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segunda-feira

"Aos amigos do rei as benesses da lei. Aos inimigos, os rigores da lei."

Esta frase que desconheço a autoria representa bem o estado de degradação moral do governo, da política brasileira e das instituições jurídicas de nosso país. A maneira parcial como a Justiça vem tratando os políticos envolvidos nos escândalos a descaracteriza, desequilibrando sua balança e tornando a sua venda uma falácia. Podemos ver a correta aplicação da lei, no caso do ex-deputado federal José Genoino que, comprovadamente, participou da "estrutura de corrupção e suborno" e se atreveu a agir independentemente das outras "máquinas de corrupção" existentes nas diversas esferas de poder.
Esta atitude gerou prejuízos aos cofres públicos e causou muito mal-estar aos brasileiros, pois verbas da saúde foram desviadas causando, em última análise, mortes no sistema de saúde. O lugar certo para Genoino e sua turma é mesmo a prisão, mas ele foi beneficiado com o perdão judicial, não precisando nem mais cumprir os três anos e quatro meses de pena que ainda restavam. Que coincidência, logo um amigo do rei... Quanto presos estão há anos esperando por este benefício e não conseguem. Quantos foram presos por crimes famélicos para comer e não receberam o perdão judicial da presidente, mas o companheiro de golpe, sim, merece.
A presidente emitiu um decreto que, "por coincidência", beneficiou seu companheiro de partido" concedendo indulto natalino a presos de todo o país que atendessem a determinados critérios. E como o Judiciário "cumpre" ordens do governo por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) atestou que o petista preenche os requisitos e efetivou o benefício.
O ilustre ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso, determinou a expedição do alvará de soltura do amigo petista, e nem será necessário aguardar a publicação do acórdão no Diário da Justiça - igual a outro preso comum que teria que esperar a publicação.
O condenado a criminoso Genoíno recebeu pena de quatro anos e oito meses, mas teve passagem rápida pelo sistema prisional em decorrência da própria legislação penal. Ele foi preso em 15 de novembro de 2013. Logo depois, foi transferido para a prisão domiciliar por problemas de saúde que não foram comprovados e negados em laudos médicos, mas, mesmo assim, o sistema prisional foi condolente com ele. Em maio do ano passado, voltou para a prisão, onde permaneceu por três meses somente.
Em que pese ser um ato discricionário, tal decisão que libera o Genoíno é um tapa na cara da sociedade e afronta os princípios da moralidade diante de tudo que está acontecendo com os envolvidos no Mensalão. Todo dinheiro roubado nos leva a pensar que está valendo a pena ser "ladrão no Brasil se for amigo do rei". O que dizer aos cidadãos de bem que dão duro no dia a dia para conseguir suportar a carga tributaria brasileira e a ausência de serviços básicos como segurança, saúde e educação? Como ficamos em um país com atos amorais como este que vêm sendo praticados pelo governo?
É lamentável! Chego a ter vergonha de ser brasileiro.


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Vitórias e vencedores – recomendações para o sucesso

Existem temas que são recorrentes, este é um deles. Já escrevi sobre lições de vida, formulei conselhos para chegar ao topo e tratei das regras básicas para vencer na vida. Já falei sobre derrotas e vitórias e seus desfechos. Já elenquei vencedores e perdedores, e suas receitas para o caminho da felicidade. Remontei exemplos de sucesso do mundo dos esportes, tratei também de dedicação e foco. Já tributei o sucesso ao planejamento e a disciplina.
Hoje quero tratar de outro componente do sucesso que muitas vezes fica esquecido durante o percurso, a arte de aprender sempre.
Este tema não é novo, já o retratei de diversas formas e gostaria de retomá-lo amparado no título do livro do americano John C. Maxwell.
A publicação postula à idéia de que às vezes você ganha, às vezes você aprende. A publicação é um achado sobre a arte de aprender com as derrotas, transformando perdas em ganhos.
Parafraseando Fernando Pessoa aprender é preciso, vencer nem sempre, quero expressar o grande segredo dos indivíduos de sucesso. Entenda que nem sempre é possível vencer, nem sempre é possível ganhar todas, mas aprender sim. A melhor oportunidade de aprender é diante de uma derrota iminente, ou concretizada. As maiores lições e as mais verdadeiras são elaboradas nos momentos de dor e fracasso. Não existe segredo, às vezes você ganha e quando não for possível ganhar, aprenda.
Vencedores não são aqueles que ganham sempre, mas aqueles que aprendem sempre. Não são as vitórias que forja vencedores, são as lições e os aprendizados que se acumulam durante a caminhada.
As vitórias são momentos importantes para auto-estima e para o ego, mas são as derrotas que estimulam a aprendizagem e que forjam homens de sucesso. São as derrotas que calejam os pés, e transformam suor e lágrimas em combustíveis para o sucesso. Vencer é diferente de ter sucesso.
Não são as vitórias que fazem os vencedores, mas a bagagem de aprendizados adquiridos durante o percurso. Vencedores são aqueles que não perdem nunca, pois onde todos vem derrota, eles capitalizam como momentos privilegiados de aprendizagem. Se navegar é preciso aprender também, se viver não, vencer nem sempre. Não desperdice as maiores lições da sua vida rumo ao topo, aprenda a transformar derrotas e fracassos em aprendizados e sucessos futuros. Ande no sentido da luz.


