Mãe Rivane, e de entreter-se com
historinhas fantasiosas, para ao final rezar sua oraçãozinha predileta: Santo
anjo do Senhor, meu zelore bardadô (zeloso guardador), que a ti me confiou a
berdade divina (bondade divina), sempre me rege, me guarde, govele (governa) e
ilumina, amém.
Às vezes surpreende com
observações do tipo – Por que existem meninos pobres? –Tadin deles, mamãe! –
Não têm casa, não têm cama, não têm comida. Meu sentimento é dar comida pra
eles. Deixar tomar banho na minha casa. Comprar coberta pra eles. De repente, vira-se
para avó: – Mamãe, qual é o telefone de Deus? Eu quero falar com ele.
– Deus não precisa de
telefone pra gente falar com ele – explica Mãe Rivane – você pode falar com ele
até baixinho, que ele escuta. – E se eu não falar nada? – Deus vê os pensamentos.
– Eu acho que é Deus que faz nosso pensamento, não é, mamãe? Pergunta e já
responde – Deus é pai e Mãezinha é mãe! Faz silêncio e dorme.
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