Em 1998, Zuenir Ventura publicou “Inveja – Mal
Secreto”, o primeiro livro da coleção Plenos Pecados, um projeto da editora
Objetiva. Ele entrevistou várias pessoas de diferentes segmentos sociais para
analisar um sentimento que é insidioso, dissimulado e insaciável, pois emerge
justamente contra os mais próximos, mas ninguém admite ser invejoso. A
abordagem tornou-se mais instigante porque o autor mostrou que é o único pecado
capital voltado para o próximo; os outros (ira, avareza, gula, luxúria,
preguiça e soberba) fomentam a própria destruição.
A negação desse sentimento tem outra face, pois muitos justificam seu infortúnio como decorrente de energia negativa emitida por alguém ou intervenção direta para atrapalhar seu sucesso. Afinal, o invejoso não suporta quem lhe faça sombra ou esteja progredindo.
Os antropólogos obtêm experiência sobre isso quando seus entrevistados justificam enfermidades ou descaminhos pela força destruidora de parentes, amigos, vizinhos ou colegas de trabalho que não suportam sua beleza, higidez física, ascensão profissional ou harmonia familiar.
A negação desse sentimento tem outra face, pois muitos justificam seu infortúnio como decorrente de energia negativa emitida por alguém ou intervenção direta para atrapalhar seu sucesso. Afinal, o invejoso não suporta quem lhe faça sombra ou esteja progredindo.
Os antropólogos obtêm experiência sobre isso quando seus entrevistados justificam enfermidades ou descaminhos pela força destruidora de parentes, amigos, vizinhos ou colegas de trabalho que não suportam sua beleza, higidez física, ascensão profissional ou harmonia familiar.
Relatam momentos em que teriam sido alvo de
mau-olhado ou geração de obstáculos para impedir suas conquistas, porque não
suportam que um membro do mesmo grupo social se destaque mais. Ou seja, uma
moça não tem inveja de Gisele Bündchen, que sempre circulou em outro ambiente,
mas não tolera as belezas da prima ou da vizinha e faz tudo para
desqualificá-las diante de terceiros.
Em vários casos, o invejoso realiza processos mágicos denominados feitiçaria, contratando profissional habilitado em magia negra, que demanda resíduos corporais da vítima, como fios de cabelo, frações de unhas ou roupas suadas. Para bloquear essas emissões negativas, as pessoas usam bentinhos, cruzes e banhos de descarrego com ervas, mas o mais frequente é o sal grosso diluído em copo de água.
Certa vez, uma amiga me chamou para conferir o que havia acontecido em sua residência, porque eu sugeri isso, após vários contratempos inexplicáveis. Tinha surgido, durante a noite, uma cachoeira de sal cristalizado desde a borda do copo sobre a mesinha até o piso da sala. Rezamos o pai-nosso, suplicando proteção divina à família, bem como à emissora da energia negativa. Providenciamos, em seguida, outro copo com sal grosso para arrematar a limpeza do ambiente.
Essas crenças estão presentes em sociedades simples e complexas, ilustrando histórias de amor, medo, conflito e morte, em diferentes segmentos sociais. Quando alguém adoece de maneira inexplicável, justifica-se que está padecendo de mal de inveja. Nesse caso, não basta a terapia convencional. Procuram-se também processos mágicos, recorrendo a benzedeiras e curandeiros de diferentes confissões religiosas.
Os sentimentos humanos são mesmo insondáveis. Há sempre alguém que não se satisfaz com o que tem ou jamais admite o sucesso do outro, provocando ruptura de sólidas amizades.
Em vários casos, o invejoso realiza processos mágicos denominados feitiçaria, contratando profissional habilitado em magia negra, que demanda resíduos corporais da vítima, como fios de cabelo, frações de unhas ou roupas suadas. Para bloquear essas emissões negativas, as pessoas usam bentinhos, cruzes e banhos de descarrego com ervas, mas o mais frequente é o sal grosso diluído em copo de água.
Certa vez, uma amiga me chamou para conferir o que havia acontecido em sua residência, porque eu sugeri isso, após vários contratempos inexplicáveis. Tinha surgido, durante a noite, uma cachoeira de sal cristalizado desde a borda do copo sobre a mesinha até o piso da sala. Rezamos o pai-nosso, suplicando proteção divina à família, bem como à emissora da energia negativa. Providenciamos, em seguida, outro copo com sal grosso para arrematar a limpeza do ambiente.
Essas crenças estão presentes em sociedades simples e complexas, ilustrando histórias de amor, medo, conflito e morte, em diferentes segmentos sociais. Quando alguém adoece de maneira inexplicável, justifica-se que está padecendo de mal de inveja. Nesse caso, não basta a terapia convencional. Procuram-se também processos mágicos, recorrendo a benzedeiras e curandeiros de diferentes confissões religiosas.
Os sentimentos humanos são mesmo insondáveis. Há sempre alguém que não se satisfaz com o que tem ou jamais admite o sucesso do outro, provocando ruptura de sólidas amizades.
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