Trinta e quatro milhões de crianças e adolescentes não frequentam a
escola em países afetados por conflitos, mostra a Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), adiantando que são necessários
US$ 2,3 milhões (2 milhões de euros) para educação. Os dados integram um novo
texto, divulgado ontem (28/6) do relatório de acompanhamento da iniciativa
Educação para Todos (EPT) da Unesco.
O último relatório sobre a EPT, divulgado em abril, mostrava que apenas
um terço dos 164 países que há 15 anos lançaram a iniciativa atingiu os objetivos
fixados e identificava os conflitos como um dos maiores obstáculos ao
progresso. O novo texto indica que “as crianças em países afetados por
conflitos têm mais probabilidades de estarem fora da escola que as dos países
não afetados”, enquanto para os adolescentes a probabilidade é dois terços
maior.
A ONU informa que uma das “principais razões” para o problema “é a falta
de financiamento”. “Em 2014, a educação recebeu apenas 2% de ajuda
humanitária.”
Os US$ 2,3 milhões
que a Unesco considera necessários para fazer regressar à escola as 34 milhões
de crianças e adolescentes nos países em conflito correspondem a dez vezes o
valor da ajuda disponibilizada para a educação atualmente.
Agência Lusa.
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