O que é
sorte?
Vamos
procurar entender esta pequena palavra de apenas cinco letras analisando os
seguintes cenários:
Cenário 1
Ele
acertou na mega-sena sozinho. Que sorte!
Ela
recebeu uma herança de uma tia distante. Que sorte!
Ele ganhou
um apartamento do sogro. Que sorte!
Ela achou
um tesouro. Que sorte!
Cenário 2
Ele
conseguiu um emprego. Que sorte!
Ela foi
promovida à diretora. Que sorte!
Ele foi
contratado para trabalhar na empresa que sempre desejou. Que sorte!
Todas as
frases de ambos os cenários terminam com a mesma expressão. Mas será que
significam a mesma coisa?
No cenário 1, a sorte
é muito mais uma probabilidade do que uma certeza. É a sorte do acaso, que não
depende de nós mesmos e que pode acontecer a mim, a você, a qualquer um. É a
sorte que tem tempo limitado e cuja probabilidade de voltar a acontecer é quase
nula.
Já o cenário 2 mostra um
outro tipo de sorte. A que depende diretamente de cada um de nós, que não
acontece por acaso, que é real, verdadeira e que pode durar por um tempo
ilimitado.
E como
você encara a sorte?
Carlos
Hilsorf afirma que “há pessoas que crêem que a sorte não existe; outras, que
ela existe; e, outras ainda, que existe para quem acredita nela”.
Certamente
você já ouviu as palavras “sorte”, “azar”, golpe de sorte”, predestinação”,
“olho-gordo” e outras quando se quer referir a algo que foi conseguido
(positivo) ou algo que não foi conseguido (negativo). Pode-se até perpetuar a
ideia que algumas pessoas “nasceram com a bunda virada para a Lua” e outras
não.
Como se
alguma força, alguma crença, o dedo de Deus, atuassem de forma a controlar
nossas vidas, levando à realização de nossos objetivos de forma positiva ou
negativa. A cultura das massas acredita que, quando alguém consegue o que quer,
é porque tem sorte e quando não consegue, culpa o azar.
O
psicoterapeuta Rhandy di Stefano pode observar o mesmo padrão em pessoas de
diferentes culturas, isto é, as pessoas que conseguem o que querem, mais
bem-sucedidas, são as que menos acreditam em sorte ou azar, enquanto as menos
bem-sucedidas são as que mais acreditam em sorte ou azar.
Richard
Wiseman, em seu livro O Fator Sorte, afirma que “sorte é uma habilidade que
pode ser desenvolvida por qualquer pessoa” e que “na verdade, as pessoas criam
muito de sua boa ou má sorte por meio de pensamentos, sentimentos e ações”.
Carlos Hilsorf afirma que “sorte é uma espécie de benefício inesperado que só
se concretiza em função de nossa atitude diante da oportunidade”. Já, para
Rhandy di Stéfano, “sorte é quando a oportunidade encontra o preparo”.
Esse
preparo nada mais é do que você melhorar continuamente como profissional. E
isso requer um investimento contínuo em quatro aspectos, como analisa Alex R.
Celma, autor do livro A Boa Sorte:
Formação
técnica e habilidades de comunicação;
Atitudes
pró-ativas;
Paixão
pelo trabalho e compartilhamento de experiências;
Conhecimentos
adquiridos.
Regras da boa sorte
Para A.
P. Soares, são as seguintes as regras da boa sorte:
A boa
sorte é criada por você, por isso dura para sempre;
Muitas
são as pessoas que querem ter a boa sorte, mas poucas são as que decidem
buscá-la;
Se você
não tem boa sorte agora, talvez seja porque você está sob as circunstâncias de
sempre. Portanto, crie novas circunstâncias;
Preparar
as condições favoráveis para que a boa sorte chegue somente até você é egoísmo.
Devemos criar as condições nas quais os outros também ganhem e usufruam os
benefícios da boa sorte;
Não deixe
para amanhã o trabalho que precisa ser feito porque a boa sorte talvez nunca
chegue.
Criar as condições favoráveis requer um primeiro passo. Faça isso ainda
hoje! ;
Ninguém
pode vender a boa sorte. Desconfie de quem queira vendê-la;
Para quem
só acredita no acaso, criar as condições favoráveis parece absurdo. Para quem
se dedica criar tais condições, o acaso não é motivo de preocupação;
Após
criar as condições favoráveis, tenha paciência, não desista, seja confiante;
Para
criar a boa sorte é preciso preparar as condições para as oportunidades. Estas
estão sempre presentes e não dependem de sorte ou do acaso.
Sorte e
oportunidade
Há um
ditado popular que diz: “a oportunidade é careca. Ela tem apenas um fio de
cabelo. Se ela passar na sua frente e você não pegá-la, bye… bye…” . Oportunidades
estão continuamente aparecendo. E para você “agarrá-las”, você precisa estar
preparado. Quanto mais estivermos preparados, maiores as chances de se ter boa
sorte.
Para
Richard Wiseman, os princípios de quem tem sorte são:
Pessoas
“sortudas” sempre aumentam as oportunidades de ter sucesso. São pessoas que se
relacionam com um número grande de pessoas, demonstram tranquilidade diante das
mais variadas situações e estão sempre abertas a novas experiências, o que
contribui para que surjam boas oportunidades.
Pessoas
“sortudas” ouvem seus pressentimentos. Elas acreditam na sua intuição e tomam
atitudes concretas para melhorá-la.
Pessoas
“sortudas” apostam que a boa sorte prevalecerá no momento exato. Mesmo que a
chance de sucesso não seja grande, elas tentam tornar realidade os seus
objetivos, sem desanimar frente a um eventual fracasso.
Pessoas
“sortudas” transformam o azar em sorte.
Como?
Procurando sempre o lado positivo diante de qualquer situação e acreditando que
os obstáculos transformar-se-ão em coisas boas no futuro. Suas atitudes são
sempre no sentido de evitar a má sorte no futuro.
Nossa
“sorte” ou “azar”, como vimos, estão diretamente ligados aos nossos pensamentos
a atitudes perante à vida. São, os tipos de pensamentos, positivos ou
negativos, que fazem com que cresçamos e “atraiamos” a sorte ou o azar. Devemos
ter SEMPRE em mente: sorte é o momento do encontro do nosso preparo com as
oportunidades. Quanto mais preparados estivermos, mais aproveitaremos as
oportunidades. E mais sorte teremos. E mais bem-sucedidos seremos.
Pessoas
bem-sucedidas são aquelas que sempre estão preparadas para aproveitar as
oportunidades e fazer uso delas quando as encontram. Diferentemente das pessoas
fracassadas, que não aproveitam as oportunidades porque não as procuram, não
estão esperando por elas e, ao se defrontarem com as mesmas, não estarão
preparadas para fazer delas um bom uso.
E,
finalmente, quando alguém nos olhar, no futuro, certamente irá exclamar: “Que
sorte ele teve!” E aí iremos perceber que não tivemos apenas sorte; na
realidade, estávamos preparados.
É assim
que se constrói o sucesso. Preparo, confiança em si mesmo, fé, são ingredientes
para atrair a boa sorte.
Entendeu?
Sorte sua!
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