Convenção sobre os
Direitos das Pessoas com Deficiência luta pela equiparação de oportunidades.
O
respeito pela dignidade inerente, a plena e efetiva participação e inclusão na
sociedade, a igualdade de oportunidades e a acessibilidade são princípios que
fazem parte da Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência
incorporada à legislação brasileira em 2009, com equivalência de emenda
constitucional.
A
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência foi editada em 2012, e
que este ano acontece no formato de literatura de cordel, poesia popular
brasileira composta por rimas e estrofes, para leitura ou canto. Essa
publicação descreve a representante do Ministério das Mulheres, da Igualdade
Racial e dos Direitos Humanos, Mary Land de Brito Silva, traduz o conteúdo da
convenção de forma lúdica e serve como apoio para a apresentação das oficinas
no projeto “Uma vida igual para todos no compasso do Cordel”.
Ela
explica que a escolha do tema é baseada na Convenção sobre os Direitos das
Pessoas com Deficiência sendo uma das principais conquistas a luta pela
equiparação de oportunidades e direitos da pessoa com e sem deficiência. “Uma
vida igual para todos no compasso do Cordel é porque a gente quer que todos os
cidadãos tenham os mesmos direitos, seja a pessoa com deficiência ou não”,
define.
Mas ela
destaca que historicamente as pessoas com deficiência precisam ter uma política
pública mais direcionada para cuidados e incerção na sociedade. “Durante muito
tempo a gente teve um comportamento social de exclusão, de achar que essas
pessoas eram incapazes, de achar que elas não tinham como interagir na
sociedade e isso não é verdade, são pessoas como nós”, adverte.
A oficina
“Uma vida igual para todos no compasso do cordel” ocorrerá amanhã (3) das 8h às
12h, no auditório Costa Lima da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás. O
objetivo destaca, Mary Land é multiplicar, através de metodologias lúdicas,
arte, poesia e música, formadores de opinião para o combate ao preconceito.
Além de Goiânia, até o fim do ano, as oficinas percorrerão outras nove
capitais: Natal (RN), Recife (PE), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Teresina
(PI), Salvador (BA), João Pessoa (PB), Manaus (AM), São Paulo (SP).
Para Mary
Land a importância de realizar campanhas como essa, está no fato de quanto mais
pessoas conhecerem sobre o tema mais elas se sensibilizaram e menos preconceito
terão o que resultará em mais inclusão. “A gente acredita que contribui com a
inclusão e principalmente para que as pessoas com deficiência conheça seus
direitos e consigam ter argumentos mais contundentes para conquistá-los e
também para que as pessoas sem deficência entendam que as pessoas com
deficiência têm direitos que precisam ser respeitados”.
O
secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antonio
José Ferreira, acrescenta que as oficinas refletem o avanço que o país vive em
relação à inclusão desse grupo. Destacando a recente aprovação do Estatuto da
Pessoa com Deficiência, responsável por colocar o Brasil entre os países com
legislação mais avançada sobre o assunto.
“Conseguimos
ampliar significativamente o acesso das pessoas com deficiência à saúde,
educação, ao mercado de trabalho e a linhas de crédito, entre muitos outros
direitos, por meio de um conjunto de políticas públicas implantadas nos últimos
anos. Com essas oficinas, queremos ampliar a conscientização dos direitos da
pessoa com deficiência e integrá-las mais à sociedade”, ressalta.
A
superintendente de Direitos das Pessoas com Deficiência ou Mobilidade Reduzida,
Cidinha Siqueira, declara que a oficina “Uma vida igual para todos no compasso
do cordel” é de suma importância porque é a primeira sobre a Convenção e será
uma forma de levar a população um conhecimento sobre os direitos das pessoas
com deficiência.
“A pessoa
com deficiência enfrenta várias barreiras a oficina vai contribui para
superação das barreiras que ainda existem de preconceitos, atitudinais,
arquitetônicas e de comunicação, já que muita vez o surdo fica excluído desse
processo social. É importante para que possam conhecer e transformar os espaços
dentro do que reza a convenção, uma Lei que traz muitos benefícios à pessoa com
deficiência”, informa.
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