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sexta-feira

O ano de você

Vovô=ocioso+r$250,00 deixou a vovó apavorada!!!



Há quase vinte anos os computadores portáteis, os celulares, a nuvem da tecnologia e da informática, a privilegiada informação on-line fizeram crer, e quase todos acreditamos, que quem detinha as inovações das máquinas fazia o diferencial. Algumas pessoas eram detentores desses conhecimentos emergentes e, portanto, eram os mais disputados e, além disso, imprescindíveis.

O computador estava ali e quem sabia utilizá-lo dominaria o mundo e conseguiria o almejado lugar no competido mercado de trabalho. Pobre de nós quarentões que mal sabíamos mexer nas teclas dos celulares. Dinossauros, trogloditas ou medievais estávamos condenados à época das trevas de onde jamais sairíamos, mesmo porque os jovens ocuparam nossos lugares e com mais saúde, mais educação focada na nova realidade, empurraram-nos à idéia da cadeira de balanço ou do pijama. Não, não havia mais lugar no mundo para nós, os deficitários das inovações.

A coisa foi piorando com o palm-top, I-pad, I-phone, ai de nós, etc. Em 2000, o Cine Teatro Pampa lotou para ouvir a palestra do midiático, orgulhosamente gaúcho, Waldez Ludwig, consultor de empresas e que estava brilhando na Globo News. Ele falou exatamente sobre isso. Falou que numa época em que a tecnologia e a informática estava ao alcance de todos, inclusive aos velhotes, o domínio sobre tais armas estava ficando em segundo plano e o que interessava, ou deveria interessar, às empresas era o capital humano.

Ele entendia que o diferencial dentro de uma empresa não era mais a máquina, o diferencial era a pessoa, era você e eu. Se a máquina é máquina e pode ser acionada por qualquer um, ou se o resultado é igual se todos acionarem da mesma maneira, terá melhores denominadores quem contar com as melhores pessoas, as mais capacitadas.

Quer dizer, depois de uma tempestade de verão, como quase todas as tempestades, a máquina voltou ao lugar de onde nunca deveria ter saído, o de assessorar o homem em suas capacidades sem jamais suplantá-lo.
As empresas, segundo Waldez, deveriam investir pesado no capital humano, que é o grande patrimônio que ela tem. Não se busca somente mais uma pessoa no departamento; Busca-se mais do que uma pessoa, busca-se alguém que seja reconhecido como gente. Gente é mais do que pessoa.

Mas, veja bem, se entendemos que as pessoas fazem o diferencial, se as pessoas determinam resultados por que razão deixamos participar de nossas vidas pessoas de mau agouro, pessoas pessimistas e negativas? E, ainda, será que somos daqueles que acrescentam às vidas de outros, ou nossas presenças podem ser descartadas? O que seria pior, uma ausência não notada ou uma presença despercebida?

Qual a diferença que fazemos no meio em que vivemos? Já que somos melhores que máquinas bem que esse ano poderia ser nosso, um ano de exercermos nossos talentos, um ano de brindar aos que convivem conosco as nossas melhores habilidades.

Esse é o nosso ano, ano de brilhar, ano de corresponder porque...bem, porque...porque puta que pariu... porque só depende de nós, só de nós e somos maiores que qualquer máquina.


por Jorge Anunciação.

Um comentário:

Maria Marçal disse...

Esse texto é verdadeiro.
Lembro-me quando tive que travar uma batalha com o computador para que ele me desse espaço,me respeitasse e não se achasse o dono de mim e do mundo.

Depois percebi que os jovens davam banhos de sabedoria frente a nós, mais velhos.

Por fim, tive e tenho a grata satisfação de descobrir que 'todos eles' não me ganharam.

A força da experiência, da vontade de não ficar para trás me garantiu um ranking bem saudável nessa relação onde máquina-jovens-velhos precisam se entender e dar às mãos para reconhecermos que temos a capacidade de mudar ou fazer mudar.

beijos, Maria Marçal - Porto Alegre - RS