Os alunos vivem fora e
dentro de sala de aula dois mundos diferentes. De um lado, a tecnologia
intrínseca ao dia a dia; do outro, baixa interatividade e quase o mesmo modelo de
ensino do século 19. Entre 38% e 40% das crianças com menos de dois anos de
idade já interagem com tecnologia e, em pouco tempo, estarão nas salas de aula.
Estamos preparados para recebê-las?
Atualmente, vivenciamos
um ponto de inflexão e transição. Ao passo em que o modelo educacional não se
adaptou, o século 21 trouxe mudanças profundas e significativas para a forma
como lidamos com a informação. Por ano, são postadas 2,7 zetalhões de
informações na web. Mais de um quarto da população mundial usa smartphones e
estima-se que nos próximos três anos este número aumente para um terço da
população.
Isso aponta para a árdua tarefa de formar
pessoas em um mundo em constante mudança, no qual não se sabe quais serão as
profissões do futuro. O jovem, hoje, é hiperconectado, extremamente dependente
de tecnologia e inseguro quanto às suas atividades daqui a cinco ou dez anos.
Levando em conta este
cenário, o que uma escola deve considerar ao desenvolver conteúdos digitais?
Esta decisão precisa estar alinhada à administração da instituição e deve ter
um objetivo concreto, ou seja, estabelecer metas como dobrar o número de
alunos, reduzir a taxa de evasão em 50% ou mesmo focar em ensino de inglês para
profissionais.
Além disso, é necessário avaliar a maturidade
da organização, do público-alvo, qual é a infraestrutura disponível e a
capacidade de investimento.
Ainda é um desafio
integrar a tecnologia às salas de aula, mas, quando bem empregada, pode ajudar
a aumentar o tempo de atenção dos estudantes e o aproveitamento das
informações. A boa notícia é que já existem cases bem-sucedidos no Brasil de
escolas e soluções, como materiais didáticos disponíveis on-line ou a
utilização de impressoras 3D e realidade aumentada. Já adianto: não há uma
única fórmula que se encaixe com perfeição em todos os negócios.
No entanto, já existem
várias soluções digitais, prontas para se adequar a cada escola. Como qualquer
outra mudança, esta pode também não ser fácil, mas precisa ser iniciada. O
quanto antes.
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