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quinta-feira

Armas, o fogo no pavio curto do cotidiano


As relações das indústrias de armas e as políticas de armamento da população

Dois caras se estranham em um bar, se olham de um jeito desafiador, cospem no chão e caminham pra fora do estabelecimento. O motivo foi que não agradaram da postura um do outro. Fora do bar, ficam se encarando sacam suas armas e atiram quase que ao mesmo tempo. Os dois no no chão, fim de uma história do velho oeste.
Mas a questão é que tais histórias não ocorrem só nos filmes de bang-bang. Pessoas cometem assassinatos por motivos fúteis (briga, ciúme, conflito entre vizinhos, desavença, discussão, violência doméstica e trânsito)  todos os dias, coisas comuns, só que com a posse de uma arma de fogo pode virar uma tragédia.
Na maior cidade do Brasil, São Paulo, mais de 80% dos assassinatos são por motivos fúteis e por impulso. Essa é uma tendência do país, na maior parte dos estados pelo menos metade dos homicídios são crimes por motivo fútil. Alguns passam e muito da metade, como no Pará, onde esse número chega a mais de 90%. No total esses crimes ficam com mais de 50% do total de homicídios do país.
Apesar desses números muitas pessoas defendem o porte de arma para a população com o argumento de se proteger da violência. Inclusive muitos políticos defendem a revogação do estatuto do desarmamento. Ainda usa-se aquela comum frase “Só o bandido pode ter arma, o cidadão de bem não pode”. É, “cidadão de bem” também mata, pelo que mostra os dados.
Os nossos nobres representantes entram a favor do armamento por motivos extremos de interesse pessoal. A bancada da bala faz pressão no sentido de armar a população, mas porquê?
Deputados receberam doações eleitorais da indústria de armas e munições e pressionaram os líderes de seus partidos para assumirem as vagas na comissão especial do desarmamento. Dos 54 membros do colegiado, onze receberam doações deste tipo.

Quem ganha com o armamento do povo? A resposta é Taurus International Manufacturing , uma das maiores fabricantes de armas leves do mundo inteiro. Como ela mesma informa em seu site “A Taurus Armas e Acessórios é uma das três maiores fabricantes de armas leves do mundo. A empresa produz uma vasta gama de modelos de armas e acessórios, incluindo coldres,revólveres, pistolas, metralhadoras e armas longas, utilizadas tanto para os mercados das forças militares e policiais como também para o mercado civil”.
No Brasil ela é a número um. Inclusive todos os anos a Taurus injeta dinheiro em campanhas e políticos para garantir o futuro  dos negócios, doações essas que legalizadas, porém os candidatos que recebem esse dinheiro não falam sobre o assunto. Um dos cados é do deputado federal pelo DEM da Paraíba, Efraim de Araújo Morais Filho,que recebeu R$ 50 mil da Taurus na última eleição. Na época a empresa disse por escrito que “não se pronunciaria sobre o assunto”.
A crítica feita pelo cientista político Marcello Baird, que estuda sobre lobby (ação de grupos de interesse sobre os políticos), é que, com as doações a indústria de armas e munições “compra acesso aos (futuros) congressistas, que farão projetos de lei que beneficiem o setor, seja ampliando o direito de portar armas, seja reduzindo os impostos que incidem sobre esse tipo de negócio.”

Samuel Colt, o inventor do revólver



Aqui uma parte da história de como os revólveres foram desenvolvidos. As chamadas pistolas da época, antes da invenção do americano Samuel Colt, não passavam de “canhões de mão”, onde deveria ser colocada o estopim, a pólvora e o projétil no cano da arma.
Ele sempre gostou do poder de fogo, em 1829 Colt inicia os trabalhos com seu pai em uma fábrica têxtil, lá ele teve acesso a ferramentas que possibilitaram a montagem de seu primeiro explosivo.
Inspirado na roda de um navio Colt tem a idéia mais importante de sua vida, o revólver. Voltando aos estados unidos Colt, com financiamento de seu pai, constrói suas duas primeiras armas. A primeira delas rompeu no momento do disparo, a segunda, não disparava. Com 18 anos, Colt resolve voltar ao projeto do revolver e dessa vez obtém sucesso. Ele vai para Inglaterra e cria sua primeira patente. Assim passa a existir uma arma de disparo confiável, fácil de recarregar e portar.
Colt criou depois uma companhia de fabricação de armas, tanto militares quanto civis, a CMC. Sua produção mais famosa é o “Colt 45”, que se refere a duas armas diferentes, a primeira delas é a Single Action Army 1873, a arma mais usada no velho oeste.
Uma cena de cinema que envolve uma colt que é extremamente marcante é do filme “Quem quer ser um milionário?”, uma produção indiana. Um garoto de uns 14 anos aponta a arma pro irmão e diz “O homem com a colt 45 mandou você ir embora”. É uma boa cena, simbólica, ilustra bem o poder que as pessoas pensam adquirir portando armas de fogo.


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