Os prejuízos em acidentes de trânsito consomem o
equivalente a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, chegando a 5% nos
países em desenvolvimento. Os números foram destacados pela presidente Dilma
Rousseff na abertura da 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no
Trânsito - Tempo de Resultados, realizada em Brasília.
As altas cifras em dinheiro, no entanto, disse a
presidente, não contabilizam o sofrimento de milhares de famílias provocado
pela perda de entes queridos e por sequelas de acidentes graves. Por isso,
investir em trânsito também traz benefícios econômicos, embora secundários em
relação à preservação de vidas humanas.
Dilma reforçou a importância de o país ter uma mobilidade
mais eficiente e segura, o que leva a uma vida mais saudável, protegida e
sustentável.
A diretora geral da Organização Mundial de Saúde (OMS),
Margaret Chan, destacou o comprometimento intersetorial com a área e o quanto o
país promoveu avanços significativos na segurança no trânsito.
Chan ressaltou ainda que o tema de saúde pública depende
de ações multisetoriais, com parcerias com a indústria e apoio da sociedade
civil. A diretora do maior órgão de saúde da Organização das Nações Unidas
também reforçou a necessidade de aplicar tecnologia para produção de veículos e
vias seguras.
Já o ministro da Saúde, Marcelo Castro, enfatizou que,
pela primeira vez, em uma década, houve redução de mortes no trânsito no
Brasil.
Entre 2012 e 2013 o país teve queda de 6% no número de
vítimas nas estradas e rodovias. "Ainda é um número pequeno, mas ele só
foi possível em função das várias medidas adotadas que contribuíram para esse
resultado, como o uso obrigatório do cinto de segurança e o trabalho de
conscientização que vem sendo feito com a população", afirmou Castro.
Para o ministro, ainda há a necessidade de o governo
federal atuar mais fortemente na redução de acidentes envolvendo motociclistas,
responsáveis por maior parte do número de mortes e internações no país.
No evento foram apresentadas as medidas já adotadas pelo
Brasil para enfrentar a epidemia que se instaurou no trânsito, como o
endurecimento da Lei Seca - que culminou com a redução em das vítimas fatais -,
e a obrigatoriedade do cinto de segurança e das cadeirinhas infantis.
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