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terça-feira

É necessária uma faxina urgente


A credibilidade de nossas instituições está sendo derretida no fogo das denúncias

Que precisamos de uma faxina no País, banindo corruptos públicos e privados, não resta dúvida. A usina de escândalos em que se transformou o Brasil exige mesmo uma esmiuçada em tudo que é suspeito ou que possa vir a ser . Mas a sensação que se tem é a de que vamos agindo como o elefante que, na busca pelo rato, destrói toda a floresta.
 A verdade é a credibilidade de nossas instituições, de nossas empresas, está sendo derretida no fogo das denúncias e dos malfeitos. “Mas é preciso apurar tudo, ir fundo nas investigações, na base do doa a quem doer”, dirão os indignados. É mesmo, é preciso apurar e punir.
Não deixando pedra sobre pedra no mundo da corrupção e da má gestão. Mas é possível fazer isto sem destruir o que não está carcomido? Esta é a grande questão, pois nosso futuro político vai depender muito do que vier daí.
A descrença geral, o desprezo a tudo, se vier “daselite” então nem se fala, aduba o terreno, tornando fértil a terra onde vão, inevitavelmente, crescer os discursos messiânicos, dos salvadores da pátria. Uma história que já conhecemos e que o País viveu em vários momentos de sua política.
Se o campo é fértil para novos messias, é estéril para o surgimento de li-deranças reais.
Não temos, até agora, alguém com um perfil que possa entusiasmar nosso povo. Tampouco temos um povo com maturidade para compreender que precisamos de um líder que fale a verdade. Alguém como Churchill na Inglaterra da Segunda Grande Guerra que chegou ao poder prometendo apenas “sangue, suor e lágrimas”.
Pois serão estes os ingredientes de uma luta verdadeira para a superação da crise e a tomada, não a retomada, de um caminho firme de desenvolvimento consistente e com justiça social.
Infelizmente nos fascinamos rapidamente por aqueles que em vez de proporem a construção de um caminho firme, nos apresentam atalhos, a princípio com paisagens maravilhosas mas que terminam no meio do cipoal e à beira do abismo.
Paulo César de Oliveira.
Revista Viver Brasil.
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