Seguidamente acompanho pelo
facebook ilustrações que buscam a valorização do professor, para que também se
valorize o processo educacional. Embora todos sejam bem-intencionados, não os
compartilho, porque julgo que são equivocados. Da mesma forma, há um engano
perigoso em se acreditar que um conjunto de meios eletrônicos pode substituir
os elementos rotineiros de uma sala de aula nas diferentes etapas do
aprendizado.
Recentemente, os diversos
governos têm se preocupado em qualificar o ensino exigindo formação superior
para os professores. Desta forma, aumentou o volume daqueles que obtêm
graduação superior, em detrimento da qualificação para aqueles, que faziam do
magistério (em nível de segundo grau), um ponto de partida para o grande
desafio que é entrar em sala de aula e dar conta do recado.
As “pedagogias” do terceiro grau
deixaram de lado a preparação prática, que, em muitos casos, estando no meio
dos alunos, prova a velha máxima: “Na prática, a teoria é outra!”. Não há uma
receita única para lidar com uma classe de 20, 30 ou 40 alunos. Aprende-se no
“olho no olho” que se trata de indivíduos, cada um necessitando de certo tipo
de motivação para encaminhar o seu aprendizado.
Eletrônicos podem servir como
entretenimento. Veja-se uma sala de aula de curso superior em que, muitas
vezes, um bom número de alunos encontra-se com seu notebook, tablet, smartphone
acionados não nos conteúdos que estão sendo apresentados, mas viajando pela
internet e pelas redes sociais. Neste caso, um professor pode se incomodar, mas
precisa solicitar que, ou deixam seus brinquedos eletrônicos ou deixem a sala
de aula.
Também nas redes, seguidamente há
postagens falando a respeito da integração entre a educação que inicia em casa
e se prolonga através da escola. A formação de uma criança tem que ter,
obrigatoriamente, a cumplicidade entre aqueles que são os responsáveis primeiro
- os pais - e os que dão ao processo formal a continuidade para o caminho do
amadurecimento.
Os recursos financeiros, físicos
e eletrônicos são muito bons. Mas são apenas instrumentos que se podem
aperfeiçoar. Uma das postagens recentes era de uma sala de aula a céu aberto na
África, em que um professor tinha uma parede meio destruída, um quadro-negro e
cerca de 40 crianças sentadas em latas, tocos, bancos rústicos.
Ali está o autêntico espírito do
que é ensinar: força de vontade. Tanto de quem se propôs a ser um educador,
quanto daqueles que foram motivados, distantes do conforto, a empreenderem uma
longa caminhada que os diferencie para os rumos que desejam tomar em suas
próprias vidas.
Se desejar deixe aqui seu
comentário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário