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quinta-feira

Inclusão: do que estamos falando?


Sabemos que toda a criança portadora de necessidades especiais tem o direito à aprendizagem preferencialmente na rede regular de ensino e de receber todos os recursos necessários para que a aprendizagem se dê de maneira satisfatória em todos os seus aspectos. 

Há muito tempo, este é um direito disposto em lei. Em diversos documentos, como a Constituição Federal (1988), o Estatuto da Criança e do adolescente (ECA-1990), a Declaração de Salamanca (1994) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB-1996) encontramos disposições legais referentes à educação escolar de portadores de necessidades especiais. Estes documentos trazem claramente o dever do estado em disponibilizar aos educandos com necessidades especiais: a inclusão, através de educação escolar na rede regular de ensino; professores com especialização adequada para o atendimento especializado; currículo, métodos e técnicas para atender às necessidades especiais. 

No entanto, colocando todos esses direitos em prática e nos direcionando para a realidade da sala de aula nos perguntamos: “Do que realmente estamos falando?”. A inclusão educacional tem ocupado significativo espaço de reflexões em todo o mundo. Existem inúmeras e contraditórias formas de pensar e agir, no que diz respeito à educação inclusiva. Porém, uma coisa é clara: a inclusão deve ocorrer de maneira efetiva, física, cognitiva e socialmente, caso contrário, as crianças acabam vivenciando a escolarização como meras espectadoras, pois o processo de inclusão não se consuma de fato. 

Não basta incluir os alunos portadores de necessidades especiais em classes inclusivas uma vez que estes não participem do processo de interação em sala de aula e depois sejam direcionados ao atendimento especializado na sala de recursos da escola em turno inverso o da sua “aula regular”. É preciso que o educando participe de fato do processo educativo e das aulas propostas pelo professor. Portanto é preciso evidenciar os problemas em vez de evitá-los, pois só assim eles serão resolvidos.

 Se olharmos para a realidade educacional, encontraremos, muitas vezes, uma inclusão marginal, na qual os aprendizes estão inseridos fisicamente nas turmas do ensino regular, mas não conseguem participar das mesmas atividades propostas aos demais. Essa inclusão não é real, pois o aluno portador de necessidades especiais não se apropriará de conhecimento algum, ele apenas ficará anos e anos assistindo as mesmas aulas, sem que essas façam sentido algum e ele nem saiba o porquê de estar nessa situação. 

Desta forma, estar inserido em uma turma de educação inclusiva, não é mais algo prazeroso, que desperta expectativas do educando, e sim algo decepcionante e penoso, pois a cada ano se vê a promoção dos colegas de classe, enquanto o aluno portador de necessidades especiais está ali para cumprir algo puramente burocrático. Podemos comparar esse fato com o velho ditado de “tapar o sol com a peneira”. Nos termos da lei, a inclusão está funcionando, pois alunos com necessidades educativas específicas estão frequentando escolas regulares e tendo, teoricamente, um ensino proveitoso. Entretanto, a realidade é que esses alunos são deixados de lado dentro da sala de aula devido às peculiaridades deles. 

As salas de aula regulares possuem um ambiente rico em situações de aprendizagem e por isso possibilitam a alunos com necessidades especiais o desenvolvimento de habilidades de participação ativa nas atividades escolares. O grande desafio é como planejar e desenvolver práticas pedagógicas verdadeiramente inclusivas, de modo a atender a todos e a cada um, valorizando o trabalho da diversidade, entendida como um recurso, que proporciona novas experiências tanto ao aluno portador de necessidades especiais quanto seus colegas e professores que vivenciarão uma aprendizagem escolar diversificada. 

Pode-se imaginar quão rica pode ser a experiência de vivenciar a evolução da aprendizagem de determinado aluno ou colega com necessidades especiais.Talvez, a saída para o começo de uma transformação concreta na educação inclusiva esteja nos professores.

 Estes precisam entender que para que a inclusão ocorra de forma adequada e proveitosa é necessário que se encontre uma forma de interação entre esses alunos com dificuldades, o professor e os seus colegas, pois só assim, os alunos com necessidades de aprendizagem específicas passarão de alunos passivo e espectadores, para alunos ativos e reflexivos, capazes de participar ativamente da sociedade e exercer o papel de cidadão, capaz de tomar decisões, opinar, questionar, e principalmente, aprender.
  Ana Luisa Feijo Cosme. 
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sábado

Ler faz crescer


Ao contrário de anos anteriores, o debate sobre a educação formal, do ensino, e, especialmente da qualidade tem tido espaço na mídia, com destaque na imprensa. Todos apontam as causas da baixa escolaridade, os efeitos da má qualidade e os benefícios trazidos pelo bom ensino, mas o problema perdura.

Nem sequer o Brasil consegue extinguir o analfabetismo. A má qualidade e a baixa instrução do brasileiro, apesar de alcançar um bom espaço nos meios de comunicação, ainda deveria ter maior abordagem na imprensa e muito mais na televisão. Todo dia o Jornal Nacional fala dos índices das bolsas de valores, dos mercados e das economias mundiais, mas passa semanas sem falar de educação, que poderia ter definido como critério falar ao menos uma vez por semana, regra a ser seguida por todos os programas de televisão e de rádio. 

Tem aumentado o debate sobre o tema, e isso parece trazer uma certa acomodação às autoridades e à sociedade em tentar solucionar o problema de uma vez por todas. Mas, dentro da amplitude que é o tema educação, a leitura sofre de um descaso maior, que traz como resultado o pouco hábito de leitura ao brasileiro, em comparação aos países desenvolvidos. 

Pesquisa recente do Ibope mostrou a diminuição da leitura de livros em 2011, comparado com o ano de 2010, com uma piora do que já era ruim. De acordo com a pesquisa a redução da leitura foi medida até entre crianças e adolescentes, que leem por dever escolar. 

Em 2011, crianças com idades entre 5 e 10 anos leram 5,4 livros, ante 6,9 registrados no levantamento de 2007. O mesmo ocorreu entre os pré-adolescentes de 11 a 13 anos (6,9 ante 8,5) e entre adolescente de 14 a 17 (5,9 ante 6,6 livros). Para estimular a leitura, uma das boas iniciativas do governo federal foi aprovar a Lei 12.244 em 2010 com previsão obrigatória de uma biblioteca em toda escola.

 Como parte dos defeitos que fazem perdurar os problemas, a lei é frouxa ao permitir que essa obrigação seja cumprida no prazo máximo de 10 anos. Apesar de serem poucas as iniciativas oficiais de incentivo à leitura, o problema se agrava pela omissão da iniciativa privada, por não apresentar nenhuma ação incentivadora. 

O Banco Itaú se torna uma ilha de exceção nesse mar de omissão. Por ano, o banco vem fornecendo uma coleção de 3 a 4 livros infantis gratuitamente. Os livros são entregues no endereço fornecido pelo solicitante, já com todas as despesas de correios pagas. O objetivo desse texto é exatamente levar expandir o conhecimento dessa medida, pois falta uma divulgação mais ampla. 

Para fazer o pedido, gratuitamente, basta acessar o site que dá título a este texto: www.lerfazcrescer.com.br e clicar sobre o ícone “peça sua coleção”. Como diz uma frase no mesmo site, a cada livro, o Brasil inteiro vira uma página.

Por Pedro Cardoso da Costa.

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Início de ano letivo conturbado: Culpa de quem?



Não se pode admitir que um governo inicie o ano de trabalho sem saber o que tem a oferecer à população, seja ela federal, estadual ou municipal, especialmente quando se trata de área considerada de máxima importância.

Há muitos anos estamos convivendo com um problema que parece ser crônico: a falta de professores nas escolas, a cada início de temporada.

O que acontece com o Estado? Será que o governo, através da sua secretaria competente, não sabe quantos profissionais possui na área de educação?

Não existe tempo para garantir, a partir da matrícula dos alunos, a necessidade existente para suprir cada escola, em cada município, ao ponto de algumas escolas não conseguirem funcionar em algumas áreas pela inexistência de professores?

Esse não é um fato novo, vem se repetindo durante muitos anos no Rio Grande do Sul, trazendo sensível prejuízo aos alunos, além da natural preocupação aos pais, que acreditam seus filhos dentro de uma sala de aula, mas que, na verdade, ali não estão porque inexiste a mestra (ou o mestre) para ministrar ensinamentos
.
Quando a burocracia governamental era movida a lápis e montanhas de papéis, se poderia dizer da dificuldade para maior conhecimento quanto às condições de suprimento do corpo de professores no Estado ou Município, mas hoje, em plena era do computador, onde tudo é possível, bastando acionar um botão para, em alguns segundos, se tomar conhecimento da necessidade de cada escola quanto ao efetivo de professores, com a devida antecedência, considerando o número de alunos matriculados, isso não poderia acontecer.

