Embora superficial e artificiosa (às vezes,
incompressível) em seus discursos, a presidente Dilma, no começo do ano,
anunciou que a expressão "Pátria
educadora" deveria, desde
então, conduzir o seu novo mandato. Como era de se esperar, esta foi a
"sensação" nas mídias sociais, especialmente porque, através de um
decreto, ocorreu um corte de 1,88 milhão, por mês, nas despesas com a educação.
É claro, o corte está justificado no desempenho das nossas escolas e dos nossos
alunos: a qualidade é ótima e a educação brasileira é uma das melhores do
mundo. "Só que não". O pior é que não para por aí.
Neste segundo mês, o governo, novamente, presenteou
a nação. Trata-se de um novo aumento no preço da gasolina, chegando, em alguns
lugares do País, a incríveis R$3,69 por litro. Assim como os atleticanos
fizeram dos gritos vibrantes de "Eu
acredito", em Minas Gerais,
um hino, agora voltamos a dizer "O petróleo é
nosso". Não é, de fato,
mas do governo, que faz o que quer; a conta, no entanto, esta sim é nossa.
Como disse o escritor Percival Puggina, "a mentira no Brasil tornou-se direito de
todos e dever do estado". Vangloriam-se, com
orgulho, de feitos inexistentes, iludindo as massas de manobra. Há quem
acredite! Se antes eu soubesse, desejaria que o gigante ainda estivesse
dormindo ou, quem sabe, hibernasse.
Ter acordado aleijado e mais fraco que um mísero
inseto tem nos tornado cada vez mais escravos de um estado mentiroso e ditador.
Somos como Gregor Samsa, da "Metamorfose”, de Franz Kafka, que acordou com
patas, uma barata gigante, porque negligenciou sua vida. Contudo, a metáfora
ensina indivíduos: perdemos a humanidade quando não nos importamos com o
importante; que será que aconteceu ao Brasil? Uma barata gigante ou uma
infestação delas?
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