Com a queda do
analfabetismo há progresso no Brasil
As experiências da
edificação das grandes nações do mundo demonstram de forma inconteste que só há
um caminho para construção sólida de um povo, de um país, de uma nação, que é o
compromisso do Estado com a educação.
Não
existem atalhos, remendos, engodos… A educação é o caminho da emancipação
pátria, da afirmação soberana, da identidade libertária de sua gente.
O
trabalhismo brasileiro compreende esse conceito já consagrado nas grades nações
do mundo. Vale lembrar que foi por Getúlio Vargas que se criou o Ministério da
Educação no Brasil, porque compreendia que a educação não poderia ser
privilégio das velhas elites da República velha.
No início
do Governo Vargas 2/3 da população em idade escolar estava fora da escola e o
analfabetismo atingia mais de 65% de jovens maiores de 15 anos. Getúlio elevou
o gasto para educação que não existia para o sexto gasto orçamentário do
governo federal, e obrigou os Estados a elevar também ao segundo gasto do seu
orçamento respectivo.
Houve uma
explosão no número de matrículas em todo o país, e em 1940 o analfabetismo no
Brasil caiu para 56%, e o Brasil avançou.
Jango
incluiu a educação nas suas Reformas de Base, e compreendia que a educação
deveria ser universal, gratuita, e de qualidade. Naquele período, o pensamento
mais progressista cunhou o conceito que o homem não deveria se contentar com a
condição de “objeto” da história; e sim “sujeito”, deveria ser a vocação. Todo
ato educativo é um ato libertário.
Brizola,
o maior construtor de escolas da história Brasileira, uniu as genialidades de
Darcy Ribeiro e Oscar Niemayer e edificou o conceito de escola de tempo
integral no Brasil, os conhecidos Cieps.
Este
conceito de escola de tempo integral não foi criado no Brasil, e sim nos países
mais desenvolvidos do mundo.
Brizola
construiu as referidas escolas que funcionavam das 8h às 17h, que tinham
currículo regular, atividades culturais, estudos dirigidos e educação física, e
mais do que isso, os Cieps ainda forneciam refeições complementares aos seus
alunos, atendimento médico e odontológico. Uma verdadeira afronta às elites
inconformadas e às esquerdas míopes da época.
Brizola
dizia: “A educação é o único caminho para emancipar o homem. Desenvolvimento
sem educação é criação de riquezas apenas para alguns privilegiados.” E foi
mais além: “Todas as crianças deveriam ter direito a escola, mas para aprender
devem estar bem nutridas. Sem a preparação do ser humano não há desenvolvimento,
e a violência é fruto da falta de educação.”
Esse ato
de Brizola jamais foi perdoado pelas elites que preferiram as UPPs – Unidades
de Policia Pacificadoras – ao invés dos Cieps. Hoje, o estado do Rio de Janeiro
paga o preço caro desta mesquinharia.
Com a
morte física de Brizola muitos profetizaram o fim do pensamento trabalhista
pátrio, entretanto, os compromissos históricos desta corrente de pensamento
continuam vivos e seus princípios intactos.
Uma das
maiores cepas da intelectualidade contemporânea, o senador Cristovam Buarque,
que está nas fileiras do Trabalhismo, avançou no sentido de ter uma educação de
tempo integral como um compromisso federal, ou seja, federalizar a educação;
(este conceito já é adotado por grandes nações, como por exemplo, a França), e
fazer da educação não uma política de governo, mas uma política de Estado, de
edificação, de construção, de nação.
A
verdadeira pátria educadora não se faz na retórica discursiva, mas sim na
prática e na coerência histórica de quem sempre teve compromisso com a
educação.
Infelizmente
a educação brasileira é desonesta no sentido em que se mediocrizou na
precariedade do sistema e na desvalorização do educar.
É
mentirosa em seu conteúdo conservador de embuste histórico, e alienante na sua
deformação de cidadania, e infelizmente e pior ainda, é corrupta na sua
complacência de manutenção das desigualdades.
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