Mais uma vez, o Brasil trabalhador deu sinal de insatisfação
diante do mar de lama que se estabeleceu atingindo a todos, de maneira
indiscriminada. Uma significativa parcela da população saiu às ruas, neste
domingo, para mostrar indignação, utilizando palavras de ordem contra o Governo
e contra o violento índice de corrupção que está corroendo os pilares da
moralidade política e da economia.
O único grito de apoio, ouvido durante as manifestações, foi
para o juiz Sergio Moro, do Paraná, responsável pelo desenvolvimento da
operação Lava Jato que pesca e recolhe suspeitos de “colarinho branco” aos
presídios, enquanto houve depoimentos e instala os respectivos inquéritos, em
um trabalho, que se acredita, ainda, ter muita estrada pela frente, até que
muitos dos recolhidos possam pagar pelo que fizeram.
Dias atrás, muitas foram as cidades, onde se fez sentir o
panelaço, durante programa televisivo do Partido dos Trabalhadores, em que a
Presidente Dilma Rousseff, desacreditada politicamente, tentou levar uma
mensagem de esperança, justificando a situação brasileira como “coisa do
passado”, e necessidade de um trabalho de união para o reerguimento da nação.
Certamente, o que a presidente não esperava, é que o povo não
entendesse a crise como coisa do passado, diante do agravamento diário, visível
aos olhos e aos bolsos dos que vão às compras em supermercados e comércio em
geral.
Além do aumento nos combustíveis e nas contas públicas, dentro
do programa estabelecido pelo Governo, a fim de buscar dinheiro e fazer frente
à dramática situação decretada pelo próprio Planalto que, por outro lado, veta
projetos que desnivelam o poder aquisitivo das famílias, cujos índices mostram
que, cerca de 80 milhões, estão em situação de inadimplência, pela falta de condições
para o cumprimento de suas responsabilidades.
Incontestavelmente, a vontade popular ao “fora Dilma” e “abaixo
à corrupção” dificilmente se concretizarão, até, porque seria ilusão acreditar
que um novo nome na cadeira presidencial poderia, neste momento, mudar o que já
está instaurado.
No entanto, pode-se entender que as manifestações estão levando
“carta a Garcia”, indicando que o Governo Federal precisa mudar sua estratégia
urgentemente na busca de novos caminhos, lembrando que a “batata continua
esquentando”.
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