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quinta-feira

Conflito Milenar



Quando alguém fala sobre importância de ler a
Bíblia. logo surge alguma pessoa dizendo ser coisa de sacerdote ou pastor, na busca da conversão de algum não crente. Que ótimo se todos fôssemos crentes e com conhecimentos bíblicos.


A leitura do antigo e novo testamento nos traz conhecimentos. A consciência e o livre arbítreo nos oferecem a oportunidade de crer ou não, praticar ou não

Acompanhando pela imprensa brasileira notícias, debates e explicações sobre o novo conflito entre israelenses, palestinos, árabes e muçulmanos, percebi o precário conhecimento histórico

de nossos analistas. Por indicação do professor Jacó Reichert, li no Antigo Testamento o Livro de

Josué (sucessor de Moisés, chefe militar que comandou o povo hebreu em guerras para a conquista da terra prometida), capítulo XIII, versículos de 1 a 7: "Divisão da terra prometida - A ordem do senhor".

Achando-se Josué velho, e mui avançado em anos, lhe disse o Senhor: - Tu estás velho, e de muita idade, e resta ainda um dilatadíssimo espaço de terra, que ainda não foi repartido por sorte, 2 a saber: toda a Galileia, o território dos filisteus e toda a terra de Gessuri. 3 Desde o rio Turvo, que rega o Egito, até os confins de Acaron para o norte. A terra de Canaã, que está dividida entre cinco régulos dos filisteus, o de Gaza, e o de Azot, o de Ascalon, o de Get, e o de Acaron. 4 Ao meio dia estão os Herveus, toda a terra de Canaã e Maara dos Sidônios até Afeca e os termos do Amorreu, 5 e suas fronteiras. Também o país do Líbano para o nascente desde Baalgad na raiz do monte Hermon, até a entrada de Emat. 6 Todos aos que habitam no monte desde o Líbano até as águas de Maserefot, e todos os Sidônios.

Eu sou o que hei de exterminar da face dos filhos de Israel. Venha, pois, este terreno a ser parte da herança de Israel, como te ordenei. 7 E agora reparte tu a terra, que devem possuir as nove tribos, e a meia tribo de Manassés"... O texto segue adiante tratando das fronteiras, partes, cidades, tribos e partilhas. Um verdadeiro tratado geopolítico, conforme a crença divina, ditado por Deus a Josué.

A história nos ensina também que a divisão entre o povo de Israel, árabes(palestinos) e muçulmanos, advém da concepção religiosa a partir de Abraão. Seus dois filhos foram Isaac e Ismael. O primeiro dá origem aos Hebreus (israelenses). O segundo aos ismaelitas (árabes).

O povo israelita só foi possuir um estado a partir de resolução da ONU em 1948. Os árabes têm uma história política de maior independência, apesar de toda a luta contra o Império Romano, da formação do Império Turco-otomano e da ocupação de seus territórias por ingleses e franceses praticamente até a década de 1960.

As raízes do conflito estão na concepção da formação dos Estados naquela região. Israel, ao ser criada em 1948, adere à forma de democracia representativa do ocidente, separando estado de governo e religião de política. Os árabes ainda vivem sob a concepção política teocrática fundamentalista. Não modernizaram o Estado, separando-o da religião. Os radicais não aceitam Israel como Estado, daí as guerras e os terrorismos. Aferram-se à visão geopolítica cultural milenar bíblica.

Parte dos israelenses também defendem esses princípios. Para que haja paz no Oriente, entre israelenses e árabes, será necessário definir: porção de terras e criação do Estado Palestino, território de Israel e sua aceitação pelos povos árabes, governo partilhando sobre Jerusalém e cidades sagradas, força militar da ONU para garantir os acordos celebrados. Se em mais dois mil anos os descendentes de Isaac e Ismael não conseguem se entender por concepções religiosas radicais, imaginemos os esforços que deveremos fazer para chegar a uma mudança comportamental?

Sugiro a leitura do Antigo Testamento acompanhada de mapas demonstrativos da divisão territorial geopolítica da época. Lembro também que a leitura da Bíblia não é só para quem quer fortalecer o espírito, mas para os que buscam o aprimoramento do conhecimento.
Prof. Daltro Wesp.

2 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns pela postagem. Se for do seu interesse, segue um link para um excelente material que encontrei fuçando por aí, sobre as origens deste conflito. Abraços.

Link: http://www.gtehc.pro.br/Textos/Osvaldo%20Coggiola-%20Revolucao%20e%20contra-revolucao%20na%20Palestina.pdf

Rodrigo Rosa disse...

bela matéria,postei uma citando essa,abrçs professor