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terça-feira

Evolução pedagógica e tecnológica: chegou a hora de mudar

A tecnologia impõe-se como um recurso incontornável na educação. No entanto, e apesar de uma geração completa de gestores escolares, professores, e até alunos e pais verem a tecnologia como a solução final para os problemas do insucesso escolar, são necessárias algumas cautelas. As oportunidades e a vontade de mudança fizeram com que se passasse do quadro negro para o projetor de transparências, do videoprojetor para a lousa interativa. No entanto, a lógica tradicional e mecanizada de transmissão passiva de conhecimento prevaleceu na maior parte das nossas escolas.


A análise da realidade escolar revela que a metodologia associada aos processos de ensino/aprendizagem manteve-se praticamente inalterada, fazendo com que a tecnologia seja vista agora aos olhos de muitos pais, professores e diretores como inútil, pouco rentável ou, por vezes, prejudicial.

Com tantos investimentos despendidos em tecnologia educacional por todo o mundo, exigem-se resultados. Resultados visíveis e expressivos! O que faltou, então? Metodologia? Sem dúvida! Mas, existirá falta de pedagogos? Certamente, não. No entanto, durante muito tempo a integração da tecnologia esteve desligada dos princípios pedagógicos necessários à sua utilização efetiva, ligado à ideia de que a tecnologia era suficiente para a mudança de paradigma educacional.

Gradualmente tem-se defendido a importância de uma ação consciente e sustentada no uso da tecnologia. Só desta forma é possível dar uso ao potencial da tecnologia no apoio à aprendizagem significativa, experiencial, colaborativa e multifacetada. Uma educação paralelamente ativa e interativa que promove tanto a autoaprendizagem (com a resolução de problemas e do acesso a múltiplos canais de informação e conhecimento) como a coaprendizagem (construção de conhecimento partilhado).

Consideramos que o professor continua sendo o elemento-chave nos processos de ensino-aprendizagem, tendo agora à sua disposição o conhecimento teórico e os recursos pedagógicos capazes de revolucionar a educação. Se, até hoje, numa educação orientada aos princípios da homogeneização, essas teorias não tinham aplicação, por implicarem invariavelmente a quebra do modelo de professor transmissor e aluno passivo, agora o caminho é bem diferente.

A geração atual dispõe do conhecimento teórico e das aplicações tecnológicas que permitem otimizar os processos em função das estratégias metodológicas mais adequadas, das especificidades individuais e contextuais, dos estilos e ritmos de aprendizagem.

A construção crítica e sustentada do conhecimento que se deseja promover na escola torna-se um objetivo cada vez mais concreto ao aproximar-se a sala de aula da realidade, ao favorecer a experimentação e aplicação prática dos conceitos e saberes, ao estimular a observação, a análise e a simulação de fenômenos.

O momento é realmente animador: temos as teorias pedagógicas que nos ensinam a trabalhar de forma efetiva e possuímos a tecnologia que nos permite implementá-las. Falta apenas o último passo: trabalhar e recolher os resultados de um ensino inovador e de qualidade, numa escola revolucionada!

Por: Fernanda Nogueira.

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Um comentário:

Marco islAa disse...

Adorei a análise! resumo perfeito da situação da edução frente às "mudanças" que as tecnologias podem causar, e que por serem "subutilizadas" e/ou mal "geridas",produzem no máximo "focos" intervencionais na educação.