É preciso uma longa e angustiante espera de alguns meses, para a normalidade no ensino, que em verdade não existirá, pois terá que ser elaborado um calendário especial para recuperação das aulas que deixaram de ser realizadas no tempo devido.

Natural que possam existir problemas setorizados, quando se trata de uma área composta por vários milhares de profissionais, espalhados por todo um estado, muito embora esse efetivo esteja dividido por municípios o que, em tese, deveria facilitar o controle. No entanto, o que é difícil engolir é que uma única escola possa contar com a ausência de professores para várias matérias.

O Estado não conta com professores concursados a espera de nomeação? Não é possível essa nomeação ser feita em tempo de utilização do profissional, tão logo notada a necessidade de suprimento de vaga na área que está acusando falta de professores? Se essa é a dificuldade, o Estado não deveria concursar e nomear professores que possam ficar em condições de serem usados de maneira imediata, evitando que em todo início de ano, o problema seja sempre igual?

Talvez as autoridades responsáveis pelo setor tenham explicações razoáveis para esse crônico problema, mas, para os leigos, são fatos gritantes que não deveriam acontecer. Tem que haver uma maneira de começar o ano educacional sem nenhum, ou com um mínimo de problemas a serem sanados, oferecendo assim condições para o perfeito funcionamento do sistema educacional.

E o que falar da tal “matrícula on line” onde as escolas perderam a autonomia de fazer diretamente a matrícula de seus alunos. Absuro!

Por Moacir Rodrigues

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terça-feira

Por que sempre voltamos a falar em Educação?



"Livre, livre. Meus olhos seguirão ainda que meus pés parem". Lembro que estas foram as últimas palavras que deixou escritas Jokin Zeberio, de 14 anos, antes de arrojar-se ao vazio com sua bicicleta, do alto da muralha de Hondarribia, Espanha, em setembro de 2004.


Jokin vinha sofrendo agressão de seus colegas havia anos. As contínuas ameaças, humilhações, insultos, pancadas, surras, o fizeram sofrer e o levaram à morte. Na época o feito fez soar o alarme social político e educativo, e gerado muitos debates sobre o que caracterizamos atualmente como Bullying, que antes de mais nada é uma palavra inglesa que significa intimidação.

É obvio que antes de qualquer análise temos dois grandes problemas que nos tempos atuais deveremos enfrentar. Temos pais que trabalham fora e não tem mais tempo de acompanhar as atividades dos filhos e sem contar com tantos outros que tem pais separados e não podem contar com a educação bilateral, estes muitas vezes ( ainda bem) alavancados pelos avós mas que carecem de apoio familiar.Isso resulta numa grande pressão pela evasão escolar e quando tenta se reverter a situação simplesmente aceita-se os equívocos dos alunos e promovem-no sem uma devida formação para a série imediatamente superior.

Evidente que a reprovação de um aluno é algo temeroso, que tem repercussões negativas que ultrapassam sua vida escolar. Assim como o peso do fracasso e o estigma de repetente podem reduzir suas chances de aprendizagem, também sua personalidade pode ser afetada.


Em conseqüência da reprovação, o aluno pode desenvolver um conceito negativo que o leve a abandonar os estudos; todavia tem de ser analisado caso a caso, considerando os conceitos iniciais de esperança e amor; ditos claro no sentido mais amplo da palavra.

Não podemos esquecer que os fins da educação indicam os rumos da ação educativa, os princípios básicos que irão norteá-la, tendo presente o verdadeiro sentido da existência humana. Enquanto a ciência avança é dever da educação proporcionar o instrumento necessário para acompanhar essas transformações, despertando o ideal de busca, da pesquisa e da atualização constante. O pleno desenvolvimento do educando supõe uma educação integral, que considere o homem não só como indivíduo, mas também como participante de uma sociedade.

A escola tem hoje, com justa razão, a preocupação de conquistar o apoio da comunidade, considerando-o relevante para uma atuação eficaz.

Estamos vivendo um novo tempo da educação brasileira com imensos desafios a serem enfrentados com determinação e espírito crítico. Ou seja, os pais têm de participar da vida escolar de seus filhos. Não podemos mais esperar melhoras se cada família não traz para si a responsabilidade de que aquela criança será o futuro cidadão ou um futuro amante da criminalidade.


Então vamos todos participar. Se percebeu que seu filho caminha descompassado, não aprende, não participa ou está indo para um caminho tortuoso ou sem luz; apresente-se, oriente-se a você mesmo e aos seus pares, assim pais, professores e comunidade em geral, estaremos finalmente recuperando a esperança no amor através da educação. Não vejo outro caminho!


Prof. Rosildo Barcellos.

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domingo

A lei é para todos. Ou não?




Faz muito tempo que ouço falar que é necessário investir em educação pública no Brasil, e isto passa também por uma valorização salarial do magistério.

O discurso é repetido, principalmente, em períodos eleitorais.

É sempre a mesma história, enquanto candidatos às promessas são abundantes em soluções para o sistema educacional como um todo, assim como a questão salarial do magistério especificamente. Mas agora, o que está acontecendo no estado do Rio Grande do Sul extrapola todas as falsas promessas de compromisso com a educação e com os professores gaúchos.

Enquanto ministro da Educação, Tarso Genro foi um dos responsáveis pela Lei do Piso Nacional do Magistério, já como ministro da Justiça, fez questão de assinar a lei 11.738 e, como governador, dirigiu-se ao Supremo e declarou ser contra a ação de inconstitucionalidade (Adin) impetrada pela então governadora Yeda e outros governadores.

Considerada pelo Supremo uma lei constitucional está em plena vigência e precisa ser aplicada por governadores e prefeitos, pois a sua implantação significa não a redenção salarial do magistério, mas sim o começo de um resgate salarial dos principais agentes da educação. Saliento, é apenas um início, pois o Piso ainda o é insuficiente para quem deseja um sistema educacional de qualidade e com profissionais bem remunerados. Apesar de tudo isto, abordado até aqui, o governador Tarso Genro não pagou o piso salarial.

Descumprindo a palavra dada à categoria no período eleitoral, trata os professores como pessoas ingênuas. Tarso Genro oferece uma proposta ignorando o artigo quinto, parágrafo único da Lei 11.738, que estabelece como o indexador para os reajustes anuais os índices do Fundeb. Diz o governador que é contra este indexador, emenda do senador Cristóvão Buarque.

Defende o INPC com o indexador, mas a lei estabelece o índice do Fundeb. Em números redondos em 2012, o índice do INPC ficou em 6%, e o índice do Fundeb em 22%. Esta diferença é a essência da Lei 11.738.

Só desta forma será possível recuperar os salários dos professores em alguns anos. O índice do Fundeb possibilita um ganho real, enquanto o índice do INPC apenas corrige as perdas inflacionárias. E, agora, para arrematar, Tarso Genro está falando em contestar a constitucionalidade da lei, que fez e assinou, mas que o senador Cristóvão Buarque teve a coragem de aprovar uma emenda democraticamente contando com os votos da maioria.

Tarso Genro atenta contra o Estado de Direito, ignora os princípios básicos da convivência democrática e ofende a inteligência da população do Rio Grande do Sul.

Por: João Barcellos.
Professor de História e mestre em Educação Ambiental.

''FAÇA SEU POLÍTICO TABALHAR. COMO???NÃO VOTE MAIS NELE!!!"

quarta-feira

Para onde vai nosso ensino?



Estamos num ano de eleições e a partir de agosto começa a campanha eleitoral. Não sou adivinhador, não jogo búzios, não me baseio em bola de cristal, nem acredito em horóscopo, mas, posso dizer com certeza que as três palavras mais utilizadas pelos candidatos será educação, saúde, emprego e segurança. São as grandes preocupações do cidadão. Então, uma vez no palanque, “prometa aquilo que o povo espera”.

O problema está na chegada ao poder, seja nas prefeituras, governo de estado ou governo federal. De maneira geral, não há uma política de desenvolvimento do ensino, diante da nova e dinâmica realidade que vivemos. O desenvolvimento extraordinário das comunicações e do acesso a informática, gera alunos completamente diferentes daqueles alunos do passado. A estrutura familiar atual, em que pai e mãe trabalham, também afeta a educação inicial das crianças, a fase mais importante de nossas vidas. Além dos graves e crescentes problemas de drogadição na sociedade.