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domingo

Sepse mata 240 mil pessoas por ano no Brasil

25% dos pacientes acometidos pela doença desenvolvem Injúria Renal Aguda, motivo da internação de Pelé no mês de novembro
Segundo dados recentes do Instituto Latino Americano da Sepse (ILAS), o Brasil tem uma das taxas mais altas de mortalidade do mundo pela doença. Cerca de 400 mil novos casos são diagnosticados por ano e a taxa de mortalidade por sepse no país é de 60%. Uma das razões para este índice é que somente 56,7% dos casos de sepse são diagnosticados a tempo de serem tratados.
Conhecida popularmente como infecção generalizada, a sepse é uma inflamação generalizada provocada pelo próprio organismo, em resposta a uma infecção que pode estar localizada em qualquer órgão. Uma das consequências mais graves é a parada completa do funcionamento de um órgão vital, com risco de morte quando o diagnóstico não acontece precocemente. De acordo com o ILAS, 25% dos pacientes com sepse desenvolvem Injúria Renal Aguda (IRA), doença que acometeu Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, na internação ocorrida no mês de novembro do ano passado, no Hospital Albert Einstein.

Comparada a um “ataque do coração”, a IRA é um “ataque dos rins”. Segundo o nefrologista Emmanuel Burdmann, membro da Comissão de Injúria Renal Aguda da Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN, na sigla em inglês), “existem evidências que sugerem ser benéfico para o paciente iniciar a terapia renal substitutiva de forma precoce em casos de IRA”. Diferente da hemodiálise comum, utilizada no tratamento de pacientes com doenças renais crônicas, a terapia indicada para casos de IRA em pacientes com sepse e instabilidade hemodinâmica é a hemo-filtração veno-venosa contínua. “Este equipamento realiza um tipo de diálise contínua e lenta, que pode ficar em funcionamento durante dias. A máquina possui regulagens e dispositivos que a tornam mais segura neste tipo de situação”, explica o especialista.


Tratamento indicado
Ainda não incorporada pelo Sistema Único de Saúde, a máquina que realiza este tipo de diálise não está disponível para toda a população. “Todos os hospitais deveriam ter diálise disponível; serviços que recebem os pacientes mais graves deveriam ter este tipo de máquina. São os hospitais com grande número de cirurgias complexas, com muitos leitos de UTI, e serviços de emergências grandes e ativos, como por exemplo o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC/FMUSP), a Santa Casa de São Paulo e o Hospital São Paulo, da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)”, afirma Burdmann.


Conhecida popularmente como infecção generalizada, a sepse é uma inflamação generalizada provocada pelo próprio organismo, em resposta a uma infecção que pode estar localizada em qualquer órgão. Uma das consequências mais graves é a parada completa do funcionamento de um órgão vital, com risco de morte quando o diagnóstico não acontece precocemente


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sábado

Professores do Brasil são tratados “no tapa”

Estudo mostra que violência é diferente em escolas públicas e privadas. Pesquisa diz que 12,5% dos professores brasileiros já foram agredidos
Em um clipe de 1980, produzido pela banda Pink Floyd, as crianças são chamadas para cantarem em uníssono: “Não precisamos de nenhuma educação”.
É a manifestação pop de uma era em que a coação partia dos professores.
Na maioria das vezes, eles estavam avessos ao cuidado com a individualidade dos jovens. E os humilhavam em sala.
O hit “The Wall” configura a imagem de adolescentes revoltados com a padronização do ensino. Com ele, vem à tona a necessidade de destradicionalização do ensino clássico.
Um vídeo divulgado, ontem, – em que um aluno agride uma diretora de escola por meio de um tripé de ferro – é a demonstração de que os questionamentos do Pink Floyd estão de fato superados. A nova era, pensemos, é de confronto, conflito, insubordinação e violência.
O que antes era atração agora se revela como repulsão.
Como faz crer Edgar Morin, com sua expressão “espírito do tempo”, o fator determinante desta mudança de paradigma é o encontro de contas entre a falta de investimento em uma profissão e o aumento da desigualdade social cimentado por quebras do mundo tradicional e que afeta os estudantes.
BELO HORIZONTE
O caso divulgado ontem ocorreu em Belo Horizonte (MG). O estudante já foi encaminhado ao juizado de menores e existe a denúncia de que tenha agredido outros funcionários da escola.
Mas vários outros fatos violentos têm ocorrido na mesma proporção e ritmo com que se coloca o Brasil no topo dos países campeões de agressão contra os professores.
A pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre aprendizagem (Talis) entrevistou 14.291 professores do Brasil, além de 1.057 diretores de 1.070 escolas. E uma das perguntas do levantamento realizado em 2014 mostra que 12,5% deste quantitativo já sofreu alguma forma de agressão. É um dado vexatório para o Brasil.
A pesquisa mostra ainda que, no Brasil, o professor gasta 20% de seu tempo em aula procurando manter a ordem dentro da sala de aula.
O índice de violência contra os professores brasileiros é o maior do mundo. Países como Coreia do Sul e Romênia apresentam índice zero.
O tempo gasto para colocar a sala em ordem é de 13% nos países analisados pelo Talis, o que revela uma grande diferença da experiência brasileira.
Michelle Beltrão Soares e Laêda Bezerra Machado, que investigam as causas da violência contra os professore, acreditam que os alunos violentos utilizam a escola para reproduzir suas frustrações. “Mesmo os alunos que não atribuem os valores esperados à instituição escolar, não ficam impassíveis a ela, utilizando-a como palco para a manifestação e expressão de suas frustrações, incluída aí a violência contra o professor”, dizem.
A pesquisa ainda revela que existe uma diferença do discurso dos professores de escolas privadas com os que frequentam as escolas públicas. “Em estabelecimentos escolares públicos, onde os alunos são mais vulneráveis à desigualdade social, podem existir mais e mais graves situações de violência contra o professor”.
Dirk Van Damme, que chefiou a pesquisa Talis, disse que a escola atual é diferente, mas em todos os países do mundo. “A grande questão é que o estudante leva seus problemas para a sala de aula”.
Violência típica começa por nota
O padrão de violência, que ocorre dentro da sala de aula, é quase sempre motivado pelo sistema de recompensa do aluno, que se vê frustrado com a correção das provas.
Não existem pesquisas quantitativas sobre este fato, mas apontamentos qualitativos. “Realizamos uma sondagem das motivações com três professores goianos. Os três revelam problemas comuns por conta das notas. Eles reconhecem que existem avaliações equivocadas, mas os alunos se irritam no momento. Talvez, a correção de provas e entrega não deveriam ocorrer como hoje, com liberalismos e muitas pessoas em pé”, sugere Janaína Siqueira, educadora que pesquisa as relações de poder dentro das salas de aula.
Um caso clássico ocorreu, em 2012, com direito a troca agressões físicas. Um aluno de 15 anos discordou da nota de Inglês, no Colégio Santa Cecília, em Santos (SP).
Em situação de extrema agressividade, o aluno pegou o diário de classe e apagou a nota. Em seguida, descontrolado, atacou a professora, jogando-a no chão e a agredindo de forma violenta. 

