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sexta-feira

Marketing: A farsa do Facebook

“É mais fácil enganar uma multidão do que um homem."

Vou pontuar desde o início: este artigo é direcionado a todos que investem no Facebook como instrumento de marketing digital.

Esta mídia social, como muitas outras, são canais incríveis para cultivar relacionamentos. Desde os tempos do falecido Orkut, tive a oportunidade de resgatar amizades perdidas ao longo dos anos graças a estas redes sociais.

Com mais de 1 bilhão de usuários ativos no mundo, é natural que se procure gerar e potencializar negócios através do Facebook. Assim, empresas passaram a utilizar o chamado Face Ads, destinando uma verba mensal para promover seus “posts”, buscando aumentar o número de “seguidores” e de “curtidas”. A pergunta é: “Qual a efetividade desta estratégia?”.

Vamos aos fatos. Primeiro, não importa quantos seguidores você tenha, o alcance chamado “orgânico”, ou seja, sem ônus, de qualquer mensagem postada, tem sido cada vez mais irrisório. Então, você opta por investir na publicação, deparando-se com números de alcance estonteantes – e falsos. Vou apresentar alguns dados estatísticos para respaldar minha tese.

Analisei apenas os últimos 10 posts patrocinados em minha página. O valor médio investido foi de R$ 17,32. O alcance médio de cada um foi de 14.639 pessoas. Então, você pode concluir que é um ótimo número, ou seja, gastar menos de vinte reais para atingir quase 15 mil pessoas, correto? Ledo engano, pois apenas 16 pessoas foram, de fato, impactadas na média, o que representa uma taxa de retorno de apenas 0,11% e um custo médio, por pessoa, de R$ 1,10.

Esta análise é possível porque todos os posts continham link para acesso através do qual o internauta poderia baixar um e-book, participar de um congresso virtual ou de eventos presenciais, tudo gratuitamente. Portanto, note o seguinte: eu não estava vendendo nada, não estava fazendo qualquer apelo comercial. O propósito de cada mensagem era compartilhar conhecimento ou entregar um benefício, sem qualquer ônus.

Os defensores deste instrumento poderão argumentar que R$ 1,10 por pessoa continua sendo um investimento mínimo. Porém, note que o fato de uma pessoa ter clicado no link não significa, evidentemente, que uma vez na página para a qual foi remetida, ela venha a consolidar o interesse naquele produto ou serviço.

Por fim, ressalto que tenho utilizado filtros na definição do perfil do público, segmentando-o com base em palavras-chaves específicas. Em um destes casos, em um post direcionado a profissionais de RH, o alcance atingiu 19 mil pessoas (lindo!), porém com apenas 12 míseros cliques, ao custo de R$ 3,93 cada!

Pessoalmente, tomei a decisão de não mais investir no Face Ads. Sinto-me ludibriado e lamento por quem se ilude com os números apresentados. Isso não significa que esta mídia não possa trazer resultados. É claro que pode, desde que se coloque um caminhão de dinheiro. Mas grandes investimentos geram resultados de qualquer forma, em qualquer iniciativa de marketing.

 TomCoelho.

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Um comentário:

@bloggerbrasilis disse...

Tudo bem, Prof. William?

Li seu artigo sobre o marketing no Facebook e seus pífios resultados. Fiz uma pós-graduação de Marketing Estratégico na FTC de Feira de Santana, mas confesso que preciso ler muito sobre marketing ainda e adquirir muitos livros para me aperfeiçoar. Contudo, concordo com o Sr. quando fala sobre os resultados decepcionantes que muitos anunciantes tem em campanhas na internet principalmente no Facebook. Já li artigo em que até a General Motors e empresas do mesmo porte reclamavam dos resultados no Facebook e que não mais utilizariam está mídia para divulgarem seus produtos. Não só no Facebook, mas como também no Google existem muitos mitos que precisam ser desvendados. Eu também republico muitas matérias no diHITT. Agradeço qualquer material sobre marketing que puder deixar como recado em minha página. Uso o mesmo nome da conta do Google. Um abraço!!!