Portanto, o poder público deveria proporcionar todos os meios possíveis para que a escola ofereça mais do que muitas crianças já tem acesso em suas casas ou no convício social, como computadores, internet, televisão, etc.

Uma vez no poder, a educação deixa de ser prioridade. Falta de escola, escolas em péssimas condições de funcionamento, salário de professor não é prioridade, como o cumprimento do Piso Mínimo, definido pelo governo federal. Mas, não há nenhum constrangimento em aumentar o salário dos cargos de confiança, destinados aos companheiros de partido. A pedagogia dominante é a de minimizar o conteúdo, retirando o direito maior do aluno, que é a construção do conhecimento. É estéril a idéia da prioridade na socialização, sem os conhecimentos básicos da língua pátria, matemática, ciências naturais e sociais, etc.

O resultado é um desempenho muito ruim do ensino público, fundamental ou médio, com raras e honrosas exceções. Aqui no Rio Grande do Sul, o Colégio Farroupilha, criado pela Brigada Militar é um exemplo de ensino de qualidade. E, é uma escola pública. Ainda bem, que esses colégios estão se expandindo no RS, ao contrário de épocas em que seu crescimento foi limitado por políticas do governo do estado. A dúvida é: por que todas as escolas públicas do estado do Rio Grande do Sul não adotam o bem sucedido projeto do Colégio Farroupilha?

Temos muitos exemplos no mundo, de países sub-desenvolvidos, que em poucos anos se tornaram potências em setores de alta tecnologia, como por exemplo a Coréia, o Japão, dentre outros. A base é um ensino público de qualidade. Na Alemanha, praticamente todo o ensino é público, com alta qualidade. Há opções de escolas privadas, geralmente confessionais, escolhidas por outras razões, não apenas a qualidade do ensino.

Especialistas internacionais olham com muita surpresa nosso modelo de ensino. As famílias ricas, colocam seus filhos na escola privada para garantir um ensino de melhor qualidade. O objetivo maior é que seus filhos conquistem as vagas das boas Universidades Públicas brasileiras. E, lá estudam de graça. É muito mais barato pagar a escola do ensino fundamental, ensino médio, cursos de inglês e cursinhos preparatórios para vestibular, do que pagar uma Faculdade particular de qualidade. Quem não tem recursos financeiros, não tem outra alternativa a não ser colocar seus filhos nessa frágil escola pública. Pela baixa qualidade, poucos conseguem aprovação nas Universidades públicas. Então, sobra a o ensino superior privado, caro e muitas vezes, também de baixa qualidade. Algumas, verdadeiras fábricas de diplomas e não de formação.

O reflexo desse modelo é observado no desempenho dos alunos em provas internacionais, onde figuramos nos últimos lugares entre os países avaliados. Na última viagem do presidente Barak Obama ao Brasil, ele teria indagado a Presidente Dilma, sobre o pequeno número de estudantes brasileiros cursando pós-graduação nos EUA. Enquanto tem mais de 200 mil estudantes Chineses, 150 mil Coreanos, o Brasil tem aproximadamente 7 mil estudantes nos EUA. Por isso, a Presidente Dilma, determinou a criação, em caráter de urgência, de um Programa de estímulo a pós-graduação no exterior, denominado Ciência sem Limites. Ela queria que o programa prevê-se, até o final de seu governo, que 150 mil estudantes fizessem cursos de mestrado e doutorado no exterior. A comissão criada viu todas as dificuldades e baixou para uma previsão de apenas a metade, ou seja, 75 mil bolsas, realidade atual do programa.

Pois, apesar dessas bolsas a disposição, elas não serão preenchidas. Simplesmente, por que o estudante brasileiro não tem competitividade com os estudantes de outros países. Essa é nossa triste realidade, resultado da “Pedagogia do facilitário”, implantada no Brasil de leste a oeste, norte a sul, onde métodos científicos são substituídos por questões ideológicas. Nesse contexto está determinação de que nas escolas públicas do RS não haja mais reprovação até a terceira série. É cômodo e simpático aprovar sem conhecimento. E, o prejuízo para o resto ad vida de um cidadão aprovado sem conhecimento?


por Elmar Luiz Floss.

sexta-feira

Carnaval e cerveja...



O Carnaval se constitui em um dos fortes pilares da cultura brasileira e, paralelamente, uma fonte espetacular de promoção do turismo verde e amarelo. Tanto assim que, no período dedicado ao Rei da Folia, portos e aeroportos, especialmente, tornam-se pequenos para receber as levas de turistas do mundo inteiro que aqui chegam para lotar os sambódromos do Rio de Janeiro e São Paulo, assim como as ruas de Salvador, Recife, Olinda, Porto Alegre e tantos outros centros que exibem as baterias de suas entidades, o gingado de cadeiras de suas morenas, a exuberância das rainhas de baterias, as tradicionais alas de baianas e, enfim, a cadência de um ritmo que somente o Brasil sabe fazer.

Apontamos os chamados grandes carnavais, mas, certo que em todos os cantos do País, todos mostram o que sabem fazer em matéria de samba no pé, em ornamentação e na atração de público, capaz de passar toda uma ou mais noites sem dormir para festejar a passagem da sua entidade preferida.

O período é, por assim dizer, uma maneira de tirar o povo do sério, fazer com que ele esqueça o dia seguinte, quando terá pela frente a dura jornada de trabalho e mais todo um ano pela frente, até que a festa retorne e, então, possa, novamente, exibir-se na avenida ou cantar o samba-enredo na arquibancada.

Esse é o Carnaval que gostamos de ver e aplaudir.
Infelizmente, muitos são os que, mais do que nunca, aproveitam-se do Carnaval para realização de atividades destrutivas, como comércio de drogas, assaltos, arrombamentos, roubos e o "encher a cara e sair para o asfalto", atrás de um volante sem pensar nas terríveis consequências do ato que está praticando.

Natural, pensam muitos, que beber uma cerveja ou outras bebidas alcoólicas, "puxar um baseado ou cheirar uma carreirinha" é positivo como motivação, dando aquele "embalo" de alegria que o Carnaval exige, mas esquecem-se de que, além do mal que provocam ao próprio corpo, ao final do baile ou das festa de rua, acontece o regresso para as casas e, aí, tudo se torna dúbio, pela falta de condições de dirigir e de ter uma família ao lado, ou mesmo, de zelar pela vida daqueles que saíram somente para buscar diversão e que, muitas vezes, ficam impedidos de voltar ao lar pela irresponsabilidade de outros.

O Carnaval, cujo objetivo é promover alegria popular, como uma festa pagã, tem se destacado pelo alto índice de acidentes e de crimes, que enlutam milhares de famílias a cada ano.

Aproveite o período e "vire criança"; pule, brinque, solte a voz embalado pelo sabor do samba, mas, antes de sair de casa, faça uma reflexão para conscientizar-se que Carnaval e álcool jamais formarão um casal perfeito.

Por Moacir Rodrigues.

Pense bem. Divirta-se com responsabilidade...

domingo

O PROFESHOW E O PROFECHATO




Atualmente o tema educação e o processo de ensino-aprendizagem tem sido amplamente discutido em diversos meios de comunicação. Metodologias, materiais didáticos, integração da família na escola, capacitação de professores, são assuntos frequentemente abordados.

Quando vemos alguma informação ligada a educação, vez ou outra nos recordamos de alguns professores que tivemos em nossa vida escolar. Do fundamental até o ensino médio, na graduação ou na pós-graduação, vários foram os profissionais que estiveram lecionando na sala de aula onde estávamos matriculados.

Alguns deles nos lembramos pelo companheirismo, outros pela rigidez na condução do conteúdo, uns pela excelente didática e outros pela total ausência dela.

O curioso é que normalmente nos lembramos daqueles que foram excelentes professores e, também, dos que foram péssimos. Raramente nos lembramos dos professores medianos.

Isso porque ficam guardadas em nossa memória as experiências que se diferenciam das nossas expectativas, ou seja, aquelas que foram positivamente além daquilo que imaginávamos e, da mesma forma, temos facilidade de registrar aquelas que ficaram aquém.

