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quinta-feira

Democracia, Brasil sec. 21



Quais são os 35 partidos políticos brasileiros? Quais representam os seus anseios, os seus ideais, as suas necessidades? Ou todos não lhe representam e estão alinhados na mesma direção e você nem suspeita? Quem sabe apontam para um único interesse? Uma coisa é certa, o que os separam é o tamanho do barulho que é ouvido pelos eleitores e ecoado por seus militantes.
Sob esse prisma, um mesmo partido não tem acesso a todas as comunidades distintas, desta forma, separaram o mesmo interesse em várias siglas, com o intuito de não escapar nenhuma chance de ludibriar os incautos brasileiros.
Mas, como, por tanto tempo, isso se manteve alinhado? A resposta é dada pela Procuradoria Geral Da República (PGR), que, através das investigações, apurou que era o dinheiro público que mantinha o poder alinhado.
E houve uma ruptura no sistema político por falta de dinheiro, a partir deste momento, tornou-se evidente as desavenças políticas nas organizações partidárias do nosso País.
Tudo começou com uma cobrança dos valores prometidos para o esquema de compra de favores, houve o desentendimento, que gerou mágoa e dali pra frente o ódio tornou-se o instrumento que desencadeou o desmoronamento dos pilares da política brasileira.
Como pólvora, os delatores foram os instrumentos de guerra usados pela Polícia Federal, de forma que, a cada denúncia incendiária jogada na imprensa, ouvem-se as explosões em todo o Brasil. Claro, que a ideia de todos os delatores é reconhecer a responsabilidade de cumplicidade, mas, apenas para amenizar o tempo no xilindró.
Dessa forma, a delação premiada passou a ser o instituto mais usado pela PGR, com um agravante, desrespeita o próprio Estado Democrático De Direito. Pois lá se prende um suspeito sem provas de crime algum, apenas por meras informações passadas por um delator, que, por meio de ameaças e torturas, tomam como verdadeiras todas as declarações obtidas nesse cativeiro.
A angústia que põem a seus sequestrados, os abalos psicológicos que submetem em suas vítimas, privadas da mais certa liberdade oferecida pela democracia, transformam esse instituto no mais cruel instrumento de tortura e, aos olhos da lei, a justiça está se antecipando para os departamentos de polícia, e os tribunais julgarão de forma passional e não mais de forma técnica e no linear da palavra fria da lei.
Os inquéritos policiais já chegam contaminados pelos sentimentos populares.
Aliás, as leis estão transformando a Pátria em uma prisão domiciliar. Cá se vive sem fraternidade, sem pão, sem água, sem luz (em todos os sentidos). E, o Estado sem advogado, para defender os pobres, e sem presídio para os criminosos comuns, os mantém em suas comunidades sem nenhum remorso.
O abandono é a forma de dizer que todo pobre é criminoso e merece esse castigo, o isolamento.
Assim, ao revés das normas, sem direito ao contraditório, todos os inimigos são condenados. Portanto, a democracia tornou-se uma cortina de fumaça a serviço do poder.
 E, como Auguste Comte, pai do positivismo alardeava (sec. 19), temos que rever tudo novamente e criar uma ordem geral. 


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