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PT recebeu US$200 milhões de propina

As notícias de jornais não mentem quando afirmam no pronunciamento de Pedro José Barusco Filho, que o PT havia recebido entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões de propina desviada dos 90 maiores contratos da Petrobras; assim também da refinaria Abreu Lima, em construção em Pernambuco. Barusco afirmou que o tesoureiro do partido, João Vacarri Neto, teve "participação" no recebimento desse suborno. Isso ocorreu pelas mãos de Vacari Neto; de acordo com ele, teriam passado US$ 50 milhões. Barusco em seu testemunho, disse que houve pagamentos até fevereiro do ano passado. O depoimento foi prestado em novembro de 2014 e ocorreu logo em seguida após decisão do juiz federal Sérgio Moro, que colheu sigilo das investigações da nona fase da Operação Lava Jato.
 Foi afirmado que Vaccari participou pessoalmente de um acerto fechado entre funcionários da Petrobras e estaleiros nacionais e internacionais relativos a 21 contratos para construção de navios equipados com sondas, contratações que envolveram ao todo cerca de US$ 22 bilhões. 
No meio de tantas informações, essa combinação envolveu o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, João Vaccari Neto, o declarante (Barusco) e os agentes de cada um dos estaleiros, que deveria ser distribuído o percentual de 1%, posteriormente para 0,9%, declarou Barusco. Segundo delator, desse 1% sobre o valor dos contratos, a divisão seria da seguinte forma: "2/3(dois terços) para Júlio Vaccari, e 1/3 para "Casa 1" e "Casa 2". Barusco afirmou que estão envolvidos outros funcionários da Petrobras no esquema. A "Casa 1", segundo o ex-gerente, era o termo usado para o pagamento de propina no âmbito da Petrobras, especificamente para o diretor de Serviços Renato Duque e Roberto Gonçalves, o qual substituiu o declarante na gerência executiva da Área de Engenharia". A "Casa 2" referia-se "ao pagamento de propinas no âmbito da Sete-brasil, especificamente para o declarante, João Carlos de Medeiros Ferraz, presidente da empresa e, posteriormente, também houve a inclusão de Eduardo Musa, diretor de participações da empresa". Foi dito que durante o depoimento, Barusco entregou à força tarefa da Lava Jato uma série de documentos que, segundo ele, comprovam os pagamentos realizados pelos estaleiros para contas bancárias realizadas na Suiça e sob controle de diversos operadores do esquema, incluindo Renato Duque, ex-diretor de Serviços indicado pelo PT. Barusco afirmou que um dos pagamentos foi de US$ 2,1milhões do estaleiro Jurong para Renato Duque, na Suiça.
Até março de 2013, segundo Barusco, João Vaccari já havia recebido um total de US$ 4,52milhões do estaleiro Kepell Fiels.Vaccari era identificado numa tabela de pagamento de valores pela sigla de "Moch", que significa "mochila", uma vez que o declarante quase sempre presenciava Vaccari usando mochila". Todos sabem que o roubo constitui uma culpa tanto mais grave quanto maior o valor é o valor do bem subtraído e quanto maior a privação que causa a seu possuidor.
O roubo se perpetua das formas mais variadas e, infelizmente, tem-se, por vezes, a impressão de que os mais graves delitos, são as menos punidas pela justiça humana. Não obstante, despreza-se o direito e a justiça, pela imposição de pessoas poderosas que utilizam várias formas de distorcer a verdade dos fatos e acontecimentos em suas vidas. Todos devemos honrar os nossos direitos, agindo na boa fé de nossas atitudes nas empresas, no trabalho e na sociedade.

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sexta-feira

Já vi esse filme antes: e pode ser a história da sua vida profissional!