Por que alguns professores conseguem envolver seus alunos na compreensão dos conteúdos, na discussão e participação em sala de aula e outros não? O que caracteriza esse professor considerado bem-sucedido? De qual natureza são os recursos internos de que dispõem os educadores e que desenham sua competência?

Educar pessoas não é uma tarefa fácil, e a profissão de educador é uma das mais desafiadoras e exigentes. O relacionamento com o aluno, lidar com a sensibilidade e a curiosidade da criança, a inquietude e o dinamismo da juventude, a transformação de saberes e a internalização de valores educativos, são atividades que exigem profissionalismo, preparação e amor pela educação.

Tenho feito várias palestras para professores em semanas pedagógicas, seminários, congressos de educação, e este contato tornou-me profundo admirador daqueles que escolheram a educação como profissão. De uma forma geral percebemos que virou moda “desacreditar” da profissão de professor, vemos até mesmo professores falando mau de seu próprio ofício. Porém tenho visto professores que dão um verdadeiro show de desempenho em sala de aula.

Para estes dou o nome de PROFESHOW!
O Profeshow é aquele que ama sua profissão, é pesquisador, movido por desafios e pela necessidade de aperfeiçoamento contínuo. Propicia aos seus alunos oportunidades de construção e reconstrução do conhecimento, fundamentado no aprender a aprender, no aprender a pensar, no aprender a ser, no aprender a conviver, como formas para ampliação da compreensão do mundo.

O Profeshow inova em sua metodologia, entende que não existem trinta alunos em sua sala, mas sim trinta pessoas, e que cada indivíduo necessita de estímulos diferentes para que ocorra o aprendizado. O Profeshow é motivado e motivador, inspirado e inspirador em suas atitudes. Excelente comunicador, ele sabe que é preciso conquistar a atenção, o respeito e a admiração.

O Profeshow fez a escolha pela área de educação, ele é “professor na plenitude da palavra”, dedicando-se a fazer o melhor pelos seus alunos, pela sua escola, colegas de trabalho, pela sociedade e pela sua profissão.

Por outro lado, temos o PROFECHATO. O perfil do Profechato é exatamente o contrário do Profeshow. Está sempre de mau humor, critica sua profissão, completamente sem entusiasmo, encara o dia a dia do seu trabalho como um árduo fardo a ser carregado. Suas aulas são monótonas, sem conteúdo e sem vida. Aliás, vida é tudo o que falta para o Profechato.

Dizem que a nossa vida é feita de escolhas. Qual é a sua escolha? Ser um Profeshow ou um Profechato?


Pense nisso e afine-se para o sucesso!

Por Fabiano Brum

quarta-feira

Quem deve ser reprovado: o aluno, o professor ou o colégio?



A palavra reprovação escolar está vinculada à ideia de condenação, incapacidade e insucesso. Trata-se de uma questão que aflige os estudantes, os pais e os educadores, além de trazer no seu bojo um conjunto de mitos que necessitam ser esclarecidos, principalmente aos pais.

A reprovação não deveria existir no ensino fundamental, pois, tratando-se de escolaridade obrigatória, é esperado que todos obtenham sucesso - compreendido na maior pluralidade possível - no percurso escolar que lhes é imposto por força da lei. Melhor dizendo, meninos e meninas não escolheram estudar, mas são obrigados a frequentar a escola porque a sociedade assim decidiu.

Ora, se a sociedade decidiu pela escolaridade obrigatória entre os 6 e os 14 anos de idade, então que se mobilize para que ela seja eficaz. Isso porque todos são capazes de aprender, desde que sejam respeitados seus sentidos, ritmos, cultura e condições cognitivas.

Partindo desse pressuposto, podemos nos perguntar: por que, então, existe a reprovação? A reprovação existe porque não sabemos fazer uma escola que trabalhe com as diferenças. Nosso olhar "educador-míope" concebe um aluno-padrão e elabora práticas pedagógicas com base nele. Assim, quem não se enquadra no padrão - não por ser pior, mas por ser diferente - acaba sendo reprovado.

Outra hipocrisia da pedagogia da reprovação localiza-se no fato de se reprovar apenas o aluno, desconsiderando-se questões fundamentais do complexo processo escolar. O aluno, aquele que deveria ser resguardado, acaba sendo o culpado pelo seu próprio não-saber. Ora, mas o professor e a escola não existem para ensinar? O aluno não vai à escola para aprender? Caso ele não aprenda, quem deve ser reprovado: ele, o professor ou a escola?

Contudo, se o indivíduo ainda vive esse problema, pode-se tirar dele um pequeno potencial pedagógico. É preciso reconstruir o termo, já que reprovar é um verbo cujo significado pode ser "provar de novo", como o refazer significa, também, "fazer de novo".

Não acredito muito nisso, mas, para acalentar pais angustiados, talvez eles possam dizer aos filhos que, se tivermos que provar um saber num determinado momento e não conseguirmos, resta-nos uma segunda chance. Então, poderemos provar de novo aquilo que sabemos, só que em outro tempo. É importante saber ensaiar o discurso para dizer a nossos filhos que reprovar pode ser um novo momento de provar e que, para isso, é preciso revisitar alguns saberes. Seria um jogo de palavras? Penso que sim, mas vale tudo para recuperar a esperança e a autoestima de quem é o sujeito do existir escolar.

Por: A palavra reprovação escolar está vinculada à ideia de condenação, incapacidade e insucesso. Trata-se de uma questão que aflige os estudantes, os pais e os educadores, além de trazer no seu bojo um conjunto de mitos que necessitam ser esclarecidos, principalmente aos pais.

A reprovação não deveria existir no ensino fundamental, pois, tratando-se de escolaridade obrigatória, é esperado que todos obtenham sucesso - compreendido na maior pluralidade possível - no percurso escolar que lhes é imposto por força da lei. Melhor dizendo, meninos e meninas não escolheram estudar, mas são obrigados a frequentar a escola porque a sociedade assim decidiu.

Ora, se a sociedade decidiu pela escolaridade obrigatória entre os 6 e os 14 anos de idade, então que se mobilize para que ela seja eficaz. Isso porque todos são capazes de aprender, desde que sejam respeitados seus sentidos, ritmos, cultura e condições cognitivas.

Partindo desse pressuposto, podemos nos perguntar: por que, então, existe a reprovação? A reprovação existe porque não sabemos fazer uma escola que trabalhe com as diferenças. Nosso olhar "educador-míope" concebe um aluno-padrão e elabora práticas pedagógicas com base nele. Assim, quem não se enquadra no padrão - não por ser pior, mas por ser diferente - acaba sendo reprovado.

Outra hipocrisia da pedagogia da reprovação localiza-se no fato de se reprovar apenas o aluno, desconsiderando-se questões fundamentais do complexo processo escolar. O aluno, aquele que deveria ser resguardado, acaba sendo o culpado pelo seu próprio não-saber. Ora, mas o professor e a escola não existem para ensinar? O aluno não vai à escola para aprender? Caso ele não aprenda, quem deve ser reprovado: ele, o professor ou a escola?

Contudo, se o indivíduo ainda vive esse problema, pode-se tirar dele um pequeno potencial pedagógico. É preciso reconstruir o termo, já que reprovar é um verbo cujo significado pode ser "provar de novo", como o refazer significa, também, "fazer de novo".

Não acredito muito nisso, mas, para acalentar pais angustiados, talvez eles possam dizer aos filhos que, se tivermos que provar um saber num determinado momento e não conseguirmos, resta-nos uma segunda chance. Então, poderemos provar de novo aquilo que sabemos, só que em outro tempo. É importante saber ensaiar o discurso para dizer a nossos filhos que reprovar pode ser um novo momento de provar e que, para isso, é preciso revisitar alguns saberes. Seria um jogo de palavras? Penso que sim, mas vale tudo para recuperar a esperança e a autoestima de quem é o sujeito do existir escolar.

Por: Franciscan Romana Giacometti Paris. Pedagoga; mestre em educação.

O que acha desta opinião do texto??? Comente se entendes assim também!!!

terça-feira

A escola e o professor na formação de um sujeito ético-político



...é necessário preparar os cidadãos para serem sujeitos que saibam pensar, saibam questionar, raciocinar, duvidar, para assim poder construir seus próprios conceitos...'

Quem pensa que ser educador nos dias de hoje é algo simples engana-se por completo. O ato de educar é bastante reflexivo, pois é necessária conscientização da importante responsabilidade na formação dos alunos. Como formadores de opinião é necessário, além de diversos fatores, primar pela ética e pela coerência.

