Há mais de dois mil anos o
Cristo Planetário que já houvera com a força do próprio pensamento plasmado o
planeta deu um mergulho na carne e aqui se revestiu da indumentária física de
Jesus de Nazaré. Seu exercício reencarnatório seria como efetivamente foi
o de cumprir em sua maior pureza a sublime e gloriosa missão de educar as almas
e inaugurar no orbe a presença do amor incondicional.
Modelo e guia perfeito da
humanidade pregou exemplificando com humildade, o amor a Deus sobre todas as
coisas e recomendou que amássemos o próximo como nós nos amamos. Legou à
humanidade um patrimônio valioso de preciosos ensinamentos norteadores da
conduta humana em sua trajetória pelos íngremes e abençoados caminhos da vida
imperecível.
As parábolas singelas e
edificantes que emergiam de sua voz mansa e suave, brotavam de seu
coração generoso, como uma verdadeira melodia de amor disseminando a paz e
esparzindo as luzes do saber e do esclarecimento. Ao trazer a lume a bela
e encantadora mensagem do Sermão da Montanha, Sermão do Monte ou Sermão das Bem
Aventuranças, a mais bela peça retórica da história universal legava à
posteridade, segundo os doutos a Carta Magna da Cristandade.
Os estudiosos demonstram
comprovando, com extrema sensibilidade e acendrado amor, que em sendo
estratificada no Evangelho, o maior código de ética moral da humanidade
esculpido na memória de toda criatura humana, esta não é uma mensagem para ser
entendida intelectivamente, mas para ser sentida. Se o Evangelho é o coração da
Bíblia e o Sermão da Montanha é o coração do Evangelho. A sua, que fala ao
sentimento e ao coração é uma mensagem também para ser apreendida pelas
sensíveis antenas da intuição. É a sabedoria inigualável da mais sublime e
encantadora mensagem poética e espiritual da história humanidade, imersa nos
planos siderais qual luminoso filigrana de luz que chega espancando as trevas
da ignorância humana.
Ao depois de brindar-nos com tantos
outros ensinamentos preciosos, frutos sazonados de sua imensa generosidade
exemplificando a caridade, a humildade e o amor incondicional que trafega por
uma via demão única sem exigir reciprocidade, Jesus foi compelido a nos deixar.
Ele já havia transmitido a todos o indelegável compromisso educativo de
cada um, em assumindo o comando de sua própria individualidade cuidar
pessoalmente da tarefa intrasferível de sua iluminação interior. E o fez
através deste ensinamento: “De tal maneira faça resplandecer a sua luz diante
dos homens para que eles vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai
que está no Céu.”
Antes de deixar o nosso
convívio e alçar voos mais altos nas asas do amor e da sabedoria fez registrar
em palavras articuladas e em magistral sentença assim exarada, a dádiva
preciosa de sua augusta recomendação: “Não se turbe o vosso coração; credes em
Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse
assim, eu vô-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos
separar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu
estiver estejais vós também.” João 14: 1 a 3).
Ao avizinhar o momento em que
seria expurgado do orbe pela incúria humana e através do mais hediondo
assassinado de que se tem notícia na história do planeta, o Mestre houve por
bem brindar-nos com uma mensagem derradeira e renovadora das nossas esperanças:
“Eu irei rogarei ao Pai, e Ele vos mandará um novo consolador para ficar
eternamente convosco.”
E o Consolador prometido chegou
nos dizendo através do Espírito de Verdade: “Venho, como antigamente, entre os
filhos perdidos de Israel, trazer a verdade e pôr fim às trevas. Escutai-me.
Todas as verdades se encontram no Cristianismo. Os erros que nele se erraizaram
são de origem humana. Meu Pai não deseja aniquilar a raça humana. Orai e
acreditai. Trabalhadores, traçai vosso sulco; recomeçai no dia seguinte a rude
jornada da véspera. O trabalho de vossas mãos fornece o pão terreno a vossos
corpos, mas vossas almas não estão esquecidas.”
O “Amai-vos e instruí-vos,”
vindo a lume através do Espírito de Verdade ensina-nos de maneira
incontroversa, como buscar a presença incondicional do amor de Deus Pai, tudo
poderoso, eterno, misericordioso, imutável, imaterial, soberanamente justo e
bom. É pessoal o indelegável compromisso de combater as más tendências,
banir e expurgar da mente e do coração a presença indesejável da crise
moral, que dá origem a todas as outras.
A inobservância dos preceitos
da lei do amor universal legado por Jesus à humanidade que ainda estagia
temporariamente em nossa nave planetária é a causa principal da grave crise
moral que, grassando por toda parte se abateu sobre o orbe. Extirpada esta as
outras crises desaparecerão. Para bani-la urge reconhecer a sua eficácia e a
sua gravidade.
Sem paz interior não se cogita
de paz universal. Sem reforma íntima não há falar em mudança social capaz
de transformar o homem e fazer avançar a humanidade.
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