Gosto muito de cinema e isso me faz, sempre que possível, ler críticas de especialistas sobre o que está sendo exibido. Em uma delas, um comentário publicado em uma revista de grande circulação aqui no Brasil me chamou a atenção. Nela, o crítico opinava sobre determinado filme e comentava que a direção era, no mínimo, insossa; afirmava que o enredo era fraco, que a música também não despertava o interesse do público e por aí ia. Até que chega um momento que ele faz um comentário positivo: o desempenho da atriz principal, que valia a pena até mesmo pagar o ingresso só para ver a atuação dela. Em sua opinião, a interpretação era algo memorável!
Automaticamente criei um paralelo entre o filme e um cenário organizacional. Alguma vez você já viu uma empresa, onde um dos únicos pontos de destaque era um determinado colaborador? Eu já! E várias pessoas comentavam que era aquele colaborador que "carregava" a empresa.
Assim, o primeiro fator a comentar é: como é possível que uma empresa chegue a esse nível? O que pode ter causado isso? Uma das possibilidades é a falta de humildade dos gestores. Deixe eu me explicar melhor: já vivenciei situações nas quais as ideias ou a condução de um determinado projeto apresentavam sinais evidentes de que não funcionariam bem, não trariam os resultados esperados. Mesmo assim, os gestores, por se sentirem os pais de tudo, não praticaram o desapego nem foram humildes o suficiente para reconhecerem ideias que poderiam apresentar melhores resultados.
E o que era previsível aconteceu: os resultados ficaram abaixo da expectativa gerada. E o que foi pior: pessoas externas à equipe e alheias ao processo de condução do projeto creditam o fracasso a todos os integrantes e não apenas ao gestor que não soube fazer a gestão. Em outras palavras: a competência de cada liderado é questionada e a imagem comprometida.
Para casos assim, concordo com um famoso consultor que, ao orientar um profissional que estava passando por situação semelhante à citada acima, recomendou: "Não tente mudar a empresa; mude de empresa!".
E se o profissional que está vivenciando essa situação não muda de empresa? O que seria ele? Um mártir? Um pobre coitado? Um acomodado? Um inseguro, que não tem coragem de mudar? Apenas uma pessoa comprometida com a causa? O que pode acontecer com ele?
Neste momento, convido você a fazer algumas reflexões sobre as possíveis consequências na carreira desse profissional. Só que, neste momento, preciso da sua colaboração. Preciso que você reflita e chegue a algumas conclusões, sem a minha intervenção. Quem sabe você não está passando por essa situação?
E se estiver vivenciando essa situação? O que pode ser feito? É claro que você não pode, como é dito no Brasil, chutar o pau da barraca, largar tudo, pois isso seria um ato de irresponsabilidade, não é verdade? Por outro lado, acredito que não é uma boa ideia permanecer na mesma condição. Para essa situação, o que você acha de elaborar um planejamento e definir metas (e ações, óbvio!) para mudar os rumos da sua vida profissional?
Se você está vivenciando essa situação e não consegue se ver fora dela, pergunto: quais os motivos que estão levando você a pensar desta maneira? Eles realmente existem ou são frutos da sua imaginação fértil? Quais as origens deles? Saiba que, muitas vezes, somos nós mesmos que nos sabotamos, nós mesmos que não reconhecemos o nosso valor e a nossa capacidade, nós que criamos as maiores dificuldades para mudar...
Por outro lado, precisamos ter cuidado para não nos tornamos prepotentes, inconsequentes, irresponsáveis, orgulhosos, entre outros adjetivos não tão bem aceitos pela nossa sociedade, baseados em ideias excessivamente positivas a nosso respeito e que nem sempre correspondem à verdade. Lembre-se, equilíbrio é tudo!
Lembre-se também que nenhum ator é obrigado a aceitar qualquer papel que lhe é oferecido; que quando ele é bom no que faz e é reconhecido pelo público, é disputado pelos diretores gerando alterações nos valores dos seus cachês. E isso independe de faixa etária, beleza, raça etc. Ele é destacado pela forma de atuar. E trabalhos não faltam.
E se você é o próprio diretor? Aquele do qual já falamos várias vezes aqui? Você está se dando a oportunidade de ver além da sua própria realidade? Está fechado no seu próprio mundo? Cuidado: o "seu mundo" pode ser apenas uma partícula do mundo real e tantas coisas podem estar acontecendo aqui fora... É a hora de uma avaliação (ou reavaliação) do seu comportamento.
Assim, seja você ator ou diretor deste roteiro chamado vida, cuide-se para ser reconhecido pelo seu trabalho e evitar o pior: tornar-se um mero espectador.
Diante do que foi dito, só me resta dizer: então aja e seja feliz! Em tempo: o filme que serviu de mote para esse artigo não ganhou o Oscar!

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terça-feira

Hipertensão: o potássio como aliado da pressão arterial

O potássio é um elemento de origem mineral de extrema importância para o bom funcionamento do organismo humano. É encontrado em diversos alimentos de origem animal e vegetal, além de ser um nutriente fundamental para equilibrar a acidez sanguínea. Ele também tem funções de alterar a transmissão neural, a contração muscular e o tônus vascular. Por isso, na sua deficiência, podem ser observados sintomas como fraqueza muscular, câimbras, fadiga, alterações cardíacas, anorexia e apatia mental. Produtos como álcool, cafeína, uso excessivo de sal, açúcar e até estresse crônico contribuem para a redução do potássio no organismo.
A ingestão de potássio ajuda a regular a pressão e ameniza a quantidade de sódio no corpo, estimulando os rins a funcionarem melhor, eliminando-o e diminuindo sua concentração no organismo. Estudos mostram que a cada ingestão de 0,6g de potássio houve uma redução de 1mmHg dos níveis pressóricos. Dietas ricas em potássio exercem efeito positivo no tônus vascular pela redução da pressão arterial. A ingestão desse mineral também provoca maior redução da pressão em relação à dieta com teor de sódio reduzido. Dessa forma, sugere-se, como uma estratégia interessante em tratamento de hipertensão, o aumento das fontes de potássio, em vez de restringir apenas o consumo de sódio. Quanto mais baixos forem os níveis de potássio no sangue, maior o risco de hipertensão.

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS) a ingestão diária de potássio é de 3,5g. Porém, a maioria da população consome o dobro de sódio recomendado e menos do que o ideal de potássio. A entidade recomenda o consumo diário máximo de 5 gramas de sal, o que corresponde a 2 gramas de sódio. Porém a ingestão média do brasileiro é de 12 gramas por dia.

Boas fontes de potássio são semente de girassol torrada, uva passas, amêndoas, leguminosas, como feijão e ervilha. Vegetais de cor verde-escura, como espinafre e brócolis; frutas, como banana, mamão, melão, abacate; legumes e verduras, como batata, beterraba, tomate e cenoura. Outra fonte importante de potássio são os salgantes, um tipo de sal livre de sódio e à base de cloreto de potássio.