Além de inúmeras exigências que o educador carrega em sua profissão, lecionar traz como condição básica pesquisar, falar, proporcionar, vivenciar, ouvir, dialogar, debater, transformar... educando o indivíduo para a vida.

Por esta razão o educador carrega um fardo importantíssimo dentro de uma escola, devendo tornar-se cúmplice da aliança que fez com sua profissão, independentemente da situação difícil em que se encontra, pois sabemos que é uma profissão pela qual está sendo feita uma luta descomunal para que seja vista com seu devido valor pelos políticos e pela sociedade. E esta é uma batalha de anos e muito árdua, sendo que o aluno deve ser ciente desse caos educacional em que nos encontramos hoje.

Profissionalizar-se na área da educação permite ao professor, através da educação na escola, instruir seu aluno a pensar certo nos caminhos que a vida irá lhe propor e que este aluno consiga visualizar o que é válido e o que não é. Um destes caminhos é a visão ampla de uma política justa, correta.

As crianças de hoje serão os futuros políticos, donos de escolas, diretores, gestores de amanhã. E, se estes forem conscientes e agirem com ética e moral, por terem sido conscientizados por seus professores, serão mais zelosos com os benefícios voltados para a educação. Mas para isso é necessário preparar os cidadãos para serem sujeitos que saibam pensar, saibam questionar, raciocinar, duvidar, para assim poder construir seus próprios conceitos e conhecimento.

De falsas promessas o mundo já não precisa, o que mais necessitamos é de pessoas críticas, questionadoras a ponto de identificar um erro, criticar construtivamente, para que mais tarde, não só os educandos, como os educadores e as demais pessoas, não sintam as consequências de uma política mal-elaborada, e mal-questionada.

É necessário os alunos perceberem que nossa sociedade é repleta de falhas, possui muitas carências, e empenharem-se para modificar essa realidade, pois é preciso compreender que a escola nos propõe visualizar o caminho da coerência, da responsabilidade e da criticidade, formando assim seres politicamente evoluídos e convictos de seus valores e conceitos, com a capacidade de modificar e/ou transformar a sociedade a fim de aperfeiçoá-la e guinar nossa nação para o futuro ético. Pois tudo o que fizemos em sociedade tem uma dimensão política; a educação constitui-se, além de diversos fatores, na formação da consciência política.

O que o educador não pode fazer é acomodar-se, pois deverá mostrar aos seus alunos que o amanhã depende do hoje, e o presente quem constrói somos nós, sempre com ética, perseverança, garra e alegria, pois os políticos que hoje governam fomos nós quem os colocou em seus respectivos lugares profissionais!


Por. Priscila Manzoni de Manzoni. Pedagoga.

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sexta-feira

O ano de você

Vovô=ocioso+r$250,00 deixou a vovó apavorada!!!



Há quase vinte anos os computadores portáteis, os celulares, a nuvem da tecnologia e da informática, a privilegiada informação on-line fizeram crer, e quase todos acreditamos, que quem detinha as inovações das máquinas fazia o diferencial. Algumas pessoas eram detentores desses conhecimentos emergentes e, portanto, eram os mais disputados e, além disso, imprescindíveis.

O computador estava ali e quem sabia utilizá-lo dominaria o mundo e conseguiria o almejado lugar no competido mercado de trabalho. Pobre de nós quarentões que mal sabíamos mexer nas teclas dos celulares. Dinossauros, trogloditas ou medievais estávamos condenados à época das trevas de onde jamais sairíamos, mesmo porque os jovens ocuparam nossos lugares e com mais saúde, mais educação focada na nova realidade, empurraram-nos à idéia da cadeira de balanço ou do pijama. Não, não havia mais lugar no mundo para nós, os deficitários das inovações.

A coisa foi piorando com o palm-top, I-pad, I-phone, ai de nós, etc. Em 2000, o Cine Teatro Pampa lotou para ouvir a palestra do midiático, orgulhosamente gaúcho, Waldez Ludwig, consultor de empresas e que estava brilhando na Globo News. Ele falou exatamente sobre isso. Falou que numa época em que a tecnologia e a informática estava ao alcance de todos, inclusive aos velhotes, o domínio sobre tais armas estava ficando em segundo plano e o que interessava, ou deveria interessar, às empresas era o capital humano.

Ele entendia que o diferencial dentro de uma empresa não era mais a máquina, o diferencial era a pessoa, era você e eu. Se a máquina é máquina e pode ser acionada por qualquer um, ou se o resultado é igual se todos acionarem da mesma maneira, terá melhores denominadores quem contar com as melhores pessoas, as mais capacitadas.

Quer dizer, depois de uma tempestade de verão, como quase todas as tempestades, a máquina voltou ao lugar de onde nunca deveria ter saído, o de assessorar o homem em suas capacidades sem jamais suplantá-lo.
As empresas, segundo Waldez, deveriam investir pesado no capital humano, que é o grande patrimônio que ela tem. Não se busca somente mais uma pessoa no departamento; Busca-se mais do que uma pessoa, busca-se alguém que seja reconhecido como gente. Gente é mais do que pessoa.

Mas, veja bem, se entendemos que as pessoas fazem o diferencial, se as pessoas determinam resultados por que razão deixamos participar de nossas vidas pessoas de mau agouro, pessoas pessimistas e negativas? E, ainda, será que somos daqueles que acrescentam às vidas de outros, ou nossas presenças podem ser descartadas? O que seria pior, uma ausência não notada ou uma presença despercebida?

Qual a diferença que fazemos no meio em que vivemos? Já que somos melhores que máquinas bem que esse ano poderia ser nosso, um ano de exercermos nossos talentos, um ano de brindar aos que convivem conosco as nossas melhores habilidades.

Esse é o nosso ano, ano de brilhar, ano de corresponder porque...bem, porque...porque puta que pariu... porque só depende de nós, só de nós e somos maiores que qualquer máquina.


por Jorge Anunciação.

Ninguém é substituível !!!



Na sala de reu nião de uma multinacional o Diretor nervoso fala com sua
equipe de gestores.

Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça:
"ninguém é insubstituível"!

A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.

Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.

De repente um braço se levanta e o Diretor se prepara para triturar o atrevido:

- Alguma pergunta?

- Tenho sim. E Beethoven?

- Como? - o encara o Diretor confuso.

- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?

Silêncio…

O funcionário fala então:

- Ouvi essa estória esses dias, contada por um profissional que
conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal as empresas
falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam
achando que os profissionais são peças dentro da organização e que,
quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar. Então,
pergunto: quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi?
Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis
Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods?
Albert Einstein? Picasso? Zico? Etc.?…

O rapaz fez uma pausa e continuou:

- Todos esses talentos que marcaram a história fazendo o que gostam e
o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E,
portanto, mostraram que são sim, insubstituíveis. Que cada ser humano
tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma
coisa. Não estaria na hora dos líderes das organizações reverem seus< br>conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua
equipe, em focar no brilho de seus pontos fortes e não utilizar
energia em reparar seus 'erros ou deficiências'?

Nova pausa e prosseguiu:

- Acredito que ninguém se lembra e nem quer saber se BEETHOVEN ERA
SURDO , se PICASSO ERA INSTÁVEL , CAYMMI PREGUIÇOSO , KENNEDY
EGOCÊNTRICO, ELVIS PARANÓICO… O que queremos é sentir o prazer
produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e
melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos. Mas cabe aos
líderes de uma organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus
esforços, em descobrir os PONTOS FORTES DE CADA MEMBRO. Fazer brilhar
o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.

Divagando o assunto, o rapaz continuava.

- Se um gerente ou coordenador, ainda está focado em 'melhorar as
fraquezas' de sua equipe, corre o risco de ser aquele tipo de `técnico
de futebol', que barraria o Garrincha por ter as pernas tortas; ou
Albert Einstein por ter notas baixas na escola; ou Beethoven por ser
surdo. E na gestão dele o mundo teria PERDIDO todos esses talentos.

Olhou a sua a volta e reparou que o Diretor, olhava para baixo
pensativo. Voltou a dizer nesses termos:

- Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os
rios seriam retos não haveria montanha, nem lagoas, nem cavernas, nem
homens, nem mulheres, nem sexo, nem chefes, nem subordinados… Apenas
peças… E nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões faleceu. Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em
cena e falou mais ou menos assim:"Estamos todos muito tristes com a
'partida' de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo,
chamamos:…NINGUÉM…Pois nosso Zaca é insubstituível." – concluiu o
rapaz e o silêncio foi total.

