Quando
tratamos da Educação Básica no Brasil nos últimos tempos, um conjunto de leis e
informações tem aflorado. Isso se deve em parte ao conjunto de novos saberes
que os professores/pesquisadores em Educação têm alcançado. A Escola enquanto,
recorte da sociedade e espaço privilegiado de conhecimento e ações está,
necessariamente, no centro desse debate.
A
recente alteração do Ensino Fundamental que irá repercutir na nova estruturação
do Ensino Médio coloca os desafios de integração dos conteúdos de maneira
interdisciplinar. Devemos chamar a atenção da necessidade de reconhecer o fio
condutor de um ensino integrador desde a Educação Infantil, passando pelo Ensino
Fundamental, anos iniciais e finais até chegar ao Ensino Médio, sem rupturas
que interfiram de forma negativa no processo de ensino e aprendizagem e no
próprio desenvolvimento do aprendente. É, portanto, nos primeiros anos de
escola que a criança começa a se apropriar dos conhecimentos formais e, esse,
necessariamente precisa estar conectado com a sua realidade, de forma que, a
proposta pedagógica da Escola seja socializada pelos sujeitos que fazem parte
dela. Nesse conjunto destacamos estudantes, professores
e pais.
Outra
questão que merece destaque é o reconhecimento do desenvolvimento biológico da
criança no processo de aquisição dos conhecimentos. Como referia Piaget na sua
teoria cognitiva, a criança passa por quatro estágios e esses devem ser
considerados, além de estarem relacionados ao desenvolvimento bio-psíquico da
criança. Assim, a Escola e seus professores, ao proporem suas propostas
pedagógicas necessitam revisitar os conceitos para estarem mais próximos de
seus estudantes, estimulando neles, a busca constante da descoberta, nas mais
variadas formas e disciplinas curriculares.
Cabe
também ressaltar a importância nesse processo de integração curricular dos
saberes e das competências, o papel central do professor que possa aperfeiçoar
seus conhecimentos de forma continuada, contrapondo à ideia de que o professor
formado não necessite buscar cada vez mais esse mesmo aperfeiçoamento,
tornando, dessa maneira, sua ação mais consistente e significativa. É digno de
nota também que seja oportunizado aos professores essa formação de acordo com
as suas ações educativas e suas práticas escolares. Para finalizar, reiteramos
a importância da articulação educativa na Educação Básica para que o processo
educativo seja ininterrupto, profícuo e seja significativo para os estudantes.
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