Esse alimento funcional é indicado para hipertensos ou pessoas que precisam fazer uma dieta hipossódica porque ajuda a controlar a pressão arterial, diminuindo a retenção de líquidos. De quebra, enriquece a dieta com potássio. No entanto, para indivíduos com função renal diminuída, como insuficiência renal crônica e aqueles em tratamento hemodialítico, a ingestão de potássio deve ser menor, pois os rins não conseguem excretar adequadamente esse mineral. A ingestão deve ser monitorada de forma frequente.

Em suma, o potássio é um mineral muito importante para o bom funcionamento do organismo. Por isso, consuma alimentos fontes e mantenha sua saúde em dia.

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sábado

Quem são os alunos nota dez?

Durante muitas e muitas décadas, a sociedade recorreu a um único parâmetro para separar os indivíduos bem-sucedidos dos malsucedidos. A inteligência intelectual - ou seja, o nível de conhecimento e a capacidade de raciocínio, planejamento e resolução de problemas, foi, por muito tempo, o principal fator analisado para que se fizesse essa divisão. O melhor exemplo disso aconteceu (e ainda acontece) nas salas de aula: alunos com boas notas no boletim são muito bem vistos por pais e professores; por outro lado, aqueles com médias mais baixas chamam a atenção, recebem broncas e, com frequência, são considerados menos capazes.
É grande a necessidade de mudarmos esse paradigma. Na infância, em especial, é preciso ficar atento a muitos outros aspectos para identificar os verdadeiros atributos e as dificuldades apresentadas pelas crianças.
Tenho quatro filhos e cada um deles me trouxe uma experiência completamente diferente. Precisei aprender, na prática, a compreender e lidar com personalidades distintas. A minha segunda filha sempre foi uma ótima aluna. Dedicada, tirava notas excelentes. Nascido dez anos depois, o meu terceiro filho seguiu outro caminho. Sua primeira nota vermelha apareceu no boletim da segunda série do Ensino Fundamental; a primeira de tantas outras. Compará-los, ainda que apenas com base no desempenho escolar, nunca foi uma possibilidade. Afinal, além da diferença de idade, meus dois filhos do meio apresentavam talentos e dificuldades muito particulares. As notas me serviam de parâmetro, mas jamais seriam suficientes para que eu avaliasse o desenvolvimento ou o potencial de cada um.
Hoje, quando eles estão na fase adulta, percebo claramente o quanto foi importante dar espaço para que crescessem no seu próprio ritmo e caminho. Com seus atributos tão específicos, eles encontraram as ferramentas de que necessitam para conquistar felicidade e bem-estar.
Compartilho essa história, como disse, apenas para reforçar minha proposta para a educação. É preciso olhar para a criança, observá-la para que tenha a oportunidade de mostrar seus talentos e dificuldades. Essas características, aliás, aparecem naturalmente, desde que nós, familiares e educadores, estejamos de olhos bem abertos. Basta uma simples brincadeira para que possamos observar, por exemplo, se estamos diante de uma criança introvertida ou extrovertida, líder, produtora, mantenedora, entre tantas outras possibilidades.
A capacidade intelectual serve como referência, assim como as aptidões emocionais e físicas. A criança precisa ser vista, não moldada dentro de valores preestabelecidos. Ela nasce pronta para se desenvolver com suas qualidades inatas. E, se puder ser reconhecida, crescerá em todas as suas inteligências. Basta que lhe ofereçamos a oportunidade e o direito de que seja apenas quem e como ela já é.
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segunda-feira

Os problemas não são dos outros

Não é novidade que fazer uso de produtos piratas, além de violar os direitos autorais de seus proprietários, age na contramão do crescimento econômico e da prosperidade do país. No Brasil, 50% dos programas de computador instalados são piratas, segundo estudo da BSA The Software Alliance. Esta atividade impede o crescimento do mercado e, consequentemente, a geração de novos postos de trabalho; além disso, a sonegação de impostos gera a concorrência desleal, uma vez que estes produtos não regularizados implicam, invariavelmente, no subpreço da oferta e, portanto, na captação fraudulenta da clientela.

Outra questão grave fica por conta da exposição vulnerável que os usuários ficam diante da falta de segurança e instabilidade desses serviços que ameaçam a integridade e o bom funcionamento dos sistemas, que não oferecem garantia, aperfeiçoamentos nem suporte técnico qualificado ao usuário.

É neste cenário que as empresas precisam estar cada vez mais atentas para o gerenciamento de softwares de sua organização. A atividade de Outsourcing, ou terceirização, é uma realidade cada vez mais comum, resultado de um mercado aquecido de TI que, segundo dados da IDC, deverá crescer 9% em 2014. Desta forma, um número crescente de empresas tem se especializado na prestação de serviços de terceirização de TI, que se oferece como uma oportunidade relevante de negócios. Entretanto, alguns cuidados precisam ser observados para que a atuação neste segmento do mercado e o crescimento obtido pelas empresas de Outsourcing se sustentem de forma legal.

É preciso estar alerta com os produtos e serviços disponibilizados ao mercado de seus terceirizados, especialmente, quando se tratam de programas devidamente licenciados, porque frente à Lei 9609/98 (art. 2, §5º) e aos padrões ISO de segurança da informação, regulamentados nas normas 27001 e 27002, o cliente precisa acompanhar de perto a forma como o serviço está sendo prestado, não podendo manter um comportamento passivo ou omisso em relação ao conteúdo do Outsourcing, para que não seja submetido a riscos judiciais decorrentes dessa relação. Sim, é de responsabilidade de cada cliente o gerenciamento desses softwares, sejam empresas ou seja o consumidor final.

Os contratos de licença de software normalmente inviabilizam a transferência do programa para terceiros (sublicenciamento, cessão, doação, arrendamento, empréstimo etc), desta forma é fundamental que as empresas de Outsourcing certifiquem-se sobre este direito de uso e busquem com seu fornecedor soluções que observem uma modalidade mais adequada ao negócio de cada cliente. Cada empresa, por sua vez, precisa analisar, minimamente, os seus contratos de serviço, para que não corra o risco de ser punida por uso indevido de propriedade intelectual.