Conclusão:

PORTANTO NUNCA ESQUEÇA: VOCÊ É UM TALENTO ÚNICO! COM TODA CERTEZA
NINGUÉM TE SUBSTITUIRÁ!


"NO MUNDO SEMPRE EXISTIRÃO PESSOAS QUE VÃO TE AMAR PELO QUE VOCÊ É… E
OUTRAS… QUE VÃO TE ODIAR PELO MESMO MOTIVO… ACOSTUME-SE A ISSO… COM
MUITA PAZ DE ESPÍRITO…"

É bom para refletir e se valorizar!

"VOCÊ É INSUBSTITUÍVEL"!

Mamãe, a professora sumiu!!!



Quantas pessoas já não pensaram em como seria bom conciliar o prazer de continuar na cama quentinha com o dever de estudar. Pois essas pessoas provavelmente terão suas preces atendidas, visto que é cada vez mais forte o movimento em prol do estudo à distância. Uma nova forma de aprendizado que promete trazer vantagens (mas também desvantagens), algumas delas descritas neste texto.

Podemos imaginar que mudarão as desculpas para matar a aula: “não estava sem guarda-chuva”, “estava sem conexão”. O aluno não poderá mais dar uma maçã para professora, mas poderá enviar uma mensagem para seu avaliador, cheia de anjinhos, florzinhas e até fotos de maçã. Também não terá mais graça arremessar bolinhas de papel (atirar em quem?).

Os trotes escolares serão resumidos a algum tipo de vírus baixado no computador do calouro. Você não terá mais o endereço residencial de seus colegas, terá apenas o eletrônico, e eles serão reconhecidos pelo IP que usam. Todos os alunos terão carinhas de “smales” e não haverá mais problemas de distância na educação (poderá dizer para sua mãe que seu coleginha é japonês, e ele será mesmo, inclusive vivendo no Japão), porém, toda esta tecnologia tornará mais distantes as relações no mundo real (este lugar quase obsoleto, onde ainda vivemos).

Os ruídos de comunicação darão lugar aos erros de comunicação. Ao invés de não entender seu professor, você não entenderá o software educacional instalado em seu computador, achando que ele não gosta de você, e criando comunidades no orkut do tipo: “Eu odeio meu computador”. As discussões acaloradas de outrora, onde todos falavam e ninguém escutava, serão substituídas por discussões acaloradas em chats onde todos escrevem, mas ninguém lê.

As diferenças entre as classes sociais (ricos e pobres) não serão mais evidenciadas pelas roupas de grife (você poderá assistir às aulas pelado, que ninguém notará), e carros importados, mas poderão ser observadas pela potência de processamento e armazenamento das máquinas, e a velocidade da banda larga de cada um. Para que este tipo de ensino possa contemplar também públicos de renda mais baixa, haverá planos sociais de inclusão disponibilizados em lan houses.

Seu histórico escolar passará a ser chamado de log, registrando todos os seus erros em uma memória tão boa quanto à de qualquer esposa. A televisão que era, em muitos casos, utilizada como forma de entretenimento e aprendizado de inúmeras crianças quando não estavam estudando, terá no computador um reforço desta técnica, criando indivíduos literalmente através de caixas pseudo-educativas.

Enfim, a figura ultrapassada do professor fatalmente será substituída por uma programação de ensino e avaliação à distância, produzida por uma equipe técnica e pedagógica, que encapsulará tudo de forma fria e competente, parametrizando resultados e potencializando rendimentos, visando tornar seu público-alvo uma perfeita máquina biológica de aprendizado, mais eficiente e mais... Humana?

Por: Antonio Brás Constante.

domingo

O desafio da criatividade em nossa vida


Uma criança, ao ver a imensidão do mar pela primeira vez, disse espantada: “Pai, me ajude a ver”. A criança viu o mar quando ele estava calmo, e não revolto, quando o vento sopra forte gerando grandes ondas. O mar, com o tempo, também se transforma em um mar de problemas, quebrando, assim, a magia do olhar infantil.

O mundo adulto pode entrar em águas perigosas, nas quais o desencanto afoga o encanto, a alegria naufraga nas lágrimas da tristeza e já não há um pai a quem perguntar; e frente ao desamparo muitos buscam Deus, como um norte diante da morte. Outros só creem na razão, e também há os que ficam sem perceber o espetáculo que é a água e a terra, o visível e o invisível, e tendem a se entediar, queixando-se muito da crueldade e da mesquinhez do cotidiano.

Para vencer o desafio da criatividade, é preciso, às vezes ao menos, aprender a viver com arte, é preciso viver dentro da arte, da arte de amar. Entrar nas intimidades das palavras e dos corpos, descobrindo as fantásticas histórias de um e do outro.

Há os que conseguem tudo isso em harmonia com a natureza e, mesmo sem jamais ter percorrido as páginas de um livro, emocionam-se com as tonalidades celestes, com os matizes dos verdes e ainda desfrutam dos cantos dos pássaros.

Também há os que criam uma nova comida com cheiros misteriosos, os que sabem ter sonhos e práticas eróticas, entre tantas situações de gozo e reconciliação com a frágil condição humana. Sem esquecer os que buscam, na literatura e no cinema, os momentos em que o artista torna acessível a todos o show do verso e da imagem.

Para vencer o desafio da criatividade, é preciso aprender a arte do espanto, que desafia o tédio ao criar todos os dias um novo dia, em todas as conversas uma nova conversa. Viver com arte é observar como as crianças brincam, como ficam absorvidas em cada brinquedo.

Uma vez, um conhecido disse em tom depressivo que sua vida seguia igual, tudo estava mais ou menos, sem novidades. Perguntei-lhe então como se divertia quando era pequeno, e logo contou que tinha um carrinho em que podia entrar e dirigir; imaginava então corridas e obstáculos, que precisava desviar à direita e à esquerda. Ao concluir a recordação, sentiu-se animado, e então lhe perguntei por que quando criança se divertia tanto mais que agora. Ele ficou um pouco envergonhado, percebendo minha intenção: se fora capaz de brincar e se divertir antes, por que não agora?

Viver com arte é enfrentar os desafios, é recuperar os tempos em que tudo era emocionante: o mar, os carrinhos, as bonecas, as formigas, o gato e o cachorro, os cheiros, os amores e os livros. Só não me perguntem se tudo isso segue valendo a pena, porque esse é o desafio de cada um, isto é, o de ampliar a alma, enriquecer sua espiritualidade; porque, se a vida é muitas vezes trágica e sofrida, é também engraçada e divertida. Viver com arte é viver dentro da arte, é ser parecido com os artistas, ou melhor, é ser um artista exagerado e excitado com o cotidiano desafio da criatividade...

Por:Abrão Slavutzky, Psicanalista.

Você daria dinheiro para uma escola pública?



Veja, caro leitor, que campanha interessante lançada neste fim de semana pelo "The New York Times". Mas duvido que pegasse no Brasil, onde não temos uma cultura de filantropia --e onde a educação pública está longe de ser uma prioridade nacional.

A prisão de alunos que cabulavam aula, em São Paulo, é apenas mais uma daquelas notícias recorrente sobre a qualidade de nossas escolas públicas.

Um dos mais importantes jornais do mundo, o "NYT" está pedindo doação em dinheiro aos americanos. Motivo: quer entregar de graça jornais para escolas públicas de todo os Estados Unidos.

A ideia central é a seguinte: a leitura de um jornal de qualidade ajudaria a educação dos estudantes. É um negócio, óbvio, para o jornal, que vai cativar leitores e aumentar suas vendas. Mas também é um bom negócio ao país. E custa quase nada para quem faz a doação. Portanto, é também uma boa para quem quer ajudar alguém e não tem muito dinheiro.
Fico imaginando quantas críticas mesquinhas seriam feitas, no Brasil, contra uma campanha contra desse tipo. Ainda temos muito a aprender sobre a importância da responsabilidade individual diante de problemas coletivos.

Em essência, nós, brasileiros, falamos muito em direitos e pouco em deveres. Sou dos que acham que deveríamos ensinar, desde a escola, que trabalho comunitário não é favor, mas obrigação.

Todos deveríamos, pelo menos, ajudar a escola pública no bairro.

