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quinta-feira

É preciso entender o novo aluno



Em menos de cinco anos, o setor de educação, que já tem vivenciado grandes mudanças, ficará ainda mais dinâmico. Tendências de mobilidade, educação sem fronteiras, modelos alternativos de ensino e big data, por exemplo, têm ganhado força na sociedade e exigem adaptações e criatividade das instituições de ensino superior tradicionais, que precisam criar estratégias para atender, com eficiência, o novo perfil de aluno que compõe boa parte do corpo discente  das  instituições:  os não tradicionais.

No Brasil, são considerados tradicionais, os jovens que saem do Ensino Médio com, praticamente, 18 anos, ingressam na universidade, estudam em período integral e não exercem outras atividades, além dos estudos.

Já os não tradicionais, geralmente, arcam com as próprias despesas acadêmicas; ingressam tarde na universidade, ou não dispõem de tanto tempo assim para os estudos, pois conciliam com outras responsabilidades.

E, de acordo com um estudo do National Center for Education Statistics, órgão norte-americano de educação, até 2020, 85% dos estudantes terão esse perfil.

Mas, como as universidades podem atender as exigências dos estudantes que dispõem de pouco tempo e querem se dedicar à universidade? Usando tecnologias e modelos alternativos  de ensino  e  aprendizagem  como ferramentas para atrair e reter esse aluno junto à Instituição de Ensino e à comunidade acadêmica.

Nesse cenário, o ensino a distância e o blended learning, conhecido igualmente como ensino híbrido, por misturar o presencial e o on-line, serão capazes de atender o novo aluno. E, com o apoio de novas tecnologias que podem
simplificar os investimentos em educação, as instituições conseguirão centralizar o ensino no aluno.

Algumas ferramentas já permitem a interação do aluno com o conteúdo, professor e colegas de classe; e outras, como as analíticas, oferecem dados estratégicos para os professores e instituição de ensino.

Dessa forma, é possível conhecer a jornada acadêmica, identificar dificuldades pontuais e atender o aluno individualmente. Existe,  ainda, espaço  para  tendências  e  metodologias  como  as  de  aprendizagem  ativa, educação sem fronteiras e a mobilidade, que devem estar alinhadas à estratégia pedagógica das IES.

Por isso, para que as instituições consigam melhorar a qualidade da educação, é preciso rever o modelo tradicional de ensino, que foi criado para ser replicado em massa e está comprovadamente defasado, para dar espaço às novas técnicas e tecnologias, a fim de atender o aluno de forma individual, identificar e trabalhar suas dificuldades de forma pontual, contribuindo efetivamente para o seu desenvolvimento. Não se pode ter medo de experimentar.

É preciso vencer o formato passivo de aula e centralizar o ensino no estudante, tornando-o protagonista de sua trajetória de aprendizagem, e para fazê-lo, algumas dessas tendências tornam-se  estratégias necessárias para construir uma educação mais ativa e envolvente.

Afinal, o que leva o aluno a escolher uma instituição de ensino superior? É apenas a distância? A nota do curso no Enade? Não. Hoje, essa escolha é norteada por uma variedade de fatores que podem, de fato, contribuir para o futuro do estudante como profissional e na metodologia que mais se encaixa no seu perfil.

Já começamos a ver a tecnologia facilitando a inclusão de novos modelos de ensino e aprendizagem, e instituições investindo em inovações e estratégias para ajudar a atender o novo aluno.

E, em pouco tempo, não teremos mais um
modelo de aprendizagem brasileiro, ou modelo americano, mas diversos modelos integrados que poderão ser usados para alcançar uma mesma finalidade: a expansão do conhecimento.

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