A tendência de adoção desta modalidade de prestação de serviços é crescer, bem como a diminuição de uso de softwares piratas. Estar atento às regras e adoções legais irá ajudar não apenas a regularização dos ambientes de TI, mas principalmente aumentar a concorrência leal, impactando positivamente a economia no país.
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domingo

Ensinar é um exercício de imortalidade

 “Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música
não começaria com partituras, notas e pautas.
Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e
lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música.
Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria
que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas
escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e
as cinco linhas são apenas ferramentaspara a produção
da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes”.
Rubem Alves

Um dos temas recorrentes na comunidade docente diz respeito à aprendizagem. Sempre ouvimos e falamos sobre aprendizagem significativa, sobre a não aprendizagem dos nossos educandos, enfim, sobre o processo de aprender e ensinar.
Às vezes me pergunto se estamos efetivamente fazendo o questionamento de forma adequada e, se este mesmo questionamento tem nos levado àquelas reflexões que promovem mudanças. O que é a aprendizagem e, o que realmente sabemos sobre ela?
Existem muitas teorias que tratam desse tema. Cada uma delas,  há seu tempo, contribuiu e continua a contribuir com o desenvolvimento dos estudos voltados a melhoria educacional.
Podemos citar alguns pensadores, como Jean Piaget,  que criou a teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança. Segundo ele, o pensamento infantil passa por quatro estágios, desde o nascimento até o início da adolescência, quando a capacidade plena de raciocínio é atingida. Já para Lev Vygotsky, o professor é figura essencial do saber por representar um elo intermediário entre o aluno e o conhecimento disponível no ambiente. De acordo com Emilia Ferreiro, o aluno não vem para a escola sem saber de nada, ele traz consigo, um aprendizado importante que deve ser aprimorado e contextualizado para promover condições favoráveis as suas necessidades cotidianas.
Para Paulo Freire, o conhecimento é algo a ser construído na coletividade, pelo qual o movimento da ação–reflexão é tida como fundamental. Sua pedagogia se caracteriza por ser dialógica e também dialética. Ele dá sua contribuição para a formação de uma sociedade democrática ao construir um projeto educacional libertador.
Segundo Howard Gardner, representante da Teoria das Inteligências Múltiplas, não se deve cobrar do aluno somente o desenvolvimento da inteligência lógico-matemática e a linguística, pois, o ser humano tem outras competências e, qualquer uma delas pode estar mais evidente que as outras, oferecendo condições de progressão intelectual/produtiva. Diz ainda que o ser humano é dotado de múltiplas inteligências e tem que ser valorizado por inteiro.
Outro pesquisador da educação, David Paul Ausubel dizia que, quanto mais sabemos, mais aprendemos. Famoso por ter proposto o conceito de aprendizagem significativa. Para ele, aprender significativamente é ampliar e reconfigurar ideias já existentes na estrutura mental e com isso ser capaz de relacionar e acessar novos conteúdos.
O que me questiono continuamente é se nós, enquanto profissionais de educação, conhecemos essas teorias no sentido amplo de aplicá-las no nosso cotidiano em sala de aula visando à melhoria da qualidade de ensino.
Há quem atribua a ausência da aprendizagem nas unidades escolares do nosso país, apenas à falta de disposição do educando em aprender, esquecendo que o professor ou professora é  ainda o profissional  que tem qualificação para possibilitar a construção e a reconstrução do conhecimento.  Conhecer e aplicar as teorias de pessoas que passaram anos estudando o comportamento humano nas escolas,  já seria um bom caminho a ser trilhado.
É evidente que a falta da aprendizagem dos educandos não pode ser, de forma alguma,  atribuída somente ao profissional de educação, pois, como já dissemos inúmeras vezes, o educando faz parte do seu meio e o meio também influi na sua capacidade assimilativa, ou seja, como o ser humano é integral não teria como atribuir suas dificuldades de aprendizagem unicamente à escola e aos seus profissionais.
O que gostaria de pontuar é a necessidade de compreendermos as teorias e buscar na nossa pratica cotidiana a melhor forma de aplicá-las para buscar a formação real e integral dos nossos educandos. E como bem disse Rubem Alves: “Eu quero desaprender para aprender de novo. Raspar as tintas com que me pintaram. Desencaixotar emoções, recuperar sentidos”.
E como iniciei este artigo com as palavras de Rubem Alves, terminarei também com um pensamento dele que me encanta pela verdade e singeleza: “Ensinar  é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos  aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais”.