Por: Gilberto Dimenstein, integra o Conselho Editorial da Folha de São Paulo.
E-mail: palavradoleitor@uol.com.br

Você tem feito sua parte??? reflita sobre isso...

quinta-feira

Patriotismo, em tempos de 15 de Novembro…



Era muito jovem quando aprendi que o cidadão deveria devotar especial sentimento, tanto à sua pátria quanto à bandeira e ao hino, como forma de adicionar seus interesses aos das outras pessoas, estabelecendo “um estado forte”, onde todos, ao viverem sob a influência das mesmas leis, as respeitassem, com um ânimo maior do que quem somente defende seus interesses, ambições e desejos particulares.
Em minha “meninice”, também assimilei que os reais amantes da pátria teriam condições de unirem-se entre si, e, juntos, influenciarem, para que os “tesouros realmente públicos não viessem a se tornar patrimônio de particulares”. Entendia ser este um sentimento que, ao lado das leis, deveria sustentar a democracia, fortalecendo meu Estado e minha Nação.
Ao adquirir a maturidade, oferecida pelos anos de vida, verifiquei que, em nosso país, essas verdades não possuíam sustentação sólida. A bandeira só é desfraldada em dias de jogos da seleção de futebol. “Ouviram do Ipiranga às margens plácidas” é uma canção cuja letra poucos declamam e a “pátria” só é respeitada quando se está “de chuteiras”, sem falar na permanente confusão “entre o público com o privado”, uma prática que o brasileiro, principalmente os que possuem poder de mando, dominam com desenvoltura tão exuberante, não encontrando competidor em quase nenhum lugar do mundo.
Aos quinze anos, tive a oportunidade de concluir o curso secundário no “Colégio La Serna”, em Los Angeles. Viviam os descendentes do “Tio Sam” os estertores da guerra do Vietnã. Ainda hoje não consigo esquecer que, nove em cada dez americanos, usavam, em seu pulso, um bracelete, onde estava escrito o nome de um soldado e, ao lado, a sigla, “pow” (prisioneiro de guerra) ou “mia”(morto em ação). Era, aquela, uma forma de demonstrar ao mundo o “orgulho” pelos que ofereceram a vida e liberdade à sua pátria.
Dias atrás, estive em Nova York, no dia 11 de setembro, dez anos após o atentado às torres gêmeas. O país inteiro chorava as vítimas daquela chacina. A frase “never forget” (nunca esquecerei) estava estampada em todos os quadrantes da cidade enquanto bandeiras americanas enfeitavam carros, lojas, edifícios, ruas, postes e calçadas. Os que morreram naquela ocasião deixaram de pertencer às suas famílias e passaram a ser “orgulho e heróis da nação”.
Enquanto isto, no Brasil, onde as flâmulas do Vasco e Flamengo tremulam mais do que o pendão verde e amarelo, onde “Neymar”, “Bruna Surfistinha” e “um monte de aloprados fichas sujas” são mais venerados do que “cientistas e pessoas do bem”, ações repugnantes prevalecem, retratando o país que se corrompe e enfraquece.
Nunca é tarde, porém, para recordar, o que Rui Barbosa um dia declarou: “A pátria não é ninguém, são todos. O patriotismo se apura e se cultiva pela prática das virtudes sãs e sólidas que formam os povos fortes e viris”.
Sobre o autor:
Alberto Rostand Lanverly
Professor da Ufal e membro da AML e do IHGAL

quarta-feira

O papel marcante do professor em nossas vidas



O saber humano é imensurável e não cabe em uma biblioteca, em uma rede virtual, muito menos na cabeça de uma pessoa. Somos seres que apreendem o que precisam, mas alguns vão um pouco além e especializam-se em uma ínfima parte de um saber, tornando-se especialistas de uma área ignorada pela maioria.
Uma instituição de ensino, mesmo que conte com doutores, pós doutores, mestres e especialistas, jamais conseguirá contemplar todos os interesses, todas as subjetividades, todos os pendores e todos os sonhos das pessoas que abriga.

Um professor portanto, estando à frente de uma classe só conseguirá atingir seus alunos, ou alguns alunos, pelo seu modo de ser, pelo jeito com que instiga a curiosidade, pelas marcas humanas que imprime nas tantas aulas que ministra. O conteúdo científico sempre será pequeno, sempre estará aquém do que os alunos devem receber. O que fica de seus esforços é o que será levado para a vida, o que poderá servir de empurrão, ou de desalento.

Um professor deve contar com a curiosidade da classe, sem o que pouco ou nada poderá fazer e o que é digno de ser aprendido será desperdiçado por conta da falta de interesse. Esse é o ponto em que estamos nos perdendo, na falta de interesse dos alunos, na falta de interesse do professor que tem a sensação de estar jogando pérolas aos porcos e pela instituição de ensino, que é onde tudo respinga, tanto o que é bom, quanto o que é ruim e que, ao invés de cumprir seu papel de gestora de boas práticas didáticas, de produtora de arte e de beleza, passa a se preocupar com disciplina, com ausências de professores, com evasão de alunos, com desempenho medíocre da comunidade acadêmica e escolar.

O privilégio de ter um professor marcante é a salvação de tantas e tantas pessoas, que, motivadas, procuram aprender mais, pesquisam, perguntam, animam-se com as próprias conquistas, não dependendo só da Universidade ou da escola onde estudam para realizar suas aspirações acadêmicas. Esses foram marcados por uma figura de primeira categoria, que conseguiu tocar suas almas e comunicou sua humanidade de uma forma grandiosa e essencial.

É para esses professores e professoras que a sociedade deve muito, pois espíritos universais proporcionam a possibilidade de seus educandos darem uma olhada no todo, dão as ferramentas para que dêem um passeio abrangente pelo conhecimento humano e, a partir daí, de forma livre, fazerem suas escolhas.

Sejam sempre felizes Professor e Professora, heróis que carregamos com muito carinho pela vida afora.

Sueli Gehlen Frosi.

sábado

Escola Árabe: Saiba como funciona...

Se estivéssemos sob regime islâmico hoje, esta seria a forma de ensino de
nossos
filhos, uma forma de faze-los "obedecer ao sistema", imperdoável.
Este filme foi feito no mês passado em Gaza.





Incrivel como existe pessoas assim, e ainda essas pessoas acreditam que esse regime é adequado para a formação de pessoas!!!!!!!! Agora entendi porque as crianças já nascem com vontade de explodir o corpo. Para viver sob um regime assim, é melhor morrer!!!!

Recebido por uma colaboradora do blog. Faça aqui seu comentário

quinta-feira

Você tem o perfil de líder? leia e confira!



Uma das primeiras experiências de convivência em grupo ocorre na escola, é onde aprendemos a dividir nossas coisas e a atenção com os outros.

Crianças e adolescentes vão demonstrando seu comportamento, sendo mais ativo ou passivo. Toda turma conta com um presidente e um vice, os quais escolhem por acharem que estes têm uma voz mais ativa e gostam de ajudar a resolver os problemas. É a partir daí que começamos a identificar quem possivelmente ocupará cargos de liderança.

Desde pequenos já demonstramos nossas preferências e começamos a desenvolver nossas habilidades. Através das brincadeiras podemos exercitar o nosso comando, neste momento alguns podem impor mais suas vontades e outros preferem que decidam e digam como devem proceder. Este aspecto também depende do contexto em que a criança está inserida, podendo ter diferentes comportamentos, por exemplo, há crianças que na escola são mais quietas, porém no grupo de amigos mostram-se mais ativos.

Com nosso crescimento e amadurecimento algumas características irão se confirmando e outras poderão ser reveladas. Todos em algum momento podem exercer o papel de liderança seja com os filhos ou no trabalho. Alguns sentem mais facilidade neste processo e outros têm mais dificuldade, podendo optar por cargos onde não tenha que exercer a gestão de uma equipe de trabalho.

A liderança não é conquistada junto com um cargo, o nome Gerente não quer dizer que você seja um líder. Da mesma forma há pessoas que não possuem um cargo de chefia, mas são reconhecidas pelo grupo como um líder, alguém a ser seguido.

Há muitas definições de liderança, cito a do livro O monge e o executivo: “Liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem comum”.

Há diversos estilos de liderança, não existindo uma fórmula mágica para ser um líder de sucesso, pois isto depende do contexto e da situação.

Existem características que podem ser desenvolvidas e trabalhadas em cada um, para que possam melhorar e aprimorar em sua atuação, já que liderar é um desafio diário e constante. Autoconhecimento, auto-avaliação e reflexão sobre a forma que está conduzindo sua liderança podem auxiliar neste processo.


por Gisele Dala Lana.

Depois de ler o texto, você se identificou com ele? Tens perfil de liderança?

quarta-feira

É isto que iremos deixar???


