O bordão que dá título ao artigo de hoje é
um clássico do mundo dos negócios. Mesmo sendo um clássico, nos dias atuais
pode-se dizer que mais pertinente seria impossível.
Vamos
entender a causa: do trabalhador da limpeza urbana ao presidente da corporação
mais rentável do país, todos sabem que a economia brasileira está em crise. Os
indicadores da performance econômica do país não nos deixam esquecer deste
fato.
Embora a crise não atinja a vida de todos
diretamente, apenas a expectativa de o país estar em crise faz com que muitos
consumidores e empresários operem com o "freio de mão puxado", o que
culmina na recessão que temos observado.
Porém, antes de entrarmos em colapso
juntamente com os resultados financeiros do país, precisamos entender de uma
vez por todas o seguinte: o que chamamos de crise não é nada mais do que uma
mudança de lógica vigente.
Isso pode ser negativo, mas pode também ser
positivo.
Com o aumento da cotação do dólar, os
destinos turísticos nacionais ficam mais valorizados, estimulando economias
locais; com a falta de vagas no mercado de trabalho, as pessoas procuram mais
capacitação, favorecendo os negócios voltados à área da educação; produtos queridinhos
das donas de casa, de marcas consagradas, dão espaço a soluções de custo mais
acessível; os veículos zero quilômetro comprados em concessionárias, quando as
linhas de crédito se tornam mais restritas, dão lugar ao aumento da busca por
usados, e assim por diante.
A mudança de hábitos é a arma do consumidor
frente à crise. Nem sempre há cessão do consumo, mas sim uma migração para
outros produtos e serviços, uma readequação de prioridades.
E essa pode ser a oportunidade de ouro para
pequenos negócios, bem como para novas soluções. Pode ser a ocasião ideal
também para reinventar seu modelo de negócio. Seu empreendimento consegue
acompanhar de perto as necessidades do cliente?
Quantos novos produtos ou serviços sua
empresa lançou no ano passado, considerando o novo padrão de consumo fruto do
cenário nacional?
Quantas parcerias você buscou com
fornecedores, a fim de viabilizar o crescimento do seu negócio neste período?
Você soube aproveitar táticas como
liquidações, descontos e promoções para aumentar suas vendas?
Você buscou profissionalizar sua gestão,
seus controles e procedimentos?
Esses são sucintos questionamentos, cujas
respostas podem revelar sua habilidade [ou falta dela] para aproveitar as
oportunidades que podem surgir nesse momento. O que liquida muitas empresas não
é a crise propriamente, mas a falta de preparo do proprietário e gestor para
lidar com os momentos de retração ou que as coisas não vão tão bem como
deveriam.
Não corra o risco de interpretar uma
oportunidade como uma ameaça. Não se desencoraje com o sentimento de crise. Não
boicote os seus planos por acreditar que a crise é sinônimo de prejuízo
coletivo. Não use a crise como justificativa para inibir seu espírito
empreendedor. Enquanto, nesse exato momento, alguns choram por conta da crise,
outros atingem patamares cada vez maiores vendendo lenços.
Esta
metáfora é verdadeira no seu mais amplo sentido.
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