Folgas
remuneradas ou programas de licença são parte importante do pacote de
benefícios oferecido pelas empresas. Elas são reguladas por lei, são objetos de
acordos coletivos de trabalho e aumentam significativamente os custos
operacionais. Além disso, tais programas, sejam automatizados ou não, requerem
gestão e aprovações que geram custos secundários e impactos na eficiência das
corporações.
Este
artigo foi escrito com base na realidade dos Estados Unidos, mas na essência,
serve para nos estimular e ver como lidamos com a integração de sistemas, trazendo
maior eficiência aos processos de RH das empresas.
Quando
os departamentos de RH, Financeiro e TI são encarregados de implantar e
gerenciar um sistema de folgas remuneradas, há um grande número de opções a
serem avaliadas. Partes do processo de negócio de RH podem ser terceirizadas
para um fornecedor de folha de pagamentos, de um sistema baseado na nuvem ou,
também, outro sistema on premise pode ser adotado para esta finalidade.
Ao
longo deste artigo, quando utilizado o termo “sistema”, este estará sendo
referido ao sistema automatizado utilizado para controlar os processos
envolvendo as folgas remuneradas e programas de licença. Quando empregado o
termo “programa”, a referência pretendida é o conjunto de regras, políticas e
procedimentos que compõem a governança do projeto.
Ao se
avaliar o sistema de licenças utilizado, é importante ponderar se o mesmo
suporta as características de seu programa de licença atual ou desejado, se
permite o acesso fácil aos usuários necessários e se possui as proteções de segurança
exigidas pela indústria e contexto regulatório.
Quando
os analistas de negócios estão avaliando seu programa de licenças para
determinar como é possível automatizá-lo, há alguns fatores-chave do programa
que precisam ser entendidos:
Tradicional
vs. Banco de horas. O seu programa de licenças será baseado em uma abordagem
tradicional de horas pagas, na qual, férias, faltas por doença e por motivos
pessoais serão creditados e monitorados separadamente, ou em uma abordagem de
“banco de horas”, na qual essas são contabilizadas juntas. Atualmente, ambas as
abordagens são comumente empregadas, entretanto, o modelo de banco de horas vem
crescendo de forma constante nos últimos 15 anos.
Algumas
indústrias, como as de Saúde, utilizam amplamente a abordagem de banco de
horas, enquanto que a abordagem tradicional tende a ser a favorita em grandes
empresas.
Tipos
de Folgas. Os tipos mais comuns de folga são as férias, feriados, motivada por
doença ou por motivos pessoais. A maioria das empresas tende a ter regras
específicas para luto, reunião de pais na escola dos filhos e participação em
júri, mesmo quando o modelo de banco de horas é empregado. Licenças sabáticas
são relativamente incomuns.
Acúmulo
versus Crédito. De acordo com a World at Work, cerca de 85% dos empregados
acumulam tempo de folga ao invés de creditá-los em blocos anuais.
Transferências.
Examine as políticas de transferência de horas. Qual é a quantidade máxima de
horas que pode ser acumulada em cada categoria? Qual a quantidade de horas não
utilizadas que podem ser transferidas?
Pagamentos
para banco de horas não utilizado. A maioria das políticas reserva esse direito
para funcionários em processo de rescisão, demissão ou aposentadoria. Se
pagamentos por bancos de horas são permitidos para funcionários atuais, quais
regras governam tal política?
Deficiências.
Políticas especiais para funcionários que possuam deficiências de longo ou
curto prazo precisam também ser consideradas.
Procedimentos
de banco de horas. Procedimentos de solicitação e apresentação de relatórios
envolvem notificações e processos de aprovação. Quando solicitações e
aprovações não estão dentro das diretrizes da política, algumas consequências
deverão ser reportadas e monitoradas.
Período
de adaptação. Funcionários recém-contratados que estão em período de adaptação
podem estar sujeitos às políticas de banco de horas especiais. Por exemplo,
quatro faltas durante o período de adaptação podem levar à demissão em muitas
organizações.
Um
sistema de folgas remuneradas vai, comumente, alimentar soluções conhecidas
como ESS (Employee Self-Service), podendo ser automatizado em um portal de
funcionários ou em um aplicativo móvel. Já que tais sistemas ESS são
projetados, as questões citadas acima deverão ser bem compreendidas pelo
analista de negócios. Soma-se a isso a necessidade de integração entre os
sistemas especializados de banco de horas e os sistemas ERP ou de folha de
pagamentos. Mesmo quando o banco de horas é gerenciado por um terceiro ou por
um site baseado na nuvem, a integração ainda se mostra necessária.
Um
analista de negócios bem preparado que tenha examinado todos os requisitos do
sistema será capaz de fazer funcionar os requisitos, tanto do sistema
tradicional de pagamento de horas, quanto do método de banco de horas, ajudando
a trazer soluções efetivas para empregados, empregadores e gestores.
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