Em um mundo regido por estereótipos, aparências e falsos princípios, é muito difícil descobrir no que acreditar, são tantas pseudo verdades, teorias conspiratórias, tantos recortes ideológicos, na tentativa de tecer um futuro digno para as futuras gerações, que acabamos por nos esquecer de viver a nossa. Acreditamos estar fazendo o certo, contudo deveríamos parar por um momento e nos perguntarmos se estamos tão certos assim, se este é o caminho a seguir, se estamos utilizando tudo o que nos foi deixado pelas gerações anteriores da forma correta, ou estamos repetindo inconscientemente os mesmos erros cometidos por eles no passado.

Continuamos resolvendo conflitos com violência, condenando atitudes alheias sem ao menos tentar entender o que levou a pessoa a agir de tal forma, ainda tentamos estabelecer parâmetros de normalidade física e comportamental, e como conseqüência de tudo isso, estamos nos esquecendo do que realmente é Ser Humano, pois estamos perdendo o limite, deixando que nosso instinto animal domine nossa razão, esta que sem dúvida, é a principal característica que nos coloca no topo da escala evolutiva.

Vivemos em um tempo em que não nos cabe mais o Fanatimos, a crença em verdades absolutas, pois as mesmas não são de domínio de nós seres humanos, não temos certeza de nada com exceção da morte enquanto matéria, tudo o que temos são hipóteses, independente do número de experiências cientificas ou pessoais, tudo não passa de hipótese. Isto não quer dizer que tenhamos que desacreditar de tudo ou não acreditar em nada, tudo que precisamos é debater idéias, procurar um bem comum, ninguém está totalmente certo, na mesma medida em que ninguém está totalmente errado, toda forma de saber é construção, e todo construto é formado de diversas variáveis, ou seja, sozinho ninguém é nada, mas juntos, unindo forças, idéias e ideais, somos infindáveis, já que a única coisa que fica para posteridade são os conceitos, que se seguidos da forma correta culminaram em grandes avanços, mas se distorcidos, acabarão deixando o mundo um caos, mais ou menos como o que nossa geração está presenciando.

By: Rivaldo Yagi

segunda-feira

Você sabe como estudar melhor?


A grande maioria dos brasileiros passa 12 anos sentados em cadeiras escolares. Mas então, uma dúvida costuma passar despercebida. Depois de tanto tempo na escola, será que sabemos o melhor jeito de estudar? E como podemos fazer para aprender mais e com maior facilidade?

Descobrir como você aprende
A primeira tarefa para ser um bom aluno e melhorar o desempenho, seja na escola, provas, concursos ou em vestibulares, é saber como você aprende. De maneira bem informal, costumamos ter hábitos que mostram o jeito que aprendemos. Seja guardar um recado na agenda, anotar tarefas diárias, ouvir conversas e gravar os fatos principais, ler imagens, propagandas, documentos antigos, ou memorizando os detalhes escritos. Assim, podemos descobrir se a nossa memória é visual, auditiva, ou se somos pessoas cinestésicas, que precisam do movimento como anotar as informações que recebe, repetindo-as e assimilando.

Estabelecer horários para estudar
Outra grande dica é a rotina. Todo ser humano, desde seus primeiros anos de vida, precisa de horários, hábitos e costumes. Isso dá segurança ao cérebro e ao nosso emocional. Por isso, dormir em horários próximos, alimentar-se e ter ações rotineiras faz com que tenhamos maior organização. Para estudar, é importante que os conteúdos sejam divididos. As ciências exatas precisam de mais atenção, as de linguagem de mais criatividade. As gerais precisam de busca de informações. Por isso é interessante distribuir todos os conhecimentos em dias da semana, ou turnos. Para que todos os dias sejam aproveitados sem exagero e desperdício. Outra idéia importante é relativa ao cansaço. Se estivermos cansados, não nos adianta tomar remédios, estimulantes, ou insistir. O sono é fundamental para o pensamento e a recapitulação do que foi estudado. Ir contra a vontade do organismo acaba por piorar a qualidade do trabalho, irritando inclusive o sujeito.

Conhecer seus limites e o que sabe mais
Todos nós temos capacidades e limitações. Umas habilidades desenvolvem-se com o passar dos anos, outras nos são poucos necessárias, ou não nos interessa. O que cabe aqui mencionar, é que conhecer nosso limite e nosso potencial é primordial quando nos preparamos para avaliações, por exemplo. Muitos candidatos sabem que são melhores em matemática do que em redação. Apesar de ambos serem essenciais, quando se tem pouco tempo a sugestão é que o conteúdo dominante seja aprofundado. Ter consciência do que já sabe, é a chave para avançar e ir além.

Fazer resumos e esquemas
Quando nos preparamos para grandes provas como a do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), avaliado pelo MEC para estudantes concluintes do Ensino Médio, ou alunos que desejem pleitear uma bolsa de estudos, a responsabilidade torna-se maior. Os conhecimentos necessários para uma prova extensa são muitos, gerando dúvidas no que estudar primeiro, o que estudar? Um bom método é realizar esquemas, resumos que contenham as principais informações, relacionando os temas com o dia-a-dia do ser humano. Quanto mais prático e real, menos distante revela-se a avaliação.

Dormir, alimentar-se e divertir-se!
E para finalizar, a época de estudos preparativos sempre nos desgasta, inquieta, aflige. Principalmente, quando as provas são tão importantes e decisivas para o aluno. Por isso, dormir bem, comer bem e destinar um tempo para ver amigos, passear, ficar com a família são atos necessários.

Um bom estudo requer planejamento e disciplina. Assim, todo estudante dedicado conseguirá alcançar seus objetivos.
Aguardo comentários e dúvidas.
Um grande abraço,


Por.Camile Gasparini.


domingo

Saudoso Bom Senso


Hoje, nós velamos o falecimento de um querido e velho amigo, Bom Senso, que ficou com a gente durante muitos anos. Ninguém sabe, com certeza, qual era sua idade, porque os registros de nascimento se perderam no meio da burocracia.

Ele sempre será lembrado por ter transmitido lições como, de quando se tem de sair da chuva para não se molhar, porque um só pássaro não faz o verão, que a vida nem sempre é justa e talvez tenha sido por minha própria culpa.

Bom Senso vivia com suas finanças balanceadas e em ordem (não gaste mais do que ganha) e com estratégias familiares salutares (os adultos, e não as crianças, são os que mandam).

Sua saúde começou a deteriorar, rapidamente, quando regulamentos bem intencionados, mas exagerados, foram instituídos.

Relatos de um menino de seis anos acusado de assedio sexual por beijar uma colega de classe, adolescentes suspensos da escola por usarem só antisséptico bucal após o almoço, e uma professora demitida por chamar a atenção de um aluno indisciplinado, apenas pioraram as condições de Bom Senso.

Bom Senso perdeu terreno quando pais agrediram professores, acusando-os de estarem fazendo o trabalho que eles próprios não conseguiam, para controlar seus filhos rebeldes.

Piorou mais ainda quando as escolas foram obrigadas a pedir permissão aos pais para administrar paracetamol, usar loção bronzeadora ou esparadrapo num estudante, mas eram impedidas de informar aos pais quando uma estudante ficava grávida e queria fazer um aborto.

Bom Senso perdeu a vontade de viver quando os Dez Mandamentos viraram contrabando, as forças policiais viraram grandes negócios e os criminosos receberam melhor tratamento que suas vítimas.

Bom Senso sentiu-se derrotado ao saber que você não pode defender-se de um ladrão que entra em seu lar e ainda é processado pelo assaltante por agressão.

Bom Senso, enfim, não quis mais viver quando, acidentalmente, uma mulher derrubou uma xícara de café escaldante em seu próprio colo e ela pleiteou e obteve, prontamente, uma enorme indenização.

Bom Senso foi precedido pela morte de seus pais, Verdade e Confiança, sua mulher, Discrição, sua filha, Responsabilidade, e seu filho, Razão.

Sobrevivem a ele, três enteados: Conheço Meus Direitos, Outra Pessoa É O Responsável e Eu Sou Uma Vítima.

Poucos compareceram para dizer adeus a Bom Senso, porque não repararam que ele se fora.

Se você ainda se lembra dele, passe para frente essa nota. Caso contrário, junte-se à maioria e não faça nada.


Por Walter Whitton Harri





Caso não consiga naturalmente, tome 1(um) comprimido pela manhã, tarde e noite.