Homenagem às crianças e aos professores

Neste mês, consagrado a estas criaturas tão humildes e sinceras, faltam palavras para exprimir os mais singelos reconhecimentos de afeto e de bondade que realmente merecem. Então, recorro, neste momento, ao Mestre dos Mestres para pedir a sua ajuda e as dádivas do céu, a fim de ofertar a todas as crianças e a todos os professores do mundo inteiro.

Como é difícil manifestar os sinceros sentimentos de graça a essas criaturas maravilhosas, pois, nossa profundidade de agradecimentos é tão grande que as lágrimas, como o orvalho da noite que molha as flores, fazem-se sentir, embora contraídas com muito custo pelo orgulho. 

Não é fácil de as valorizarmos e, nesta época em que os tempos mudaram e a tecnologia avançou, vimos que muitos pequeninos procuram um lar, um abrigo, uma mão amiga que possa protegê-los e educá-los. Logo, faz-se presente o professor que, indiferente às obrigações com certas diretrizes educacionais, procura ajudá-los. Na maioria das vezes, pondo o coração antes da razão e, logicamente, diminuindo muito a distância que os separam do saber.

Procuro palavras para expressar tudo o que merecem e não encontro, porém, como elas se perdem no vento, tento, através de atos e exemplos, olhar todas as crianças e todos os professores com os mais sublimes sentimentos de bondade. 

Entretanto, o tempo corre depressa, e todas estas criaturas, que foram verdadeiras mestras e que hoje se sentem idosas e solitárias, devem ter, em suas mentes, a certeza de que muitos dos pequeninos carentes que ontem foram as crianças inocentes, hoje, são e serão grandes pessoas do futuro.

Senhor, por isso, eu peço: Continuai dando forças e sabedoria para que eles possam, cada vez mais, transmitir a todas as crianças que necessitam o pouco dos conhecimentos e das experiências que têm. Resta-me concluir que, se temos o suficiente para viver e muita coisa para ensinar, é um dever e uma beneficência que todos se candidatem a dar um pouco de si.

Ser professor é um dom que o senhor lhes concedeu, e não profissão, como muitos pensam. E ser criança é viver sem distinção de cor, religião, riqueza etc. Inocentemente à malícia de alguns adultos, contando, sempre, com a ajuda de Deus. 

Flávio CamachoPereira.

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