Dados recentes referentes à
inflação estão causando grande preocupação. Segundo o IPCA (Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial, em março deste ano,
tivemos uma alta de preços de 1,32%, sendo a maior taxa mensal desde fevereiro
de 2003. Nos últimos 12 meses, esse índice acumulado é de 8,13%.
Mas a primeira coisa que é
importante ter em mente é que ainda não há motivo para desespero; não deve
ocorrer como no passado, quando se tinha índices elevadíssimos de inflação. A
equipe econômica do governo está atenta e tem capacidade para controlar a taxa
inflacionária contra um disparo. Contudo, as notícias mostram que este índice
não está adormecido, que tem impacto na população e, por isso, todo cuidado é
pouco. Não é necessário uma corrida às compras para armazenar produtos, isso só
ocasionará um cenário no qual a inflação será ainda maior, sem contar que não é
hora de gastos excessivos, e sim de planejar e poupar.
A saída é a educação financeira,
fazendo com que a pessoa considere o fator inflacionário na hora de seu
planejamento financeiro. Tenha em mente que uma inflação na faixa atual pode -
e vai - comprometer o seu poder de compra e o desempenho dos seus
investimentos, se não houver cuidado. É preciso proteger o seu dinheiro e, para
isso, o principal caminho é definir os sonhos de curto, médio e longo prazos
que deseja realizar e, a partir daí, investir o dinheiro, pois o rendimento
anulará a inflação.
O índice inflacionário não poupa
ninguém. Ele pode comprometer os ganhos de qualquer tipo de aplicação
financeira. Por isso, vale acompanhar os índices inflacionários. O IPCA é o
indicador utilizado na política de metas inflacionárias do governo. No entanto,
quando o assunto é finanças pessoais, também é importante acompanhar o IGP-M
(Índice Geral de Preços do Mercado). O IGP-M é utilizado porque afeta mais
diretamente o bolso do consumidor. Esse indicador inflacionário serve, por
exemplo, para contratos de aluguel, reajustes de tarifas públicas e planos ou seguros
de saúde.
Sobre a relação da inflação com o
consumo, uma ideia bastante comum é a de parcelar compras com prestações fixas.
Realmente, essa opção é tentadora, mas é fundamental que se tenha a percepção
que terá que arcar com esses valores mensalmente, portanto, se esse valor não
estiver em seu orçamento, poderá ocasionar complicações futuras e até mesmo a
inadimplência. Em relação ao armazenamento de produtos, outro ponto importante
é que comprar em quantidades excessivas faz com que se gere um desperdício
muito grande e os prejuízos financeiros passarão a ser ainda maiores.
Mas o mais importante nesse
período é evitar deixar o dinheiro parado, sem aplicações; dinheiro sem
direcionamento será rapidamente desvalorizado. Pesquise e veja quais são as
linhas de aplicação financeira que mais respondem aos seus interesses, sempre
lembrando de dividir os sonhos em curto, médio e longo prazos.
Por fim, por mais que as notícias
sobre a inflação sejam assustadoras, reforço que é hora de manter a calma. É
muito difícil que retomemos as taxas inflacionárias que tínhamos há 20 anos,
então, mais do que nunca, é hora de pensar na educação financeira, pois esta,
com certeza, fará com que os impactos sejam muito menores no seu dia a dia.
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