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sexta-feira

Sobre detentos e detentores

As situações dos dois países são, obviamente, distintas. Mas podem servir para levantar ao menos o direito sagrado à dúvida, tão massacrado em tempos de discursos autoritários à esquerda e à direita no Brasil. Enquanto a Suécia fecha presídios por falta de condenados, entre 2012 e 2013 o número de detentos no sistema penitenciário brasileiro aumentou 5,37%. Os dados estão no 8º Anuário de Segurança Pública, divulgado recentemente pela organização não governamental Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Dos 538 mil presos, a maioria, 61,7%, é formada por negros. Pretos e pardos também são os que mais morrem violentamente, representando 68% dos homicídios no país.
O total de vagas nos presídios cresceu em ritmo inferior ao do aumento do número de detentos. Resultado: déficit de 220 mil vagas no sistema. Segundo Renato Sérgio de Lima, vice-presidente do Conselho de Administração do fórum, a morosidade do Judiciário é um dos fatores que agravam a situação. "Temos uma situação em que 40% dos presos são provisórios e estão aguardando julgamento. Essa já era uma situação apontada no último relatório", afirmou Lima, em entrevista à Agência Brasil.
Quase metade da população carcerária - 49% - está em reclusão por crimes contra o patrimônio. O tráfico de drogas responde por 26% das prisões. Presos por homicídio são 12%. Esse percentual também se aplica aos adolescentes em conflito com a lei - 11% dos que estão internados atentaram contra a vida de outra pessoa. De acordo com Lima, há uma distorção na aplicação dessa medida socioeducativa, pois ela só deveria ser aplicada em casos de homicídio ou latrocínio. Atualmente, a maioria das internações é por motivos menos graves.
Pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da Universidade de São Paulo (USP), Bruno Paes Manso diz que é necessário maior rigor no cumprimento das leis de execuções penais no Brasil. "Somos o quarto país que mais aprisiona no mundo. Boa parte dos que estão presos praticou crimes leves, como furtos, tráfico de drogas, são primários muitas vezes, e acabam se misturando com pessoas que estão lá por terem praticado diversos crimes."
Especialistas apontam que Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro têm boas práticas de gestão de segurança pública. "São programas que deram certo por determinados períodos. E por que funcionou? As forças policiais foram integradas, áreas territoriais foram compatibilizadas, houve uso intensivo de informação, aperfeiçoamento da inteligência e participação comunitária", afirmou Bruno Paes. A descontinuidade das políticas públicas, que muitas vezes se tornam marca da gestão de um governo, é fator que pode impedir o desenvolvimento destas boas práticas.
Reformas estruturais do sistema de segurança pública capazes de romper com o modelo atual, ultrapassado e ineficiente, são consideradas fundamentais. Um grande desafio, que precisa ser encarado com o máximo de seriedade pelos governantes.

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quinta-feira

Ponte entre o homem e Deus

O Ecumenismo Irrestrito e total estabelece em nossas vidas uma busca incessante para entender as bases da nossa civilização, onde cada um procura encontrar o seu próprio eu e o relacionamento perfeito com outras pessoas, deste ou de outros mundos. Pois a vida terrena nada mais é que reflexo de outras humanidades. O Ecumenismo em questão abrange todas as crenças e raças dos dois mundos: material e espiritual.
Como afirma Paiva Netto, em seu livro Reflexões da Alma: “Podemos, hoje, falar de Ecumenismo Total, que vai além do Ecumenismo Irrestrito, porque propõe a união deste mundo com o Outro. Afinal de contas, os mortos verdadeiramente não morrem. Eles são, agora, o que seremos amanhã.” O renomado evangelista norte-americano Billy Graham escreveu: “A morte não é o fim, mas o começo de uma nova dimensão de vida – a vida eterna (…) Pela Sua ressurreição dentre os mortos, Jesus demonstrou – sem qualquer sombra de dúvida – que existe vida após a morte”.
Devemos sempre nos aliar a humanidades superiores a nossa. Fazer alianças com Espíritos luminosos que podem nos orientar e nos ajudar nas soluções para os grandes e graves problemas que ainda assombra a Humanidade.
Ao escrever sobre o Ecumenismo Irrestrito, me inspiro no escritor Paiva Netto. Ele olha o mundo com amor, tem a mente liberta das maldades que apavora os homens neste Planeta. Está livre de qualquer iniquidade, das algemas do remorso, por isso fala com propriedade e encanto sobre as bases do Ecumenismo dos corações e Ecumenismo Divino.
Ele está próximo da Espiritualidade Superior, que emana Luz Divindade e ilumina as consciências das civilizações do Universo, elevado a patamar de grandeza superior, tem o coração liberto do ódio, pois sabe que o amor preenche as fendas abertas pelo tempo. O Ecumenismo Divino faz uma ponte entre o homem e Deus, que é o provedor de todas as oportunidades. João, 13: 34 e 35 “Amai-vos como Eu vos amei, somente assim podereis ser reconhecidos como Meus discípulos, se tiverdes o mesmo Amor uns pelos outros.”
 O homem que é capaz de amar com o amor do Novo Mandamento de Jesus, não mais será um ser carnal somente. Como diz José de Paiva Netto, líder da Boa Vontade: “Estamos carne, mas somos Espíritos”, “matéria também é Espírito”. Não somos os únicos no Universo.
Aproveito para sugerir aos leitores o artigo dele: “Matéria também é Espírito.” www.paivanetto.com.br
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quarta-feira

