Transcorre em Roma, desde o dia 4 de outubro até dia 25, o
Sínodo da Família, concluindo o que foi começado no ano passado.
Trata-se de uma iniciativa muito importante, porque
Francisco deseja ampliar a reflexão sobre os problemas atuais da família e
propor ações pastorais que permitam as pessoas não apenas compreenderem melhor
o ensinamento da Igreja sobre o valor da família, mas principalmente em como
viver melhor esses valores num mundo cada vez mais plural e secularizado,
impregnado da cultura do consumismo, do individualismo e, por isso mesmo, da
lógica do descartável.
O papa procurou
ouvir toda a Igreja, através de um questionário que enviou a todas as paróquias
e dioceses, buscando ouvir, acima de tudo, as pessoas.
Dessa forma, quis obter informações seguras, a partir da
realidade, não apenas dos problemas existentes hoje, mas também das sugestões e
propostas que permitam superar os desafios atuais e reafirmar o valor da
família.
Na homilia de abertura do Sínodo, 4 de outubro, ele
destacou que "o paradoxo dum mundo globalizado onde vemos tantas
habitações de luxo e arranha-céus, mas o calor da casa e da família é cada vez
menor; muitos projetos ambiciosos, mas pouco tempo para viver aquilo que foi
realizado; muitos meios sofisticados de diversão, mas há um vazio cada vez mais
profundo no coração; tantos prazeres, mas pouco amor; tanta liberdade, mas
pouca autonomia...
Aumenta cada vez
mais o número das pessoas que se sentem sozinhas, e também daquelas que se
fecham no egoísmo, na melancolia, na violência destrutiva e na escravidão do
prazer e do deus-dinheiro".
É uma crítica ao individualismo, muito mais intensificado
nos países desenvolvidos, e que cria dificuldades na relação com as pessoas, no
estabelecimentos de elos permanentes, de compromisso, de calor humano, que só
podem ser vivenciados na realidade da família.
Com isso o papa chama a atenção para uma das causas que
afetam tanto a família, sua estabilidade e significado, por isso propôs um
aprofundamento da crise familiar da atualidade, para que os bispos e cardeais
possam dar uma contribuição efetiva no combate daquilo que debilita a família
e, com isso, buscar revigorar aquilo que poderá dar uma nova motivação e
sustentação.
Por isso, ele lembrou que "a Igreja é chamada a viver
a sua missão na verdade que não se altera segundo as modas passageiras ou as
opiniões dominantes".
A família é a base da sociedade, não podemos deixar de
lutar por ela, de valorizá-la, porque nenhuma instituição vai bem se a família
não vai bem.
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