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quinta-feira

A greve, esse instrumento político

Além da falta de apoio popular, da crise econômica e dos problemas de ordem política que podem até levar à concretização do impeachment, o governo tem, a partir de agora, mais uma incômoda pedra em seu caminho.
 O funcionalismo, que já parou em vários setores – INSS, Fiocruz, universidades e outros – ameaça decretar a greve geral. Esta semana, sindicatos e centrais que representam mais de 500 mil trabalhadores forçam o governo a conceder-lhes aumentos da ordem de 27% a título de repor perdas inflacionárias dos últimos anos.
Essa instabilidade afugenta os investidores e traz o caos à nossa economia. Além de estarem sensivelmente reduzidos os investimentos governamentais e as grandes obras de infraestrutura, o setor privado vai parando e o mercado se desaquecendo, num claro sintoma de recessão onde desemprego, fome e insegurança são atores importantes.
A decretação de uma “greve geral”, mesmo que seja apenas no funcionalismo público federal, seria componente explosivo dentro do quadro de instabilidade vivido pelo País. É de se aguardar que governo, sindicatos, centrais e todos os que puderem ter ação ou mediação nessa questão, dêem o máximo dos seus esforços para evitar o impasse.
O Brasil de hoje não aguenta mais esse problema.
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