O público e o privado

Sobre a velha rinha envolvendo o público e o privado, dia desses li certas passagens em uma rede social que, em primeiro momento, confesso, me espantou para, em seguida, boquiaberto, ver-me em um transe analítico em que me pus a contemplar a passionalidade dos discursos e que, não raro, fluem com tal grandeza, ordem e rigor que, pelo menos, inviabiliza a compreensão real dos fatos.
Os envolvidos, cada um a seu modo, iam desdobrando argumentos em favor de suas crenças. Dizia um: “Quer saber, por mim, tudo deve ser privatizado porque, todo mundo sabe, que coisa de governo, não presta”; o outro: “Eu acho que se não tem governo, tudo fica melhor”; o primeiro volta à carga: “Se não fossem as empresas, como a gente faria?”; o segundo emenda: “Deus me livre de Estado”. E na linha de um liberalismo nanico e de quinta categoria, o diálogo foi sendo traçado e fiado.
Até pensei em meter o bedelho, mas como as possibilidades de diálogo em uma sociedade profundamente autoritária e burguesa, como a nossa, só diminuem, decidi continuar em meu silêncio reprovador.
Agora, a título de sugestão para os intelectuais de ocasião e que militam fundo nas ondas da internet, gente feita e forjada nos “cursos livres”, acríticos e diários da Rede Globo, ministrados por preletores como Miriam Leitão e Ronaldo Sardenberg, seguidos com módulos complementares de analistas “isentos” como William Waack, William Bonner ou Alexandre Garcia, penso e sugiro que seria importante sair do convencional que, objetivamente, atrofia o cérebro e castra sensibilidades pelos níveis de automatização dos indivíduos e vínculos duros e intensos com os movediços de um cotidiano de muito policiamento e controle.
É que o tempo não é estático, como, aliás, nada o é nessa existência. O tempo muda, as relações são alteradas, a economia tem sua morfologia revista, o trabalho ganha em complexidade, as relações são modificadas e tudo que nos envolve é submetido às leis da dinâmica. Definitivamente, conservar opiniões velhas e carcomidas pelo peso sumário da vida real é uma opção bastante complicada.
Não vou aqui ensaiar defesas apaixonadas do Estado. Não mesmo, mesmo porque esta forma moderna de gestão da vida social carece, conforme se percebe com grande facilidade e em todos os dias, de reformas profundas e que passem pelo crivo definidor e essencial de sua democratização porque, inexoravelmente, Estado que não é democratizado em um sempre; que não é partilhado com o conjunto de sua população; que não afirma sua autonomia ante os amplos e potentes movimentos do capital é por assim dizer, Estado em permanente estado de ameaça. Ameaça concreta e presente a partir de expedientes como o golpe, o levante, a corrupção ou a revolução.
Para os apaixonados, digo que não fazem nada de errado em abraçar esta ou aquela causa. O humilde apelo que vos faço é que possamos qualificar mais esses debates. Solicito que, mesmo fincado em suas certezas de vidro que, pelo menos, se deem ao trabalho do estudo e da reflexão.
Sugiro modestamente a leitura e o consequente debate de obras clássicas e seminais como, por exemplo, Formação Econômica Do Brasil (1959) do paraibano Celso Furtado (1920-2004) e que, como ninguém, explica o desenrolar da estrutura econômica deste País; outra excelente pedida é o magistral trabalho de Caio Prado Júnior (1907-1990), História Econômica Do Brasil (1945) onde a partir de um olhar marxiano reconstrói a própria historiografia brasileira.
Sugiro ainda, o primor do filho de Apipucos (PE), Gilberto Freyre (1900-1987), Casa-Grande e Senzala (1933), obra fundamental para compreender nossos vícios, taras e desejos nem sempre confessáveis, contudo, presentes e definidores do nosso caráter nacional. E finalmente, minha derradeira sugestão é o marco de Raízes  Do Brasil (1936), do historiador Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982) que, pelo menos, irá nos apresentar categorias analíticas essenciais para a compreensão do homem brasileiro. Categorias como a do “homem cordial”, esse estranho ser da conciliação e que nos leva para uma confusão oceânica no exercício republicano de distinguir aquilo que é público daquilo que é privado.
São singelas sugestões para a elevação da qualidade de nossas intervenções e que certamente, irão precisar para todos o que é o Estado brasileiro, qual a sua real importância para a composição da vida brasileira, seus vícios e virtudes. Recordo que afinidades ou opções pessoais não fazem ciência, não revelam o real. Isso vem do estudo, da pesquisa e da análise séria, profunda e íntegra. Leva tempo, exige dedicação, envolvimento e seriedade ou não se faz. 

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terça-feira

De olho na natureza

Há algumas décadas, falar de preservação do meio ambiente é ponto obrigatório nas campanhas eleitorais, seja de qual espectro forem - da municipal à presidencial. Excelente seria se os gestos e as políticas públicas acompanhassem o discurso. O que se vê, infelizmente, é pouca ação ambiental. Não se pode, contudo, empurrar toda a culpa para os políticos. A população muitas e muitas vezes padece do mesmo mal: incorporar a fala e se esquecer do gesto. Basta que se dê um passeio pelo centro de qualquer cidade para perceber o descaso de muitos.
Algumas questões são menores, sem dúvida. Quanto a uma das maiores, o Ministério do Meio Ambiente lançou um alerta: as novas Listas Nacionais de Espécies Ameaçadas de Extinção. Segundo o levantamento - produzido por 1.383 especialistas de mais de 200 instituições, entre 2010 e 2014 -, o número total de espécies ameaçadas aumentou de 627, na lista anterior, de 2003, para 1.173.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, se defendeu e argumentou que o avanço ocorreu porque a amostra também cresceu. "A lista cresce porque se conhece mais", afirmou a ministra. A lista anterior contemplava 816 espécies, enquanto o novo levantamento considerou 12.256 espécies da fauna brasileira - incluindo peixes e invertebrados. De acordo com o governo, trata-se da maior avaliação da fauna já feita no mundo.
Segundo a ministra, a metodologia utilizada anteriormente definia como objeto de estudo somente as espécies já consideradas potencialmente em risco de extinção. Embora a lista das espécies ameaçadas tenha aumentado, 170 espécies deixaram de fazer parte da relação, incluindo a baleia jubarte e a arara-azul-grande, ambas com populações em recuperação, segundo a lista.
Os novos resultados também incluem a avaliação de espécies que nunca antes haviam sido descritas, como o macaco-prego-galego. O animal, encontrado na Mata Atlântica nordestina, já entrou na lista como espécie ameaçada. Três espécies consideradas extintas foram reencontradas pelos especialistas: a libélula Fluminagrion taxaense, a formiga Simopelta minina e o minhocuçu Rhinodrilus sasner. Da lista divulgada em 2003, foram excluídos o albatroz-de-sobrancelha e o primata da Amazônia conhecido como uacari-branco - agora protegido pela Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá. Melhoraram de situação espécies como o mico-leão-preto, o peixe-boi marinho e o bacurau de rabo branco, que só existe em Goiás.
Conhecer a situação é o primeiro passo para poder mudá-la. E a mudança depende de todos, não apenas dos governantes. Que cada um, portanto, faça a sua parte, por mínima que seja.

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